tag:blogger.com,1999:blog-61224016507574373592024-03-12T22:36:49.975-07:00Introdução à doutrina espiritaCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.comBlogger91125tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-26239939271363338802011-04-23T12:40:00.000-07:002011-04-23T12:40:21.827-07:00Calvário<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyPpEly1vUlAUs9tqt9P6xVJZpwNChjk3R535WaNlWtp03Fy8FzQGnGXunuhM88tCjVjwWdtFrLNkwMHlHY05_yrI-l40Pa_7EAygiqg6XEnSFtX-WfhIxROooomlPYyDH4_85YLfiEPjs/s1600/jesus+calvario.jpg" imageanchor="1" style="margin-left:1em; margin-right:1em"><img border="0" height="400" width="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyPpEly1vUlAUs9tqt9P6xVJZpwNChjk3R535WaNlWtp03Fy8FzQGnGXunuhM88tCjVjwWdtFrLNkwMHlHY05_yrI-l40Pa_7EAygiqg6XEnSFtX-WfhIxROooomlPYyDH4_85YLfiEPjs/s400/jesus+calvario.jpg" /></a></div><br />
No alto do calvário se reúne a multidão. <br />
Mais um prisioneiro é punido. <br />
Mais um homem é crucificado. <br />
Mas a escuridão do céu anuncia injustiça. <br />
O punido não é simples prisioneiro, e sim o libertador. <br />
O crucificado não é apenas um homem, e sim a DIVINDADE. <br />
E a cruz assume nova função. <br />
No terceiro dia, CRISTO transcende as fronteiras entre a morte e a vida. <br />
Ressurge glorioso, rompendo as correntes do ódio, da prepotência e do egoísmo. <br />
Vence a cruz, sua última morada e trono de vitória. <br />
Vence a humilhação para maravilhar - nos com sua bondade. <br />
Ressurge para nos mostrar que o viver não tem limites e a morte é apenas a porta que nos conduz à sua essência.... <br />
Ao abrires teu Ovo de Páscoa <br />
espero que encontre dentro dele: <br />
Um bombom de AMOR <br />
outro de SAÚDE <br />
e um terceiro que te induz a orar pela PAZ. <br />
RENASÇA PARA UMA VIDA NOVA ,CHEIA DE MUITO AMOR. <br />
Ressuscite o teu amor <br />
para a FELICIDADE <br />
que todas as suas esperanças sejam <br />
renovadas e que JESUS que nos deu a vida possa <br />
te abençoar sempre . <br />
Por fim quero desejar uma Feliz e Santa Páscoa a todos. <br />
Assim como o Senhor venceu a morte pela ressurreição que o Senhor nos dê toda força para vencer todas as realidades de morte que vivemos em nosso dia-a-dia. <br />
FELIZ PÁSCOA DO SENHOR <br />
É meu desejo a você! <br />
<br />
Autor: Desconhecido.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-58377278343415693042011-04-23T12:36:00.001-07:002011-04-23T12:36:43.245-07:00Jesus e o EvangelhoLivro: Jesus e o Evangelho - À luz da psicologia profunda - Prefácio<br />
Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco<br />
<br />
<br />
<br />
Jesus é o mais notável Ser da História da Humanidade.<br />
<br />
A Sua vida e a Sua Obra são as mais comentadas e discutidas dentre todas as que já passaram pela cultura e pela civilização através dos tempos.<br />
<br />
Não obstante, muito ainda se pode dizer e examinar em torno dEle e da Sua mensagem.<br />
<br />
Sob qualquer aspecto considerado, o Seu Testamento - O Evangelho - é o mais belo poema de esperanças e consolações de que se tem notícia. Concomitantemente, é precioso tratado de psicoterapia contemporânea para os incontáveis males que afligem a criatura e a Humanidade.<br />
<br />
Vivendo numa época em que predominava a ignorância em forma de sombra individual e coletiva, qual ocorre também nestes dias, embora em menor escala, Jesus cindiu o lado escuro da sociedade e das criaturas, iluminando as consciências com a proposta de libertação pelo conhecimento da Verdade e integração nos postulados soberanos do amor.<br />
<br />
Incompreendido, assediado pela astúcia e perversidade, perseguido tenazmente, jamais se deixou atemorizar ou desviar-se do objetivo para o qual viera, conseguindo perturbar a astúcia dos adversários inclementes com respostas sábias e lúcidas calcadas no reino de Deus, cujas fronteiras se ampliavam albergando todos os seres humanos sedentos de justiça, esfaimados de paz, carentes de amor.<br />
<br />
... E nunca foi ultrapassado.<br />
<br />
Superior às conjunturas que defrontava pelo caminho e incólume às tentações do carreiro humano, por havê-las superado anteriormente, apequenou-se sem diminuir a própria grandeza, misturando-se ao poviléu, e destacando-se dele pelos grandiosos atributos da Sua Realidade espiritual.<br />
<br />
Exemplo da perfeita identificação da anima com o animus, Ele é todo harmonia que cativa e arrebata as multidões.<br />
<br />
Mas não se permitiu impedir o holocausto para o qual viera, nem o padecimento de muitas aflições que se impusera, para ensinar elevação espiritual e moral, desprendimento e abnegação àqueles que O quisessem seguir.<br />
<br />
Jamais a Humanidade voltaria a viver dias como aqueles em que Ele esteve com as criaturas, sofrendo com elas e amando-as, ajudando-as e entendendo-as, ao tempo em que tomava exemplos da Natureza e na sua pauta incomparável cantava a melodia extraordinária da Boa Nova.<br />
<br />
E ainda hoje a Sua voz alcança os ouvidos de todos aqueles que sofrem, ou que aspiram pelos ideais de beleza e de felicidade, ou que anelam por melhores dias, emulando-os ao prosseguimento da tarefa e à auto-superação, ambicionando a plenitude.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-56216221591635794542011-04-23T12:34:00.000-07:002011-04-23T12:34:12.554-07:00Anjos GuardiãesLivro: Momentos Enriquecedores Joanna de Ângelis & Divaldo P. Franco <br />
<br />
<br />
Os anjos guardiães são embaixadores de Deus, mantendo acesa a chama da fé nos corações e auxiliando os enfraquecidos na luta terrestre. <br />
Quais estrelas formosas, iluminam as noites das almas e atendem-lhes as necessidades com unção e devotamento inigualáveis. <br />
Perseveram ao lado dos seus tutelados em toda circunstância, jamais se impacientando ou os abandonando, mesmo quando eles, em desequilíbrio, vociferam e atiram-se aos despenhadeiros da alucinação. <br />
Vigilantes, utilizam-se de cada ensejo para instruir e educar, orientando com segurança na marcha de ascensão. <br />
Envolvem os pupilos em ternura incomum, mas não anuem com seus erros, admoestando com severidade quando necessário, a fim de lhes criarem hábitos saudáveis e conduta moral correta. <br />
São sábios e evoluídos, encontrando-se em perfeita sintonia com o pensamento divino, que buscam transmitir, de modo que as criaturas se integrem psiquicamente na harmonia geral que vige no Cosmo. <br />
Trabalham infatigavelmente pelo Bem, no qual confiam com absoluta fidelidade, infundindo coragem àqueles que protegem, mantendo a assistência em qualquer circunstância, na glória ou no fracasso, nos momentos de elevação moral e naqueloutros de perturbação e vulgaridade. <br />
Nunca censuram, porque a sua é a missão de edificar as almas no amor, preservando o livre-arbítrio de cada uma, levantando-as após a queda, e permanecendo leais até que alcancem a meta da sua evolução. <br />
Os anjos guardiães são lições vivas de amor, que nunca se cansam, porquanto aplicam milênios do tempo terrestre auxiliando aqueles que lhes são confiados, sem se imporem nem lhes entorpecerem a liberdade de escolha. <br />
Constituem a casta dos Espíritos Nobres que cooperam para o progresso da humanidade e da Terra, trabalhando com afinco para alcançar as metas que anelam. <br />
Cada criatura, no mundo, encontra-se vinculada a um anjo guardião, em quem pode e deve buscar inspiração, auscultando-o e deixando-se por ele conduzir em nome da Consciência Cósmica. <br />
Tem cuidado para que te não afastes psiquicamente do teu anjo guardião. <br />
Ele jamais se aparta do seu protegido, mas este, por presunção ou ignorância, rompe os laços de ligação emocional e mental, debandando da rota libertadora. <br />
Quando erres e experimentes a solidão, refaze o passo e busca-o pelo pensamento em oração, partindo de imediato para a ação edificante. <br />
Quando alcances as cumeadas do êxito, recorda-o, feliz com o teu sucesso, no entanto preservando-te do orgulho, dos perigos das facilidades terrestres. <br />
Na enfermidade, procura ouvi-lo interiormente sugerindo-te bom ânimo e equilíbrio. <br />
Na saúde, mantém o intercâmbio, canalizando tuas forças para as atividades enobrecedoras. <br />
Muitas vezes sentirás a tentação de desvairar, mudando de rumo. Mantém-te atento e supera a maléfica inspiração. <br />
O teu anjo guardião não poderá impedir que os Espíritos perturbadores se acerquem de ti, especialmente se atraídos pelos teus pensamentos e atos, em razão do teu passado, ou invejando as tuas realizações... Todavia te induzirão ao amor, a fim de que te eleves e os ajudes, afastando-os do mal em que se comprazem. <br />
O teu anjo guardião é o teu mestre e amigo mais próximo. <br />
Imana-te a ele. <br />
Entre eles, os anjos guardiães e Deus, encontra-se Jesus, o Guia perfeito da humanidade. <br />
Medita nas Suas lições e busca seguir-Lhe as diretrizes, a fim de que o teu anjo guardião te conduza ao aprisco que Jesus levará ao Pai Amoroso.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-63927723064497470962009-10-31T09:38:00.000-07:002009-10-31T09:38:04.960-07:00Curas de ObsessõesEscrevera-nos de Cazères, em 7 de janeiro de 1866:<br />
<br />
“Eis um segundo caso de obsessão, que empreendemos e levamos a bom fim durante o mês de julho último. A obsidiada tinha a idade de vinte e dois anos; gozava de uma saúde perfeita; apesar disto, foi de repente vítima de acessos de loucura; seus pais afizeram cuidar por médicos, mas inutilmente, porque o mal, em lugar de desaparecer, tornava-se cada vez mais intenso, ao ponto que, durante as crises, era impossível contê-la.<br />
<br />
Os pais, vendo isto, segundo o conselho dos médicos, obtiveram sua admissão em uma casa de alienados, onde seu estado não experimentou nenhuma melhora. Nem eles nem a doente jamais se ocuparam do Espiritismo, que mesmo não conheciam; mas tendo ouvido falar da cura de Jeanne R..., da qual convosco conversei, vieram nos procurar para nos pedir se poderíamos fazer alguma coisa por sua infeliz filha.<br />
<br />
