Introdução:
Como vimos anteriormente, vivemos, todos nós, os encarnados e os desencarnados, em um meio comum formado de Fluído Cósmico Universal. Mergulhados nos encontramos nessa "substância primitiva" que absorvemos automática e inconscientemente, por várias portas de entrada, destacando-se a respiração e os centros de força vital.
O Fluido Cósmico Universal, ao ser absorvido por um dos centros de força é metabolizado em fluido vital e canalizado para todo o organismo, com maior um menor intensidade, de acordo com o estado emocional da criatura, irradiando-se posteriormente em seu derredor, formando-se o que poderíamos chamar de "aura psíquica"
Essa irradiação psíquica constante que realizamos automaticamente em nosso derredor, o Espírito André Luiz chama de "hálito mental".
As pessoas sensíveis, mediunicamente falando, sentem com precisão o estado do ambiente e das pessoas que o compõem pelo fato de perceberem esta irradiação.
Podemos notar que esta é uma primeira maneira de perceber-se as irradiações emanadas.
Outro tipo de irradiação é aquela que se faz à distância projetando o nosso pensamento e sentimentos em favor de alguém, movimentando as forças psíquicas através da vontade.
Ensina Martins Peralva, no seu livro "Estudando a Mediunidade" que nas Irradiações, que é uma modalidade de passe à distância, o trabalhador, sintonizando-se com o necessitado, (à distância), para ele canaliza igualmente fluidos salutares e benéficos. E continua: "Nas chamadas "sessões de irradiação", os doentes são beneficiados a distância, não somente em virtude dos fluidos dirigidos conscientemente pelos encarnados, como pelas energias extraídas dos presentes, pelos cooperadores espirituais..."
Ä As curas à distância realizadas por Jesus:
Jesus, o tipo mais perfeito que Deus ofereceu aos homens, para nos servir de guia e modelo, conforme a questão 625 de "O Livro dos Espíritos", em sua gloriosa passagem pela Terra, proporcionou várias curas à distância. Vejamos algumas delas:
João, Capítulo IV, vv. 45 à 54:
45. Assim, pois, que chegou à Galiléia, os galileus o receberam, porque tinham visto todas as coisas que fizera em Jerusalém na ocasião da festa; pois também eles tinham ido à festa.
46. Foi, então, outra vez a Caná da Galiléia, onde da água fizera vinho. Ora, havia um oficial do rei, cujo filho estava enfermo em Cafarnaum.
47. Quando ele soube que Jesus tinha vindo da Judéia para Galiléia, foi ter com ele, e lhe rogou que descesse e lhe curasse o filho; pois estava à morte.
48. Então Jesus lhe disse: Se não virdes sinais e prodígios, de modo algum crereis.
49. Rogou-lhe o oficial: Senhor, desce antes que meu filho morra.
50. Respondeu-lhe Jesus: Vai, o teu filho vive. E o homem creu na palavra que Jesus lhe dissera, e partiu.
51. Quando ele já ia descendo, saíram-lhe ao encontro os seus servos, e lhe disseram que seu filho vivia.
52. Perguntou-lhes, pois, a que hora começara a melhorar; ao que lhe disseram: Ontem à hora sétima a febre o deixou.
53. Reconheceu, pois, o pai ser aquela hora a mesma em que Jesus lhe dissera: O teu filho vive; e creu ele e toda a sua casa.
54. Foi esta a segunda vez que Jesus, ao voltar da Judéia para a Galiléia, ali operou sinal.
Lucas, Capítulo 7, vv. 6 à 10.
6 Ia, pois, Jesus com eles; mas, quando já estava perto da casa, enviou o centurião uns amigos a dizer-lhe: Senhor, não te incomodes; porque não sou digno de que entres debaixo do meu telhado;
7 por isso nem ainda me julguei digno de ir à tua presença; dize, porém, uma palavra, e seja o meu servo curado.
8 Pois também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu servo: Faze isto, e ele o faz.
9 Jesus, ouvindo isso, admirou-se dele e, voltando-se para a multidão que o seguia, disse: Eu vos afirmo que nem mesmo em Israel encontrei tamanha fé.
10 E voltando para casa os que haviam sido enviados, encontraram o servo com saúde.
No livro "Nos Domínios da Mediunidade", o Espírito André Luiz, nos ajuda a melhor entender a sistemática das irradiações, quando ele indaga ao Assitente Áulus, se era possível aplicar o passe dessa forma (à distância), ao que é respondido: "Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e aquele que o recebe. Nesse caso, diversos companheiros espirituais se ajustam ao trabalho de auxílio, favorecendo a realização, e a prece silenciosa será o melhor veículo da força curadora."
Da resposta do Espírito Áulus, podemos destacar sua menção à segunda regra geral do magnetismo, que é a "sintonia", como condição básica, juntamente com "a "prece", que lhe é o "melhor veículo".
Ä Condições de quem irradia:
Primeiramente, são necessárias algumas definições:
Radiação: energia que é projetada sob a forma de ondas (como a luz e o calor).
Vibração: Ato ou efeito de vibrar; oscilação, movimentação. periódica.
Irradiação: Ato ou efeito de emitir ondas, lançar raios de luz ou de calor, ou vibrações.
De acordo com o Espiritismo, radiações e vibrações teriam o mesmo significado. Seriam as projeções do pensamento ou do sentimento; as energias que conseguimos exteriorizar de nós mesmos.
Cada cérebro pode emitir vibrações de alta ou baixa freqüência, de acordo com os pensamentos constantes.
O amor vibra em alta freqüência; já o ódio em baixa.
Quanto mais elevados os pensamentos de amor, mais alta é a freqüência.