Respondemos que não poderíamos nada afirmar antes de conhecer a verdadeira causa do mal. Nossos guias, consultados em nossa primeira sessão, nos disseram que essa jovem estava subjugada por um Espírito muito rebelde, mas que acabaríamos por conduzi-lo a um bom caminho, e que a cura que se seguiria nos daria a prova da verdade desta afirmação.<br />
<br />
Em consequência, escrevi aos pais, distantes de nossa cidade 35 quilômetros, que sua filha se curaria, e que a cura não demoraria muito tempo para chegar, sem, no entanto, poder precisar-lhe a época.<br />
<br />
Evocamos o Espírito obsessor durante oito dias seguidos e fomos bastante felizes por mudar suas más disposições e fazê-lo renunciar a atormentar sua vítima. Com efeito, a doente sarou, como o haviam anunciado nossos guias.<br />
<br />
Os adversários do Espiritismo repetem sem cessar que a prática desta Doutrina conduz ao hospital. Pois bem! Podemos dizer-lhes, nesta circunstância, que o Espiritismo de lá fez sair aqueles que a tinham feito entrar.”<br />
<br />
Este fato, entre mil, é uma nova prova da existência da loucura obsessional, cuja causa é diferente daquela da loucura patológica, e diante da qual a ciência fracassará enquanto se obstinar a negar o elemento espiritual e sua influência sobre o organismo.<br />
<br />
O caso aqui é bem evidente: eis uma jovem apresentando de tal modo os caracteres da loucura, que os médicos a desprezaram, e que está curada, a várias léguas de distância, por pessoas que jamais a viram, sem nenhum medicamento nem tratamento médico, e unicamente pela moralização do Espírito obsessor. Há, pois, Espíritos obsessores cuja ação pode ser perniciosa para a razão e a saúde.<br />
<br />
Não é certo que se a loucura tivesse sido ocasionada por uma lesão orgânica qualquer, esse meio teria sido impotente? Se se objetasse que essa cura espontânea pode ser devida a uma causa fortuita, responderíamos que se não tivesse a citar senão um único fato, sem dúvida, seria temerário disso deduzir a afirmação de um princípio tão importante, mas os exemplos de curas semelhantes são muito numerosos; não são o privilégio de um indivíduo, e se repetem todos os dias em diversas regiões, sinais indubitáveis de que repousam sobre uma lei natural.<br />
<br />
Citamos várias curas deste gênero, notadamente nos meses de fevereiro de 1864 e janeiro de 1865, que contêm duas relações completas eminentemente instrutivas. Eis um outro fato, não menos característico, obtido no grupo de Marmande:<br />
<br />
Numa aldeia, a algumas léguas dessa cidade, tinha um camponês atacado de uma loucura de tal modo furiosa, que perseguia as pessoas a golpes de forcado para matá-las, e que na falta de pessoas, atacava os animais do galinheiro.<br />
<br />
Ele corria sem cessar pelos campos e não voltava mais para sua casa. Sua presença era perigosa; assim, obteve-se sem dificuldade a autorização de interná-lo na casa dos alienados de Cadillac.<br />
<br />
Não foi sem um vivo desgosto que a sua família se viu forçada a tomar essa decisão.<br />
<br />
Antes de levá-lo, um de seus parentes tendo ouvido falar das curas obtidas em Marmande, em casos semelhantes, veio procurar o Sr. Dombre e lhe disse: “Senhor, me disseram que curais os loucos, é por isso que venho vos procurar.”<br />
<br />
Depois lhe contou do que se tratava, acrescentando: “É que, vede, isso nos dá tanta pena de nos separar desse pobre J... que gostaria antes de ver se não há um meio de impedi-lo.”<br />
<br />
- “Meu bravo homem, disse-lhe o Sr. Dombre, não sei quem me deu essa reputação; triunfei algumas vezes, é verdade, em devolver a razão a pobres insensatos, mas isto depende da causa da loucura. Embora não vos conheça, vou ver, no entanto, se posso vos ser útil.”<br />
<br />
Tendo ido imediatamente com o indivíduo à casa de seu médium habitual, obteve de seu guia a segurança de que se tratava de uma grave obsessão, mas que com a perseverança dela triunfaria. Sobre isto disse ao camponês: “Esperai ainda alguns dias antes de conduzir vosso parente a Cadillac; dele iremos nos ocupar; retornai a cada dois dias para dizer-me como ele se encontra.”<br />
<br />
Desde esse dia se puseram à obra. O Espírito se mostrou, de início, como seus semelhantes, pouco tratável; pouco a pouco, acabou por humanizar-se, e, finalmente, por renunciar a atormentar esse infeliz.<br />
<br />
Um fato bastante particular é que ele declara não ter nenhum motivo de ódio contra esse homem; que, atormentou por necessidade de fazer o mal, nisso se prendeu a ele como a qualquer outro; que reconhecia agora ter errado e disto pedia perdão a Deus.<br />
<br />
O camponês retornou depois de dois dias, e disse que seu parente estava mais calmo, mas que não tinha ainda retornado para sua casa, e se escondia nas cercas vivas. Na visita seguinte, ele havia retornado à casa, mas estava sombrio, e se mantinha afastado; não procurava mais ferir ninguém. Alguns dias depois, ia à feira e fazia seus negócios, como de hábito.<br />
<br />
Assim, oito dias tinham bastado para reconduzi-lo ao estado normal, e isto sem nenhum tratamento físico. É mais que provável que, se o tivesse encerrado com os loucos, teria perdido completamente a razão.<br />
<br />
A obsessão, como dissemos, é um dos maiores escolhos da mediunidade. É também um dos mais frequentes. Assim, nunca serão demais as providências para combatê-la. Mesmo porque, além dos prejuízos pessoais que dela resultam, constitui um obstáculo absoluto à pureza e à veracidade das comunicações. A obsessão, em qualquer dos seus graus, sendo sempre o resultado de um constrangimento, e não podendo jamais esse constrangimento ser exercido por um Espírito bom, segue-se que toda comunicação dada por um médium obsedado é de origem suspeita e não merece nenhuma confiança. Se, por vezes, se encontrar nela algo de bom, é necessário restringir-se a isso e rejeitar tudo o que apresentar o menor motivo de dúvida.<br />
<br />
<br />
Reconhece-se a obsessão pelas seguintes características:<br />
<br />
1) Insistência de um Espírito em comunicar-se queria ou não o médium, pela escrita, pela audição, pela tiptologia etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam.<br />
<br />
2) Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações recebidas.<br />
<br />
3) Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem falsidades ou absurdos.<br />
<br />
4) Aceitação pelo médium dos elogios que lhe fazem os Espíritos que se comunicam por seu intermédio.<br />
<br />
5) Disposição para se afastar das pessoas que podem esclarecê-lo.<br />
<br />
6) Levar a mal a crítica das comunicações que recebe.<br />
<br />
7) Necessidade incessante e inoportuna de escrever.<br />
<br />
8) Qualquer forma de constrangimento físico, dominando-lhe à vontade e forçando-o a agir ou falar sem querer.<br />
<br />
9) Ruídos e transtornos em redor do médium, causados por ele ou tendo-o por alvo.<br />
<br />
Os motivos da obsessão variam segundo o caráter do Espírito. Às vezes é a prática de uma vingança contra pessoa que o magoou na sua vida ou numa existência anterior. Freqüentemente é apenas o desejo de fazer o mal, pois como sofre, deseja fazer os outros sofrerem, sentido uma espécie de prazer em atormentá-los e humilhá-los. A impaciência das vítimas também influi, porque ele vê atingido o seu objetivo, enquanto a paciência acaba por cansá-lo. Ao se irritar, mostrando-se zangado, a vítima faz precisamente o que ele quer. Esses Espíritos agem às vezes pelo ódio que lhes desperta a inveja do bem, e é por isso que lançam a sua maldade sobre criaturas honestas.<br />
<br />
Há Espíritos obsessores sem maldade, que são até mesmo bons, mas dominados pelo orgulho do falso saber: têm suas idéias, seus sistemas sobre as Ciências, a Economia Social, a Moral, a Religião, a Filosofia. Querem impor a sua opinião e para isso procuram médiuns suficientemente crédulos para aceitá-las de olhos fechados, fascinando-os para impedir qualquer discernimento do verdadeiro e do falso. São os mais perigosos porque não vacilam em sofismar e podem impor as mais ridículas utopias. Conhecendo o prestígio dos nomes famosos não têm escrúpulo em enfeitar-se com eles e nem mesmo recuam ante o sacrilégio de se dizerem Jesus, a Virgem Maria ou um santo venerado. Procuram fascinar por uma linguagem empolada, mais pretensiosa do que profunda, cheia de termos técnicos e enfeitada de palavras grandiosas, como Caridade e Moral. Evitam os maus conselhos, porque sabem que seriam repelidos, de maneira que os enganados os defendem sempre, afirmando: Bem vês que nada dizem de mau. Mas a moral é para eles apenas um passaporte, é o de que menos cuidam. O que desejam antes de mais nada é dominar e impor as suas idéias, por mais absurdas que sejam. (1)<br />
<br />
Como já dissemos, o fascinado recebe geralmente muito mal os conselhos. A crítica o aborrece, irrita e faz embirrar com as pessoas que não participam da sua admiração. Suspeitar do seu obsessor é quase uma profanação, e é isso o que o Espírito deseja, que se ponham de joelhos ante as suas palavras.<br />
<br />
As imperfeições morais do obsedado são frequentemente um obstáculo à sua libertação. Só podemos dar aqui alguns conselhos gerais, porque não há nenhum processo material, nenhuma fórmula, sobretudo, nem qualquer palavra sacramental que tenham o poder de expulsar os Espíritos obsessores. O que falta em geral ao obsedado é força fluídica suficiente. Nesse caso a ação magnética de um bom magnetizador pode dar-lhe uma ajuda eficiente. A subjugação corpórea tira quase sempre ao obsedado as energias necessárias para dominar o mau Espírito. É por isso necessária à intervenção de uma terceira pessoa, agindo por meio do magnetismo ou pela força da sua própria vontade. Na falta do concurso do obsedado, essa pessoa deve conseguir ascendente sobre o Espírito. Além disso, é sempre bom obter, por um médium de confiança, os conselhos de um Espírito superior ou do seu anjo da guarda. Como não há pior cego do que o que não quer ver, quando se reconhece a inutilidade de todas as tentativas para abrir os olhos do fascinado, o melhor que se tem a fazer é deixá-lo com as suas ilusões. Não se pode curar um doente que se obstina na doença e nela se compraz.<br />
<br />
Regra geral: quem quer que receba más comunicações espíritas, escritas ou verbais, está sob má influência; essa influência se exerce sobre ele, quer escreva ou não, isto é, seja ou não médium, creia ou não creia. A escrita oferece-lhe um meio de assegurar da natureza dos Espíritos em ação e de os combater, se forem maus, o que se consegue com maior êxito quando se chega a conhecer os motivos da sua atividade. Se a sua cegueira é bastante para não lhe permitir a compreensão, outros poderão lhe abrir os olhos.<br />
<br />
Em resumo: o perigo não está no Espiritismo, desde que este pode, pelo contrário, servir-nos de controle e preservar-nos do risco incessante a que nos expomos sem saber. Ele está na orgulhosa propensão de certos médiuns a se considerarem muito levianamente instrumentos exclusivos dos Espíritos superiores, e na espécie de fascinação que não lhes permite compreender as tolices de que são intérpretes. Mas mesmo os que não são médiuns podem se deixar envolver.<br />
<br />
* * *<br />
<br />
(1) Muitas pessoas aceitam com facilidade as comunicações assinadas por Jesus, Maria, João, Paulo e outras figuras exponenciais da Religião e da História, esquecidas das advertências doutrinárias. Mensagens com assinaturas dessa espécie são sempre suspeitas, pois Espíritos que habitualmente se comunicam conosco são, pela própria lei de afinidade, mais próximos de nós. (N. do T.) <br />
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<br />
Fonte: O Livro dos Médiuns – Allan Kardec<br />
(Cap. 23 – Da Obsessão)<br />
Tradução: José Herculano Pires<br />
Fonte: Revista Espírita, 1866 – Allan KardecCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-86947116024607400102009-10-06T15:43:00.000-07:002009-10-06T15:44:18.095-07:00MediunidadePágina Spiritism.de <br /><br />Conceitos básicos <br /><br /><br />A mediunidade não é sinal de santificação, nem representa característica divinatória. <br />È apenas um meio de entrar em contacto com as almas que viveram na Terra <br />Os médiuns se tornam mais responsáveis do que as demais pessoas, por possuírem a prova da sobrevivência que chega a todos por seu intermédio. <br />A educação da mediunidade possibilita a pessoa ser feliz pelo bem que pode realizar e pelo prazer de experimentar o bem que se recebe. <br />Todo indivíduo que, conscientemente ou não, capta a presenca de seres espirituais é portador de mediunidade. <br />Ela surge em qualquer idade, posição social, denominação religiosa ou cepticismo no qual se encontre a pessoa. <br />Às vezes, quando do aparecimento da mediunidade, surgem distúrbios vários, sejam na área orgânica, através de desequilíbrios e doenças, ou mediante inquietações emocionais e psiquiátricas. <br />Não é a mediunidade que gera o distúrbio no organismo, mas a ação fluídica dos espíritos que favorece a distonia ou não. <br />Quando a ação espiritual é salutar, uma aura de paz e de bem estar envolve o médium. <br />O exercício correto da mediuindade oferece nenhum perigo a quem quer que seja. <br />A mediunidade deixada ao abandono pode ser untilizada por entidades perversas ou levianas, que a perturbam, entorpecem ou a tornam um meio de desequilíbrio para o médium e quem o cerca. <br />Não é o médium, mas sim sua conduta que atrai espíritos bons ou maus. <br />A mediunidade deve ser exercida com devotamento e modéstia, objetivando a divulgação da verdade. <br />Não é um compromisso vulgar para exibicionismo barato ou promoção pessoal. <br />O conforto que proporciona é superior à capacidade de julgamento. <br />A esperança que faculta é maior que quaisquer palavras. <br />Os espíritos nobres não se submetem aos caprichos dos médiuns e das pessoas frívolas interessadas em jogos vazios do personalismo perturbador. Estas sintonizam-se com espíritos vulgares e irresponsáveis, que os levam a obsessões sutis a princípio, a caminho de lamentáveis processos irreversíveis e dolorosos. <br />O mau uso da mediunidade pode entorpecê-la ou até mesmo fazê-la desaparecer. <br /><br />Obstáculos a mediunidade nobre <br /><br />Tudo que induza à vaidade ou à projeção nos palcos do mundo. Nada de pressa de querer “salvar a humanidade”. <br />O mercantilismo: induzido por pessoas inescrupulosas e desconhecedoras da finalidade do espiritismo, o médium, resistindo no início aos pagamentos pelos serviços prestados,termina, não raro por aceitá-los, passando à profissional da mediunidade, com alegações banais e sem justificativas. Os mentores amigos se afastam e ele fica à merce de espíritos inferiores. A venda da mediuindade não se dá exclusivamente mediante a moeda , mas também através de presentes de alto preço, bajulação, destaque, e tudo que exalte o orgulho e a vacuidade do médium. <br />A interpretação erronea dos objetivos da mediunidade leva o indivíduo a atribuir aos espíritos tudo o que se passa, isentando-se dos deveres e responsabilidades que lhe dizem respeito. <br />A irregularidade do exercício mediúnico, a incosntância derivada da preguiça, mantém o indivíduo na faixa da mediunidade atormentada, que não progride, é repetitiva, insegura e monótona. <br />A mistificação mediúnica tem a ver com o caráter moral do médium, que consciente ou não é responsável pelas ocorrêncais normais e paranormais da sua existência. <br />O exibicionismo é um dos mais perigosos inimigos do médium. <br /><br />Educação das forças mediúnicas <br /><br />Ter atividades na área da caridade ilumina o médium <br />A oração o fortalece, reguardando-o das influências prejudiciais, que existem em toda parte, pois dependem da conduta moral dos homens. <br />Cultivar o silêncio interior e o recolhimento. Eles aguçam as percepções parafísicas. <br />Vigilância deve se constituir em norma de segurança. <br />O trato com os espíritos impõe prudência, elevação moral, equilíbrio emocional. <br />A fé sincera, sem estardalhaço nem afetação, a entrega a Deus, com irrestrita confiança e ao seu guia espiritual contribuem para uma educação mediúnica exemplar. <br /><br />Os médiuns responsáveis são conhecidos pelos seus silêncios e equilíbrio. <br />Não têm pressa em ganhar fama, nem dela necessitam. <br />Trabalham para um ideal que não remunera no mundo material. <br /><br />Leitura da Sorte <br /><br />É possível saber o futuro procurando especialistas em búzios, quiromancia, astrologia, tarô? <br />A melhor maneira de descobrir nosso futuro é analisar o que estamos fazendo no presente. Ele será sempre a consequência de nossas ações. <br />Há algum inconveniente em procurar esses especialistas? Normalmente essas pessoas atuam como prestidigitadores, envolvendo os consulentes com generalidades. Atirando em várias direções. <br />Conheço uma vidente que não é mistificadora. Ela sabe das coisas, sempre fala com acerto sobre nossa vida? <br />Se for dotada de sensibilidade psíquica não lhe será difícil vasculhar o íntimo dos consulentes. <br />Isso não é bom? <br />Pessoas assim costumam cobrar por suas consultas, o que compromete seu trabalho, colocando-as à merce de espíritos perturbadores que as utilizam como instrumentos para nos envolver. <br />E nos perturbam? <br />De várias formas, principalmente em relação aos nossos sentimentos. Uma jovem ouviu de uma vidente que o rapaz por quem estava apaixonada correspondia aos seus anelos, embora fosse noivo de outra e estivesse às vésperas do casamento. Ele iria, por sua causa, romper o noivado. Ela alimentou durante anos a ilusão de que isso aconteceria. O rapaz casou, teve filhos, sempre viveu bem com a esposa. No entanto, a ingênua consulente continuou alimentando a idéia de que ele seria seu companheiro um dia. Perdeu tempo, perturbou-se, seduzida por mentirosa informação. <br />Pode haver algum inconveniente, mas o que ela disse exprime algo do que estou vivendo. <br />Considere que ela nada vê além do que está em sua cabeça. Se você imagina que seu namorado a está traindo, ela lhe dirá exatamente isso, sem que exprima a realidade. Daí o perigo, tomando por verdadeiro o que é apenas uma idéia inspirada em ciúme e insegurança. <br />Se há tantos problemas, por que desde a mais remota antiguidade as pessoas procuram pitonisas, profetas, videntes, oráculos ? <br />É a velha tendência humana de procurar o maravilhoso, o sobrenatural, para decifrar os enigmas da existência e resolver seus problemas. <br /><br />Mas não é importante saber o que vai acontecer,ter uma idéia sobre nosso destino? <br />Quando há algum proveito ou necessidade, os nossos mentores espirituais providenciam para que, em sonhos premonitórios ou intuições, sejamos alertados, sem necessidade da interferência de pessoas que iludem os incautos. <br /><br />O copo <br /><br />Como funciona o copo para entrar em contato com espíritos? <br />Lembra um pouco o fenômeno das mesas girantes, nos primórdios do Espiritismo. Faz-se um círculo em torno dele, com a posição das letras alfabéticas ao longo dos trezentos e sessenta graus. Os participantes fazem imposição de mãos sobre o copo. Ele se movimenta indicando letras que, anotadas, formam palavras e frases. <br />São espíritos que movimentam o copo? <br />O fenômeno pode ser anímico. Os próprios participantes, inconscientemente, fazem o movimento. Ou espiritual, iniciativa de entidades desencarnadas que aproveitam a base fluídica sustentada pelos encarnados. <br />Funciona, então, como uma reunião mediúnica? <br />No segundo caso sim. Há espíritos e médiuns. <br />Há algum problema com essas brincadeiras? <br />São desaconselháveis. Inspiradas em mera curiosisdade e sem nenhum preparo do grupo, podem converter-se em porta aberta às obsessões. Acontece com frequência.