O que eleva a freqüência vibratória do pensamento é o amor desinteressado; por outro lado, abaixa as vibrações tudo que seja contrário ao amor, como a raiva, o ressentimento, a mágoa, a tristeza, a indiferença, o egoísmo, a vaidade e tudo o que expressa isolamento e separação.
Devemos nos manter com o pensamento elevado, para que nossas preces possam chegar até aos Espíritos que se encontram nas camadas elevadas (ondas curtas).
As ondas longas, de pensamentos terrenos e baixos, circulam apenas pela superfície da Terra. Qualquer pensamento de tristeza, ressentimento e crítica, abaixa as vibrações.
Irradiamos todos nós através dos nossos pensamentos, sentimentos, palavras e atos. Essa energia que emitimos continuadamente forma nosso hálito mental e se propaga ao nosso derredor. Essas energias tem reflexos sobre nós mesmos e sobre as pessoas que convivem conosco, os que estão distanciados e todos os seus do ambiente em que vivemos.
De acordo com os nossos sentimentos, e pensamentos constantes, emitiremos vibrações e irradiações benéficas ou maléficas.
Nos processos de passe ou irradiação, o seareiro, pela ação de sua vontade dirigida, transmite aos outros as suas energias vitais, que são imediatamente repostas pela absorção e metabolização automática das energias do ambiente pelos centros de força.
Na irradiação ou no passe, a pessoa, aplicando pensamento e vontade acelera essa absorção/metabolização e direciona as energias vitais e espirituais para aquele que as receberá.
Nossa mente irradia essas vibrações ou ondas que se propagam ao derredor em todas as direções, indo afetar a todos que estiverem na mesma sintonia.
Quem controla seus pensamentos, poderá afetar os outros de forma construtiva e positiva, podendo essa ajuda mental ser mais eficaz e duradoura que a própria ajuda material e emocional.
A matéria fluídica, movimentada pelas vibrações do pensamento, plasma aquilo que é idealizado. Essas criações podem afetar outras pessoas se houver força de vontade e persistência do emissor e receptividade daquele que estará recebendo.
Para desenvolver a mente, devemos mantê-la sob treinamento contínuo, vigiando-a a cada segundo, permitindo apenas vibrações construtivas.
Devemos ainda adotar hábitos salutares, como a frugalidade na alimentação, eliminarmos vícios (fumo, álcool, etc.), maus pensamentos e sentimentos, dominar os sentimentos passionais (passional - adj. 2 gên. Que se refere a paixão; motivado por paixão, especialmente amorosa. (Do lat. passionale.) e instintivos, aplicarmo-nos ao estudo, à meditação e à prece. Acima de tudo, porém, devemos praticar, efetivamente, o amor ao próximo, buscando sempre o comportamento cristão a fim de dispormos de elementos fluídicos de boa qualidade para transmitir aos necessitados.
Ä Técnica a ser seguida:
Em primeiro lugar devemos lembrar que os fluídos ou forças magnéticas psíquicas e espirituais, também se submetem à lei das proporções, isto é, não é pelo fato de alguém pedir excessivamente em favor de muitos, que conseguirá o seu desiderato (s. m. Aquilo que se deseja; aspiração. (Do. lat. desideratu.), o seu fim.
Cada um de nós movimenta uma certa quantidade relativa dessas forças, que podem ser ajuntadas com as do mundo espiritual proporcionalmente, sendo então carreadas (carrear - v. tr. dir. Conduzir ou transportar em carro; tr. dir. e ind. ocasionar; acarretar. (De carro.) para o seu objetivo.
Em segundo lugar, devemos focalizar o nosso pensamento, restringindo-o a uma certa área, pessoa ou grupo de pessoas, para que ele seja o sustentáculo dessa mesma força. Isto quer dizer que a nossa irradiação deve focalizar alguém, alguns, ou umas situações determinadas, cientes de que os pedidos feitos genericamente em favor de todos os necessitados, não alcançam objetivamente os seus fins; apenas valem pela intenção de quem irradia.
O potencial movimentado é aplicado de acordo com o critério que o mundo espiritual achar conveniente.
Lembrar também que não há multiplicação de forças motivadas por um nosso pedido, mas sim, que a nossa quota proporcionada se soma com outras com o mesmo objetivo e são capazes, então, superajuntadas, de auxiliar o objeto de nossa irradiação.
A pessoa que irradia deve inicialmente concentra-se; orar em seguida, e depois, pela vontade, focalizar o objeto de sua irradiação e transmitir aquilo que deseja: paz, conforto, coragem, saúde, equilíbrio, paciência, etc...
Bibliografia:
KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Questão 625.
XAVIER, Francisco Cândido. Palavras de Vida Eterna. Pelo Espírito Emmanuel, capítulo 31.
XAVIER, Francisco Cândido. Vinha de Luz. Pelo Espírito Emmanuel, capítulo 163.
XAVIER, Francisco Cândido. Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel, capítulo 149.
Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna de Curitiba. 7.ª 8.ª e 9.ª sessões de exercício prático – Irradiação, Bases do Fenômeno; Condições de quem irradia e Técnica ser seguida.
XAVIER, Francisco Cândido. Nos domínios da Mediunidade. Capítulo 17, página 170.
PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Capítulo XXVII – Na hora do passe.
MELO, Jacob. O Passe – Seu estudo, suas técnicas, sua prática. Capítulo VIII – As Técnicas, 6 Outros usos do passe, 6.1 O passe à distância (Irradiações), páginas 223/224.
Dicionário Brasileiro Globo Multimídia.
Bíblia Sagrada Multimídia – Tradução de João Ferreira de Almeida.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
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1 comentário:
Oi, uma pergunta. Nas apostilas do coem temos apresentação dos sete chacras, oque vc poderia me esclarecer acerca deste assunto?, o brigado.
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