<br />Os benfeitores espirituais não protegem? <br />A natureza dos espíritos que participam de uma reunião de intercâmbio depende das intenções e disposições do grupo. Sem conhecimento, sem um propósito nobre, sem seriedade, realizados por mera diversão, atendendo à curiosidade, sessões com o copo atraem espíritos zombeteiros e mistificadores que ali têm campo fértil para a semeadura de perturbações. <br />E se houver boas intenções? <br />Segundo o velho ditado, o inferno está cheio delas. Há muita gente bem intencionada que se perturba com o fenômeno mediúnico, por falta de conhecimento, experiência e orientação. <br />Uma reunião com copo poderia ser realizada no centro espírita? <br />Sim, mas seria regredir ao primarismo das mesas girantes, com manifestações demoradas, cansativas e pouco produtivas. Nos centros espíritas exercitam-se a psicofonia e psicografia, em que os médiuns transmitem o pensamento dos espíritos pela palavra falada e escrita, bem mais eficiente. Mal comparando, é como passar do telégrafo para o telefone ou fax. <br />Se não é prudente brincar com o copo, o que devem fazer meus amigos que se interessam pelo assunto? <br />Que procurem um centro espírita, participem das reuniões doutrinárias e dos cursos de espiritismo. Então estarão habilitados a participar das reuniões mediúnicas. Ali terão um aproveitamento bem melhor sem os riscos que envolvem essas « diversões » juvenis. <br /><br />Sensibilidade mediúnica <br /><br />Sou instável emocionalmente. Alterno alegria e tristeza, tranquilidade e tensão. Num dia muito animado, noutro mergulhado na fossa. Pode ser um problema espiritual? <br />Provavelmente você tem sensibilidade psíquica. Sem saber lidar com ela fica ao sabor dos ambientes e situações que vivencia, como folhas ao vento. <br />Assimilo influências? <br />Exatamente. Em ambientes saudáveis, espiritualizados, sente-se bem. Onde há desajuste colhe impressões desagradáveis que alteram seu humor ou impõe-lhe desajustes físicos. Há muita gente nessa condição. <br />É por isso que fico muito deprimido em velórios? <br />Você capta as vibrações de desalento da família. Reflete algo de sua angústia. <br />Também noto que quando me deixo dominar pela irritação perco o controle e tomo atitudes de que me arrependo depois, agindo de forma agressiva. Tem algo a ver? <br />Em face de sua sensibilidade, sempre que se descontrola assimila correntes vibratórias negativas. Dá vexame. <br />Nesses momentos eu estou dando uma manifestação de espíritos agressivos? <br />Mais exatamente é uma manifestação de seu prório espírito, revivendo estágios de animalidade inferior, sob indução de influências atraídas pelo seu destempero. <br />O que fazer para livrar-me desse problema ? <br />Compareça às reunies doutrinárias no centro espírita. Submeta-se à fluidoterapia (passes). Estude diariamente “O Evangelho segundo o Espiritismo”. Cultive a oração. Faça o propósito de renovar-se a cada dia, como lembra uma poesia de Christian Morgenstern: <br />“És novo em cada momento novo, não sejas pois servilmente fiel ao velho. Se até hoje teu coração tem estado negro como carvão, tens o poder de torná-lo branco como o quartzo.” <br />E quanto à minha mediunidade? <br />Deixe que aconteça naturalmente, a partir de um entrosamento com as atividades do centro. <br />Mas não é importante desenvolvê-la para alcançar o equilíbrio? <br />A mediunidade é uma notável ferramenta de trabalho em favor do Bem comum e de nossa própria felicidade. Considere, entretanto, que nosso equilíbrio não está subordinado, ao desenvolvimento de suposta faculdade mediúnica. Depende muito mais do ajuste de nossas emoções, aprendendo a controlar nossa sensibilidade, a fim de que não sejamos dominados por espíritos que dela se aproveitem. <br /><br />Desenvolvimento Mediúnico <br /><br />Pessoas perturbadas por influências espirituais devem ser encaminhadas às reuniões de desenvolvimento mediúnico ? <br />Não. Embora sejamos todos suscetíveis de sofrer a influência dos espíritos, nem todos detemos suficiente sensibilidade que nos habilite a atuar como seus intérpretes. <br />E se a pessoa vê os espíritos, colhendo fortes impressões relacionadas com sua presença? <br />Sob tensão ou nervosismo exarcebado há um aguçamento da sensibilidade psíquica que pode disparar fenômenos mediúnicos sem que o indivíduo tenha mediunidade a desenvolver. <br />E como vamos saber se ele é médium? <br />Em princípio é difícil, porquanto os sintomas assemelham-se. O assistido experimenta fenômenos mediúnicos por estar tenso e nervoso ou fica tenso e nervoso por experimentar fenômenos mediúnicos. <br />Qual seria a primeira providência no propósito de oferecer-lhe ajuda? <br />Encaminhá-lo às reuniões de orientação doutrinária e fluidoterapia (passes). <br />Sua presença num grupo mediúnico não o auxiliaria melhor? <br />Kardec deixa bem claro, em “O Livro dos Médiuns”, que a reunião mediúnica deve ser reservada às pessoas que conhecem a doutrina espírita. Sustentada pelo apoio vibracional dos participantes, haverá uma harmonização vibratória que não se pode esperar daqueles que não têm nenhuma noção a respeito do assunto. <br />Mas como fica a pessoa que precisa desenvolver a mediunidade para livrar-se de suas perturbações? <br />O problema maior do médium é que em princípio ele é controlado pelo fenômeno mediúnico quando o ideal seria controlá-lo. Esse ajuste não depende do exercício mediúnico. Subordina-se, essencialmente, à três fatores: aplicação no estudo, empenho de auto-disciplina, esforço de renovação. <br />E se o próprio guia do centro encaminha a pessoa para o desenvolvimento mediúnico? <br />Talvez o guia esteja mal informado. Sua presença em reuniões mediúnicas deve ser precedida de um período de aprendizado em grupos de estudo. Assim adquirirá o conhecimento elementar necessário para uma participação produtiva e disciplinada. <br />Com critérios tão rígidos não estaremos elitizando a reunião mediúnica? <br />Somente quem não está familiarizado com o estudo da mediunidade pode defender semelhante idéia. Não se pretende restringir a reunião mediúnica a restrito círculo de iniciados. Qualquer pessoa pode ter acesso ao intercâmbio com o Além, desde que se prepare convenientemente, a fim de que seja capaz de ajudar, ou fatalmente vai atrapalhar. <br /><br />Fonte: http://www.spiritism.de<br /><br />Leia o Livro A MEDIUNIDADE SEM LÁGRIMAS de Eliseu Rigonatti.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-4560358182775781402009-10-06T15:28:00.000-07:002009-10-06T15:29:56.435-07:00Espiritismo, o que é na verdade!De: Alamar Régis Carvalho <br /><br />Partindo do princípio que o objetivo de todo jornalIsta ético e sensato é o de informar bem, com coerência, honestidade, dignidade e imparcialidade, preocupando-se sempre com o indispensável conhecimento da causa que leva a reportar, venho apresentar-lhes uma contribuição em cima de um assunto que muitos profissionais do jornalismo, embora bem intencionados, terminam cometendo equívocos lamentáveis, por uma inexplicável ignorância que compromete os seus nomes bem como o dos veículos por onde vinculam as suas matérias ou reportagens. <br />Falo com respeito ao assunto Espiritismo, tema este que invariavelmente é visto apenas no campo religioso, o que na verdade não é, e sobretudo, o que é mais lamentável, sempre enfocado com afirmativas de conceitos absurdos, oriundos do 'achismo' e também de uma cultura criada na cabeça das pessoas, pela intolerância e a desonestidade religiosa. <br />Não objetivo aqui defender crença ou fé nenhuma, porque não é isto que está em questão. Só quero mesmo prestar contribuição ao gigantesco segmento honesto do jornalismo acerca de uma coisa, como ela realmente é, para que ele esteja melhor informado, sem a menor pretensão de querer fazer com que nenhum profissional o aceite, concorde com os seus postulados e, muito menos, se converta. Vamos aos assuntos: <br /><br />Espiritismo não é igreja<br /><br />Em princípio corrijam a conceituação inicial: Espiritismo não é simplesmente religião. Ele não veio ao mundo com objetivo nenhum de ser religião. Trata-se de uma doutrina filosófica, com base calcada na racionalidade, na lógica e na razão, apenas com conseqüências religiosas, haja vista que os seus adeptos ficam livres da submissão a qualquer religião, por não serem obrigados a coisa nenhuma e nem serem proibidos de nada. Há centros espíritas que se portam como se fossem igrejas, mas isto é produto da concepção equivocada dos seus dirigentes, que ainda sentem a necessidade da rezação, em que pese o Espiritismo ser algo muito acima disto..<br /><br />Não existe 'Kardecismo', existe 'Espiritismo' <br /><br /><br />O jornalista equivocado costuma utilizar-se da expressão 'kardecismo', para identificar algo que ele imagina ser uma 'ramificação' do Espiritismo, achando que Espiritismo é um 'montão de coisas' que existe por aí, quando na realidade não é. <br />A palavra 'Espiritismo' foi criada, ou inventada, como queiram, pelo senhor Allan Kardec, exclusivamente, para denominar a doutrina nova que foi trazida ao mundo, por iniciativa de Espíritos, e que tem os seus postulados próprios. <br />Portanto, qualquer crença ou prática religiosa que utiliza-se da denominação 'Espiritismo', fora desta que se enquadre nos seus postulados, está utilizando-se indevidamente de uma denominação, mergulhando no campo da fraude. Daí a verdade que o nome disto que vocês chamam de 'kardecismo', verdadeiramente é 'Espiritismo'. <br />Apenas para clarear o campo de conhecimento dos que ainda têm dúvidas, em achar que Candomblé, Cartomancia, Necromancia, Umbanda e outras práticas espiritualistas é Espiritismo, vai aqui uma pequena tabela, exemplificando algumas práticas de alguns segmentos, para apreciação daqueles que consideram relevante o uso da inteligência e do bom senso, a fim de um discernimento mais coerente e responsável. <br /><br />Veja quem adota e quem não adota o quê:<br /><br />Procedimentos, Práticas e Rituais<br /> Umbanda <br /> Catolicismo <br /> Espiritismo <br />Altares<br />Imagens<br />Velas<br />Incensos e Defumações<br />Paramentos e Vestes Especiais<br />Obrigações aos participantes<br />Proibições aos participantes<br />Ajoelhar, Sentar e Levantar-se em Cultos<br />Bebidas Alcoólicas em Cultos<br />Sacerdócio Organizado<br />Sacramentos<br />Casamentos e Batizados<br />Amuletos, Pátuas, Escapulários, Rosários<br />Hinos, Canticos e Pontos Cantados<br />Crença em Satanás<br /><br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Sim<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Não<br />Como pode, então, um profissional que tem a obrigação de estar bem informado, poder afirmar que Espiritismo e Umbanda são a mesma coisa? Não seria mais coerente dizer que tem mais semelhanças com o Catolicismo, embora não seja também a mesma coisa? <br />O espírita não tem a menor pretensão de diminuir ou desvalorizar o adepto da Umbanda que, por sua vez, tem também a sua denominação própria que é Umbanda, e não Espiritismo, apenas quer deixar claro que Espiritismo é Espiritismo e Umbanda é Umbanda, assim como Catolicismo é Catolicismo, Protestantismo é Protestantismo. <br />A afirmativa que alguns fazem, em dizer que tudo é a mesma coisa, com a diferença de que na Umbanda se reúnem negros e pobres e no tal 'Kardecismo' se reúnem o que chamam de elites, é extremamente leviana, desonesta e irresponsável. O Espiritismo não faz qualquer discriminação de raças, cor ou padrão social, já que em seu movimento existem inúmeros negros, mulatos, brancos e de todas as etnias. <br /><br />Allan Kardec não inventou o Espiritismo<br /><br /><br />Allan Kardec não inventou ou criou Espiritismo nenhum. A proposta veio de Espíritos, através de manifestações espontâneas, consideradas como fenômenos, na época, e ele, que nada tinha a ver com aquilo, foi convidado por alguns amigos para examinar e analisar os tais fenômenos, em suas casas, oportunidade em que foi convidado, pelos Espíritos, pela sua condição de pedagogo e educador criterioso, a organizar aqueles ensinamentos em livros e disponibilizar para a humanidade. <br />Ele foi tão honesto e consciente de que a obra não era de sua autoria, que evitou colocar o seu nome famoso na Europa antiga (Denizard Rivail) como autor dos livros e preferiu utilizar-se de um pseudônimo. É bom que se saiba que o tal professor Rivail era autor famoso de livros didáticos e que tudo o que aparecia com seu nome vendia muito, não apenas na França como em toda a Europa. <br />Atentem para o detalhe: Os Espíritos optaram por um pedagogo, um professor, e não por um padre, um religioso, o que nos convida a entender que o Espiritismo é escola e não igreja. <br /><br />Sobre a reencarnação<br /><br />Não é patrimônio exclusivo do Espiritismo e não foi inventada pelo Espiritismo, posto que é algo conhecido pela maior parte da humanidade, por milênios, muito antes do Espiritismo, que tem apenas 151 anos de idade. <br />O espírita, depois de estudar a reencarnação, não crê na reencarnação, ele passa a SABER a reencarnação, o que é diferente. Exemplificando: Você crê que a Lua existe ou você sabe que ela existe? Afinal, você pode vê-la e comprovar, inclusive cientificamente? É isto aí. <br />Portanto a afirmativa de que os espíritas crêem na reencarnação é infantil e sem sentido. <br /><br />Sobre a mediunidade<br /><br />Também não é patrimônio exclusivo e nem foi inventada pelo Espiritismo. É uma faculdade humana normal e independe de crença religiosa, já que a pessoa pode possuí-la, com maior ou menor intensidade, acredite ou não. O Espiritismo apenas se dispõe a estudá-la, educar e disciplinar as pessoas que a possuem, para que o seu uso possa ser benéfico a elas e aos outros, absolutamente dentro dos elementares padrões de moralidade. Segundo os postulados espíritas ela não deve ser comercializada, nunca, e deve ser utilizada gratuitamente; todavia é praticada comercialmente em alguns lugares do mundo, por pessoas que são médiuns, inclusive honestas, mas nada sabem sobre Espiritismo, numa comprovação de que ela existe fora do meio espírita. <br />Qualquer afirmativa do tipo que 'alguém tem mediunidade e precisa desenvolver' é vinda de pessoas inconseqüentes, mesmo algumas que se auto rotulam espíritas, posto que o Espiritismo propõe que a faculdade deve ser educada e não desenvolvida.. <br /><br />Sobre o caráter do centro espírita <br /><br />É um local que deve atuar como escola e não como igreja. A sua proposta é de estudos, sobretudo da matéria que trata da reforma íntima das pessoas, dando ciência do papel de cada um de nós na terra, da nossa razão de existir enquanto criaturas úteis ao nosso próximo, esclarecimento da nossa condição espiritual no presente e no futuro e, principalmente, a nossa conduta moral. <br />Recomenda a prática da Caridade, sim, mas de forma ampla no sentido de orientar e informar aos outros sobre os meios de libertações dos conflitos, das amarguras, das incompreensões e do sofrimento em si e não esse entendimento estreito de que Caridade se resume apenas a dar prato de sopa ou roupas usadas para pobres, para qualificar o doador como bonzinho. <br />Adota Jesus, sim, inclusive como o maior modelo e guia que temos para seguir, concebendo o seu Evangelho como a bula coerente a nos conduzir, e não como sendo ele o próprio Deus. <br />Enfim. O centro espírita é um local de estudo e não de rezação. <br /><br />Sobre quem é reencarnação de quem <br /><br />Recentemente vimos um jornalista afirmar, nas páginas da VEJA, que os espíritas juram que Fulano é reencarnação de Sicrano, o que se constitui em um absurdo. Em princípio espírita não adota jura nenhuma. Segundo, que não consta da atividade espírita a preocupação de quem é reencarnação de quem, uma vez que esta discussão é irrelevante, não tem razão nenhuma, não acrescenta absolutamente nada na proposta espírita para a criatura humana, em que pese alguns espíritas, apenas alguns, (nem todos entendem bem a proposta da doutrina) se ocuparem com esse tipo de discussão. Falar em quem é ou talvez possa ser reencarnação de quem, é conversa amena de momentos de descontração de espíritas, apenas em nível de curiosidade ou especulação, jamais tema de estudo sério da casa espírita. Ainda que possa existir, em alguns locais de estudos mais profundos e pesquisas espíritas, interesses em trabalhar as questões da reencarnação, os estudiosos apenas sugerem que fulano possa ser a reencarnação de alguém, mas nunca afirmam, apesar de evidências marcantes e inquestionáveis, quando a condução da pesquisa é séria e criteriosa. Quem anda dizendo que é a reencarnação de reis, de rainhas e de personagens poderosas do passado não são os espíritas, são apenas alguns bobos que estão no Espiritismo sem consciência do seu papel. <br /><br />Apologia ao sofrimento<br /><br />Matérias de revistas e jornais, dentro deste equívoco que nos referimos, chegaram a afirmar, diversas vezes, que o Espiritismo ensina as pessoas a serem acomodadas em relação ao sofrimento e até chegarem a dizer que o sofrimento é bom. Não condiz com o coerente ensinamento do Espiritismo. Se algum espírita chega a dizer isto, certamente é vítima do masoquismo e, provavelmente, deve praticar um ritual em sua casa, quando, talvez uma vez por semana, colocar a mão sobre uma mesa e dar uma martelada em seu dedo. Sofrimento não é condição fundamental para a evolução de ninguém, embora entendamos que, ao passar por ele, muitas pessoas terminam acordando para a realidade da vida e mudando de conduta, sobretudo no campo do orgulho, do egoísmo e da presunção. <br /><br />Mesa branca <br /><br />Não existe espiritismo mesa branca, alto espiritismo, baixo espiritismo ou qualquer ramificação do Espiritismo, que é um só. O hábito de forrar mesas com toalhas de cor branca, na maioria dos centros espíritas, nada mais é que um hábito de alguns espíritas, de certa forma até equivocados também, uns talvez achando que a cor branca da toalha ou das roupas das pessoas tem algum significado virtuoso, quando na verdade não existe esta orientação no Espiritismo. Muito pelo contrário, seria preferível utilizar toalhas (por que tem sempre que ter toalhas nas mesas?) de outras cores, posto que tecidos em cor branca têm maior facilidade de sujar. Portanto a citação de 'espiritismo mesa branca' é mais uma expressão da ignorância popular, o que não se admite nos jornalistas. <br /><br />Terapia de vidas passadas<br /><br />Não é procedimento espírita, em que pese ser recomendável em alguns casos, porém em consultórios de profissionais especializados, geralmente psicólogos ou médicos. É fato, existe, é comprovado, tem resultados cientificamente respaldados, mas não é prática espírita.. <br /><br />Cromoterapia, piramidologia etc...<br /><br />Se alguém usa uma dessas práticas no espaço físico de uma casa espírita, é por pura deliberação da direção da casa, que se considera livre para fazer o que quiser, até mesmo dar aulas de arte culinária, corte e costura, curso de inglês, informática ou o que quiser, que são atividades úteis, sem dúvidas. Mas não tem a ver diretamente com o Espiritismo. <br /><br />Sucessor de Chico Xavier<br /><br />Isto nunca existiu no Espiritismo, em que pese vários jornalistas terem colocado em matérias diversas, quando o Chico Xavier 'morreu', e ainda repetem, talvez querendo estabelecer alguma comparação do Espiritismo (que vêem apenas como religião) com a Igreja Católica, que tem sucessores dos papas, quando morrem. Chico Xavier nunca foi uma espécie de papa, de cardeal ou de qualquer autoridade eclesiástica dentro do movimento espírita. Divaldo Pereira Franco nunca foi sucessor do Chico, nunca teve essa pretensão, ninguém no movimento espírita fala nisto, que é coisa apenas de páginas de revistas desinformadas sobre o que verdadeiramente é o Espiritismo. <br /><br />A sua relação com a Ciência<br /><br />Faz parte da formação espírita a seguinte recomendação: 'Se algum dia a Ciência comprovar que o Espiritismo está errado em algum ponto, cumpre aos espíritas abandonarem imediatamente o ponto equivocado e seguirem a orientação da Ciência'. Mas isto não quer dizer que o que afirma determinadas criaturas, como o padre Quevedo, que se apresenta presunçosamente como cientista, deva ser entendido como Ciência, já que ele não é unanimidade e nem ao menos aceito pela maioria dos cientistas coisa nenhuma. Ele é padre, nada mais do que padre, com um tipo de postura que não aceita nem pela maioria do seio católico, quanto mais pelo científico. Não é à pseudo-ciência ou a opiniões pessoais de um ou outro elemento, que se diz de Ciência, que o Espiritismo se submete, com esta recomendação, é a Ciência, como um todo, em descobertas inquestionáveis. Até agora a Ciência não conseguiu apontar e muito menos comprovar erro em um ensinamento espírita, sequer. Se alguém exige, por exemplo, querer provas por parte dos que afirmam que existe vida fora da Terra, por questão de bom senso deve ter também provas de que não existe. Será que tem? <br /><br />Medicina e Espiritualidade<br /><br />Alguns médicos, tradicionalmente, sempre afirmaram que os problemas de saúde das pessoas nada têm a ver com problemas espirituais, porque estes se resumem a crendices. Hoje existe um curso de 'Medicina e Espiritualidade', oficial, dentro da USP (Universidade de São Paulo), a maior Universidade do País, onde são estudados estes questionamentos que alguns continuam a dizer que são crendices.. Em nível de informação, sugerimos que os jornalistas se interessem em reportar sobre este assunto, sem que vá aqui a menor intenção de querer converter ninguém. Não se trata de questão religiosa, trata-se de questão científica. Para melhor informação, as aulas deste curso podem ser vistas no site: www.redevisao.net. O telefone da Pineal Mind, onde são ministradas as aulas, é (11) 3209-5531 e o e-mail é faleconosco@uniespirito.com.br onde poderão ser obtidas maiores informações sobre o curso. Toda sexta-feira, às 19 horas, tem aula ao vivo, pelo site, numa webtv. Diante de todo o exposto sugerimos que os grandes veículos de comunicação de massa, obviamente comprometidos com a credibilidade dos seus nomes, repassem estes esclarecimentos aos seus profissionais de jornalismo, não necessariamente para que eles sejam simpáticos à idéia espírita, já que ninguém é obrigado a aceitar coisa nenhuma, mas para, pelo menos, não comprometerem as suas honorabilidades dizendo mentiras, leviandades e até se expondo ao ridículo reportando sobre um assunto que não entendem. <br /><br />Alamar Régis Carvalho<br />Analista de Sistemas<br />alamar@redevisao.net<br /><br /><br />http://www.luzespirita.com/subpag/artigos/espiritismo.htmCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-61942128693690311882009-09-13T07:06:00.000-07:002009-09-13T07:08:54.680-07:00MÉDIUM: CONCEITO, CLASSIFICAÇÃO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFG02MSGnANQIospmzF_wyRuq9U4fxtuh_T9-JafSwpWArKdK-jSsG715fRoPaz7Y2aj58O0OhxXcMmgjE950_d_FF16GWG7DqMEu9I42Uv_NFGBSRUTMWAlkEGrruqSRAaUiJJpC204d0/s1600-h/espirito+protetor.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 143px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjFG02MSGnANQIospmzF_wyRuq9U4fxtuh_T9-JafSwpWArKdK-jSsG715fRoPaz7Y2aj58O0OhxXcMmgjE950_d_FF16GWG7DqMEu9I42Uv_NFGBSRUTMWAlkEGrruqSRAaUiJJpC204d0/s400/espirito+protetor.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5380953705886896162" /></a><br />CONCEITO DE MÉDIUM E MEDIUNIDADE<br />A palavra médium é uma expressão latina que significa "meio" ou "intermediário". Allan Kardec apropriou-se dessa expressão para desig¬nar as pessoas que são portadoras da faculdade mediúnica.<br />Kardec [LM-cap 32] conceitua:<br />Médium - pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os ho¬mens.<br />Mediunidade - a faculdade dos médiuns, ou seja, a faculdade que possibilita a uma pessoa servir de intermediária entre os Espíritos desencarnados e os homens.<br />Assevera ainda Kardec [LM-it 159] que:<br />"todo aquele que sente em qualquer grau a influência dos Espíritos é médium."<br />Diante da assertiva do Codificador da Doutrina Espírita poder-se-ia indagar: Somos todos médiuns?<br />De forma generalizada poderíamos afirmar que sim. Todos os indivíduos possuem rudimentos da faculdade mediúnica, já que podem ser influenciados pelos Espíritos. Através do pensamento, as entidades da esfera extra-física, podem atuar sobre todos nós, de forma imperceptível. Mostram os benfeitores espirituais da Codificação que esta influência "é maior do que supomos" [LE-qst 459]<br />Todavia, de forma particular, na prática espírita cotidiana, é não a resposta. Orienta Allan Kardec que se deve reservar esta ex-pressão apenas para as pessoas que permitem a produção de fenômenos patentes e de certa intensidade:<br />"Pode-se dizer, que todos são mais ou menos médiuns. Usualmente, po¬rém, essa qualificação se aplica somente aos que possuem uma facul¬dade bem caracterizada, que se traduz por efeitos patentes de certa intensidade, o que depende de uma organização mais ou nos sensi¬tiva." [LM-it 159]<br />CLASSIFICAÇÃO GERAL DOS MÉDIUNS<br />A faculdade mediúnica não se revela em todos da mesma maneira. Os médiuns tem geralmente aptidão especial para esta ou aquela ordem de fenômenos, o que os divide em tantas variedades quantas são as es-pécies de mediunidade, embora nada impeça que um médium venha a pos-suir mais do que uma aptidão.<br />Diversas são as classificações propostas, mas de forma bem prá¬tica, podemos classificá-los de acordo com o tipo de mediunidade, nas seguintes categorias:<br />a) Médiuns de Efeitos Físicos: são aqueles aptos à produção de fenômenos que sensibilizam objetivamente os nossos sentidos, tais como: movimento de corpos inertes, ruídos, etc. Trata-se de uma cate-goria de médiuns bastante infreqüente em nossos dias, mas que teve fundamental importância na fase de implantação da Doutrina Espírita. Sub-categorias:<br />1. Tiptólogos: os que produzem ruídos e pancadas. Mesmo sem que o médium tome conhecimento, os Espíritos podem se utilizar de cer¬tos recursos fluídicos que eles possuem para produzir o fenô¬meno;<br />2. Motores: os que produzem movimentos dos corpos inertes;<br />3. De Translação e Suspensão: os que produzem a translação de obje¬tos através do espaço ou a sua suspensão, sem qualquer ponto de apoio. Há também os que podem elevar-se a si mesmos (levitação);<br />4. De Transporte: os que podem servir aos Espíritos para o trans¬porte de objetos materiais através de lugares fechados;<br />5. Pneumatógrafos: os médiuns que permitem a escrita direta (espécie de mediuninade onde os Espíritos, utilizando-se do ec¬toplasma do médium, escrevem sobre determinados objetos sem se utilizarem de lápis ou caneta);<br />6. Pneumatofônicos: os médiuns que permitem a voz direta (fenômeno mediúnico onde os Espíritos emitem sons e palavras através de uma "garganta ectoplásmica", sem a utilização do aparelho vocal do medianeiro);<br />7. De Materialização: são aqueles que doam recursos fluídicos (ectoplasma) para a materialização do Espírito ou de parte do Espírito, ou, ainda, de certos objetos;<br />8. De Bicorporeidade: são aqueles capazes de materializarem seu corpo perispirítico em local FORA do corpo físico;<br />9. De Transfiguração: são aqueles aptos a promoverem modificações temporárias em seu corpo físico, através da vontade e do pensa¬mento.<br />b) Médiuns Sensitivos: são os médiuns capazes de registrar a presença de Espíritos por uma vaga impressão. Ora esta impressão é boa ora é ruim, dependendo da natureza da entidade desencarnada. Esta va-riedade não apresenta caráter bem definido, pois todos médiuns são mais ou menos sensitivos;<br />c) Médiuns Intuitivos ou Inspirados: são aqueles que recebem comunicações mentais entranhas às suas idéias, vindas da esfera imate-rial. Na realidade, todos nós somos médiuns intuitivos, pois podemos assimilar inconscientemente o pensamento dos Espíritos, mas em algumas pessoas, essa capacidade é mais evidente. Os médiuns de pressentimento são uma variedade dos intuitivos, onde há uma vaga impressão de acon-tecimentos futuros;<br />d) Médiuns Audientes: são os médiuns que ouvem os Espíritos. Em algumas vezes é como se escutassem uma voz interna que lhes ressoasse no foro íntimo, doutras vezes, é uma voz exterior, clara, distinta;<br />e) Médiuns Videntes: são aqueles aptos a verem os Espíritos em estado de vigília. Kardec fazia referência à raridade desta faculdade e em nossos dias continua pouco comum;<br />f) Médiuns Falantes ou Psicofônicos: são aqueles que possibili¬tam aos Espíritos a comunicação oral com outras pessoas encarnadas, utilizando dos recursos vocais do médium. É a variedade de médiuns mais comum em nossos dias;<br />g) Médiuns Escreventes ou Psicógrafos: são os médiuns aptos a receberem a comunicação dos Espíritos através da escrita. Foi pelos médiuns escreventes que Allan Kardec montou os pilares básicos da Co-dificação Espírita;<br />h) Médiuns Curadores: são aqueles aptos a curarem, através do toque, por um ato de vontade e pelo passe. Em realidade, todos somos capazes de curar enfermidades pela prece e pela transfusão fluídica, mas, também aqui, esta designação deve ficar reservada para aquelas pessoas onde a capacidade de curar ou aliviar as doenças é bem evi-dente;<br />i) Médiuns Psicômetras: são aqueles aptos a identificarem os fluidos presentes em determinados objetos e locais (Psicometria);<br />j) Médiuns Sonambúlicos ou de Desdobramento: são aqueles capa-zes de emanciparem seu corpo espiritual deixando a organização física num estado de sonolência ou apatia. Segundo Kardec, estes médiuns "vivem por antecipação a vida espiritual", pois são capazes de reali-zar inúmeras tarefas no mundo dos Espíritos.<br />DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO<br />Segundo Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, no seu Pequeno Di¬cionário Brasileiro da Língua Portuguesa, desenvolver significa: tirar invólucro, expor minuciosamente, progredir, alargar, instruir-se. E desenvolvimento é o ato ou efeito de desenvolver.<br />Desenvolvimento Mediúnico é o ato de fazer crescer, progredir, expor a faculdade que permite aos homens comunicarem-se com os Espíritos.<br />Se nós falamos somente em desenvolvimento mediúnico e não em “criar” mediunidade ou médiuns, é, certamente porque esta faculdade não se cria numa determinada pessoa que não a possua. A mediunidade é uma faculdade tão natural no homem quanto qualquer outro dos cinco sentidos habituais (visão, audição, olfato, tato e paladar). Tomemos o paladar para exemplo. Ninguém inventa faculdade inata, pronta para ser utilizada, como que programada por milênios e milênios de existências anteriores, documentada na nossa memória espiritual. É preciso, con-tudo, em cada existência que se reinicia, reaprender a utilizá-lo ade-quadamente para selecionar alimentos, definir preferências ou recusar substâncias prejudiciais. Assim também é a mediunidade um atributo fí-sico do homem. Os Espíritos afirmam a Kardec [LM-it 226]:<br />"A faculdade mediúnica se radica no organismo".<br />O médium já nasce médium. Cabe-nos portanto, se possuidores da faculdade mediúnica, nos esforçarmos por exercê-la com devotamento e humildade.<br />Porquê desenvolver a mediunidade<br />De posse destes conceitos, forma-se uma nova dúvida em nossa mente: Por que desenvolver a mediunidade? Presença de mediunidade sig-nifica necessidade de trabalho na Seara Espírita? Nós sabemos que na Terra estamos rodeados por Espíritos desencarnados que a todo ins-tante, através do pensamento, nos influenciam e são influenciados por nós. Sendo os médiuns, por características próprias de seu corpo fí-sico, indivíduos mais sensíveis, captam com maior facilidade a in-fluência dos Espíritos, podendo sofrer, às vezes, conseqüências desa-gradáveis em decorrência de possuir em uma faculdade que não conhecem e não dominam.<br />Além disso, nós sabemos que da faculdade mediúnica podem dis-por-se bons e maus Espíritos, podendo no caso dos maus, levarem o mé-dium ao desequilíbrio.<br />O Espírito da Verdade afirma [LM-cap 31 it 15]:<br />"...Todos os médiuns são incontestavelmente chamados a servir à causa do Espiritismo, na medida da sua faculdade..."<br />Em [Nos Domínios da Mediunidade] ouvimos as seguintes afirmativas do Espírito Albério (instrutor de André Luiz):<br />"Mediunidade, por si só não basta. É necessário sabermos que tipo de onda mental assimilamos, para conhecer a qualidade do nosso trabalho e julgar nossa direção. É perigoso possuir sem saber usar."<br />Assim, é a mediunidade uma faculdade inerente à própria vida, sendo semelhante ao dom da visão comum, peculiar a todas as criaturas, responsável por tantas glórias e por tantos infortúnios na Terra. En-tretanto, ninguém se lembrará de suprimir os olhos, porque milhões de pessoas, em face das circunstâncias imponderáveis da evolução, tenham se servido dos olhos para perseguir e matar nas guerras de terror e destruição. É necessário iluminá-los, orientá-los, esclarecê-los.<br />Etapas do Desenvolvimento Mediúnico<br />A mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscriminado, mas, antes de tudo, aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, para que o médium possa tornar-se um filtro leal das Esferas Superiores com vistas à ascensão da Humanidade para o Progresso.<br />Mas então, como proceder ao desenvolvimento mediúnico? Allan Kardec e vários benfeitores espirituais nos orientam que, no desenvol-vimento mediúnico, temos de vencer três etapas: intelectual - material - moral.<br />a) Etapa Intelectual: é representada pela necessidade do es-tudo. Kardec afirma:<br />"...O estudo preliminar da teoria é indispensável, se quisermos evi¬tar inconvenientes inseparáveis da inexperiência." [LM-it 211]<br />O estudo da faculdade mediúnica e o conhecimento da Doutrina Espírita são bases essenciais e indispensáveis.<br />b) Etapa Material: é o adestramento, uma forma de treinamento da facul¬dade mediúnica, uma familiarização com as técnicas envolvidas no pro¬cesso da mediunidade.<br />"Na verdade, até hoje, não existe sinal ou diagnóstico infalível para se chegar à conclusão que alguém possua essa faculdade; os si¬nais físicos nos quais algumas pessoas julgam ver indícios, nada tem de infalíveis. Ela se encontra, nas crianças e nos velhos, entre ho-mens e mulheres, quaisquer que sejam o temperamento, o estado de saúde, o grau de desenvolvimento intelectual e moral. Não há senão um meio para lhes contatar a existência que é o experimentar." [LM-cap 17 it 200]<br />Esta experimentação deve ser: perseverante, assídua, séria, em grupo, local adequado, sob orientação experiente, desprovida de condi-cionamentos.<br />O candidato a médium deve ter persistência, exercitando-se para as comunicações em dias e horários certos da semana, pré-estabeleci¬dos, de preferência em grupo. Kardec nos orienta [LM-it 207] que a reunião de pessoas com intenção semelhante forma um todo coletivo onde a força e a sensibilidade se encontram au¬mentadas por uma espécie de influência magnética que ajuda o desenvol¬vimento da faculdade.<br />A reunião deste grupo deve ser sob a direção de pessoas expe-rientes, conhecedoras da Doutrina Espírita e do fenômeno mediúnico.<br />Esta reunião deve ser também feita, de preferência em local apropriado, isto é, no Centro Espírita, onde estaremos sob o amparo e a orientação de Espíritos Bons, que são responsáveis pelos trabalhos mediúnicos da Casa. Além disto, todo Centro Espírita tem como que um isolamento magnético que nos protege espiritualmente durante os traba-lhos mediúnicos. É simples compreendermos, pois na Terra acontece o mesmo. Um acadêmico de Medicina inicia seu treinamento aos doentes num Hospital e sob a supervisão de um médico experiente para evitar desas-tres. Se for uma cirurgia será necessário um cuidado ainda maior - um centro cirúrgico.<br />O candidato a médium não deve desistir se, após 2, 3 ou 10 ten¬tativas de comunicação com os Espíritos não obtiver qualquer resultado ou qualquer indício de comunicação. Como vimos, existem obstáculos de¬correntes da própria organização mediúnica em desabrochamento, impedi¬mentos materiais e psíquicos que, só com o tempo e a dedicação serão contornados.<br />Quanto ao médium que já controla bem sua faculdade, que permite aos Espíritos se comunicarem com facilidade, que seja, em uma pala¬vra, um “médium feito”, seria um erro de sua parte, nos assevera Kardec [LM-it 216] crer-se dispensado de qualquer outra instrução. Não venceu senão uma resistência material, e é agora que começa para ele o verdadeiro desafio, as verdadeiras dificul¬dades: vencer a terceira etapa - a moral.<br />c) Etapa Moral: Allan Kardec define como espírita-cristão ou verdadeiro espírita, aquele que não se contenta em admirar a moral es-pírita, mas a pratica e aceita todas as suas conseqüências. Convencido de que a existência terrena é uma prova passageira, aproveita todos os instantes para avançar no caminho do Progresso, esforçando-se em fazer o bem e anular seus maus pensamentos. A caridade em todas as coisas é a regra de sua conduta.<br />Sob o ponto de vista espírita, a mediunidade é uma iniciação religiosa das mais sérias, é um mandato que nos é oferecido pela Espi-ritualidade Superior a fim de ser fielmente desempenhada. Desta forma, o aspirante à mediunidade - Luz da Doutrina Espírita - deve partir da conscientização de seus ensinamentos e esforçar-se, desde o início de seu aprendizado, por ser um espírita-cristão. Isto significa trabalhar incessantemente por nossa reforma moral. Somente nossa evolução moral, nossa melhora e nosso crescimento para o Bem poderão garantir-nos o assessoramento dos bons Espíritos e o exercício seguro da mediunidade, por nossa sintonia com o Bem. E esta não é uma tarefa fácil, pois o que mais temos dentro de nós são sensações e experiências negativas e deformadas trazidas do passado. Por isso para nós ainda é mais fácil e cômodo, sintonizar com as atitudes negativas do que com as positivas.<br />E como faremos? Como nos livrarmos de condicionamentos inferio¬res? Carregamos séculos de erros e alguns anos de boas intenções. É claro que não podemos mudar sem esforço, temos que trabalhar duro nesta reforma moral, que só nós saberemos identificar e sentir porque estará marcada em nosso íntimo. Trabalhemos com exercícios diários e constantes no bem, meditando e orando muito. Jesus, o Médium por Exce¬lência, sintonizava-se constantemente com Deus, no entanto, após a convivência com o povo, sempre se afastava para orar e meditar em si¬lêncio e solidão.<br />A diferença de um bom médium e um médium desajustado, não está na mediunidade, mas no caráter de um e de outro; na formação moral está a base de todo desenvolvimento mediúnico.<br />Alguns cuidados devem ser tomados por todos aqueles que aspiram ao desenvolvimento mediúnico:<br />* Culto do Evangelho no Lar: ele proporciona a renovação do clima espiritual do lar sob as luzes do Evangelho Redivivo, porque o lar é a usina maior de energia de que somos carentes, é onde compensa-mos nossa vibrações psíquicas em reajustamento.<br />* Culto de Assistência: rompimento com o egoísmo, interessando-nos pelo próximo, auxiliando-o sempre em todas as ocasiões, usando ao máximo nossa capacidade de servir desinteressadamente. Participação em atividades como: campanha do quilo, distribuição de alimentos, visita aos enfermos, idosos e creches, grupos de costura, evangelização, etc.<br />* Freqüência ao Centro Espírita: nas reuniões públicas e outras atividades oferecidas pelas Casas Espíritas. Aprenderemos a viver em grupos Humanos que nos permitirão o exercício da humildade. Evitemos as sessões mediúnicas nos lares; organização espiritual não se impro¬visa.<br />* Estudo Coletivo: reunidos aos companheiros para o estudo das obras espíritas, evitemos as falsas interpretações. Assimilando as ex-periências de companheiros, estaremos alongando nossa visão e nossa percepção dos conteúdos espíritas; o que se torna mais difícil numa leitura solitária.<br />* Reforma Íntima: revisão e reconstrução de nossos atos e hábi¬tos, permutando vícios por virtudes legitimamente cristãs que são as únicas que sobreviverão eternamente.<br />Como nos diz o instrutor Albério:<br />"... elevemos nosso padrão de conhecimento pelo estudo bem conduzido e apuremos a qualidade de nossa emoção pelo exercício constante das virtudes superiores..."<br />Dentro destes critérios de desenvolvimento da mediunidade, mesmo que nenhuma faculdade venha a desabrochar, tenhamos a certeza que estaremos desenvolvendo-nos espiritualmente e capacitando-nos para o exercício da mediunidade com Jesus.<br />Bibliografia<br />1) Livro dos Espíritos - Allan Kardec<br />2) Livro dos Médiuns - Allan Kardec<br />3) Obras Póstumas - Allan Kardec<br />4) Médium: Quem é, Quem não é? - Demétrio Pavel<br />5) Diversidade dos Carismas - Hermínio Miranda<br />6) Missionários da Luz - André Luiz/Chico Xavier<br />7) Nos Domínios da Mediunidade - André Luiz/Chico Xavier<br />8) Desenvolvimento Mediúnico - Roque JacintoCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-23668991230279005412009-09-13T06:25:00.000-07:002009-09-13T06:28:05.761-07:00A MEDIUNIDADE ATRAVÉS DOS TEMPOS<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzu3s4hHX4blooK7fAWrI2yoqgLY_nMtbQ-S_mGKw8MvimHtU-0XzweaQwVXvC3mDVoxbBNcpFTnvBZm_dxunUeunJWdUqVojMeCEp7_F0BLk_k293gmAKtBq77vdhMLsHl9nBdQ1QSUki/s1600-h/jesus+com+jovem.bmp"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzu3s4hHX4blooK7fAWrI2yoqgLY_nMtbQ-S_mGKw8MvimHtU-0XzweaQwVXvC3mDVoxbBNcpFTnvBZm_dxunUeunJWdUqVojMeCEp7_F0BLk_k293gmAKtBq77vdhMLsHl9nBdQ1QSUki/s400/jesus+com+jovem.bmp" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5380943145463693266" /></a><br />INTRODUÇÃO<br />Ao Estudamos as civilizações da Terra, podemos observar que a mediu¬nidade se tem manifestado, ao longo de todos os tempos e em todos os lugares, desde as mais remotas épocas. A crença na imortalidade da alma e a possibilidade da comunicação entre os "vivos" e os "mortos" sempre existiu, por mais que alguns queiram ocultar.<br />Olhando o passado, evocando a lembrança das religiões desaparecidas, das crenças mortas, veremos que todas elas tinham um ensino com dúplice aspecto: um exterior ou público, com as suas cerimónias bi¬zarras, rituais e mitos, e outro interior ou secreto revestido de um carácter profundo e elevado. Os aspectos exteriores eram transmitidos ao povo de um modo geral, enquanto que o aspecto interior era revelado apenas a indivíduos especiais. Chamados "iniciados" por algumas reli¬giões, estes eram preparados desde a infância, às vezes durante 20 a 30 anos.<br />Julgar-se uma religião, apenas tendo em consideração o seu as-pecto exterior, será o mesmo que apreciar o valor moral de uma pessoa através da sua aparência. Mergulhando no aspecto interior destas religiões, ob¬servaremos que todos os ensinamentos se encontram ligados entre si como uma única doutrina básica, que os homens trazem intuitivamente, desde um passado longínquo. Vamos observar alguns aspectos interessantes das religiões do passado.<br />ÍNDIA<br />Na Índia, berço de todas as religiões da Humanidade, temos o Livro dos Vedas, datado de aproximadamente 1.500 a.C., que tem sido re¬conhecido como o mais antigo código religioso da Humanidade; são qua¬tro livros cujo conteúdo principal são cânticos de louvor. Os Brâmanes, seguidores dos Vedas, acreditam que este código religioso foi ditado por BRAHMA. Nos Vedas encontramos afirmati¬vas claras sobre imortalidade da alma e a recriação:<br />"Há uma parte imortal no Homem, o AGNI, ela é que é preciso rescal¬dar com teus raios, inflamar com os teus fogos(...).<br />(...)Assim como se deixam as vestes gastas, para usar novas vestes, também a alma deixa o corpo usado para recobrir novos corpos."<br />Ainda na Índia, encontramos KRISHNA, educado por ascetas nas florestas do cume do Himalaia, inspirador de uma doutrina religiosa, na verdade um reformulador da Doutrina Védica. Deixa claro a idéia da imortalidade da alma, as reencarnações sucessivas, e a possibilidade de comunicação entre vivos e mortos:<br />"O corpo envoltório da alma, que nele faz sua morada, é uma coisa finita, porém a alma que o habita é invisível, imponderável e eterna."<br />"Todo renascimento feliz ou infeliz é conseqüência das obras prati¬cadas em vidas anteriores."<br />Estes são alguns aspectos dos ensinamentos de KRISHNA, que po-dem ser encontrados nos livros sagrados, conservados nos santuários ao sul do Industão.<br />Também na Índia, 600 a.C., vamos encontrar Siddartha Gautama, o Buda, filho de um rei da Índia, que certo dia saindo do castelo, onde até então vivera, tem contacto com o sofrimento humano e, sendo tomado de grande tristeza, refugia-se nas florestas frias do Himalaia e, de¬pois de aproximadamente 15 anos de meditação, retorna trazendo para a Humanidade uma nova crença, toda baseada na caridade e no amor:<br />"Enquanto não conquistar o progresso (Nirvana) o ser está condenado à cadeia das existências terrestres."<br />"Todos os Homens são destinados ao Nirvana."<br />Buda e seus discípulos praticavam o Dhyana, ou seja, a contem-plação aos mortos:<br />"Durante este estado, o Espírito entra em comunicação com as almas que já deixaram a Terra."<br />EGIPTO<br />No Egito, o culto aos mortos foi muito praticado. As Ciências psíquicas atuais eram familiares aos sacerdotes da época; o conheci-mento das formas fluídicas e do magnetismo eram comuns. O destino da alma, a comunicação com os mortos, a pluralidade das existências da alma e dos mundos habitados eram, para eles, problemas solucionados e conhecidos. Egiptólogos modernos, estudando as pirâmides, os túmulos dos faraós, os papiros, deixam claro todos estes aspectos reconhecendo a grande sabedoria deste povo. Como em outras religiões, apenas os iniciados conheciam as grandes verdades, o povo, por interesse de po-der dos soberanos, era praticamente mantido ignorante em relação a este respeito.<br />CHINA<br />Na China, encontramos Lao-Tsé e Confúcio, 600 a 400 a.C., que com os seus discípulos (iniciados), mantinham no culto dos ante-passados a base de sua fé. Neste culto, a ideia da imortalidade e a possibilidade da evocação dos mortos era clara.<br />ISRAEL<br />Cerca de 15 séculos antes de Cristo, Moisés, o grande legisla-dor hebreu, observando a ignorância e o des-preparo do seu povo, pro-cura através de uma lei disciplinar, educar os hebreus com relação à evocação dos mortos. Se houve esta proibição, é claro que a evocação dos mortos era comum entre este povo da Antiguidade. Moisés assim se referiu:<br />"Que ninguém use de sortilégio e de encantamentos, nem interrogue os mortos para saber a verdade."<br />Não havia chegado o momento para tais revelações.<br />Estudando a vida de Moisés, vemos que ele era possuidor de uma mediunidade fabulosa que possibilitou o recebimento dos "Dez Mandamen-tos", no Sinai, que até hoje representa a base dos códigos de moral e ética no mundo.<br />GRÉCIA<br />Na Grécia, a crença nas evocações era geral. Vários filósofos, desta progressista civilização, se referem a estes factos: Pitágoras (600 a.C.) Astófanes, Sófocles (400 a.C.) e a maravilhosa figura de Sócrates (400 a.C.). A idéia da unicidade de Deus, da pluralidade dos mundos habitados e da multiplicidade das existências era por eles transmitidas a todos os seus iniciados. Sócrates, o grande filósofo, aureolado por divinas claridades espirituais, tem uma existência que em algumas circunstâncias, se aproxima da exemplificação do próprio Cristo:<br />"A alma quando despida do corpo, conserva evidentes, os traços de seu carácter, das suas afeições e as marcas que lhe deixaram todos os actos da sua vida."<br />JESUS<br />Jesus, o Médium de Deus, teve a sua existência assinalada por fenómenos mediúnicos diversos. O Novo Testamento traz citações claras e belas de mediunidade nas suas mais diferentes modalidades.<br />IDADE MÉDIA<br />A Idade Média foi uma época em que o estudo mais profundo da religião era praticado apenas por sociedades ultra-secretas. Milhares de vidas foram sacrificadas sob a acusação de feitiçaria, por evocarem os mortos.<br />Nesta época, tão triste para a Humanidade, em vários aspectos, podemos citar como uma grande figura, Joana D'arc, que guiando o povo francês, sob orientação de "suas vozes", deixou claro a possibilidade da comunicação entre os vivos e os mortos.<br />O ESPIRITISMO<br />Foi no século XIX (1848), na pacata cidade de Hydesville, no estado de New York (EUA), na casa da família Fox, que o fenómeno mediúnico começaria a ser conhecido em todo o mundo.<br />Chegara o momento em que todos as coisas deveriam ser reestabele¬cidas. Foi quando surgiu no cenário terrestre, aquele que deu corpo à Doutrina dos Espíritos: Hippolyte Léon Denizar Rivail, ou ALLAN KARDEC, como ficou conhecido.<br />Em 1855, com a idade de 51 anos, Kardec iniciou um tra¬balho criterioso e científico sobre o fenómeno mediúnico e após alguns anos de estudos sistematizados lançou, em 18 de abril de 1857, O Livro dos Espíritos; em 1859 - O Que é o Espiritismo; em 1861 - O Livro dos Médiuns; em 1864 - O Evangelho Segundo o Espiritismo; em 1865 - O Céu e Inferno e em 1868 - A Génese.<br />Graças ao sábio lionês tivemos a Codificação da Doutrina Espí-rita reconhecida como a Terceira Revelação, o Consolador Prometido por Jesus.<br /><br /><br />Bibliografia<br />1) Depois da Morte - Léon Denis<br />2) História do Espiritismo - Arthur Conan Doyle<br />3) Allan Kardec - Zeus Wantuil e Francisco Thiesen<br />4)Apostilha IDE-JF – Instituto de Difusão Espírita de Juiz de Fora-MGCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-84633513388787690432009-09-10T14:58:00.000-07:002009-09-10T15:15:08.236-07:00Colônias Espirituais<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvxlVtapTgpea7KpQ01seubUn10I_zGSKj_9vkcUq3QGlz8XTa4FBMtdrwhYAG-Gu2CGhiMx9L8XQKhn_b_sm6RfdP5UsekVFHAnLq3bDBfOKfH5NyT0V6Pxxk4xpZhT1hmbuGOusZ-jEC/s1600-h/jesus_lindo.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 147px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvxlVtapTgpea7KpQ01seubUn10I_zGSKj_9vkcUq3QGlz8XTa4FBMtdrwhYAG-Gu2CGhiMx9L8XQKhn_b_sm6RfdP5UsekVFHAnLq3bDBfOKfH5NyT0V6Pxxk4xpZhT1hmbuGOusZ-jEC/s400/jesus_lindo.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379965618776225234" /></a><br />Colônias espirituais são cidades no plano espiritual, onde vivem os desencarnados.<br /><br /><br /><br /><br />Vejamos um resumo do que Patrícia nos relata em seu livro Vivendo no Mundo dos Espíritos:<br /><br /><br /><br /><br />“Em todos os locais em que há cidades materiais há um espaço espiritual e nele ficam os postos de socorro* e as colônias. Pequenas localidades de encarnados, como vilas e cidadezinhas, também têm seu espaço espiritual, só que às vezes não têm colônias e seus habitantes, ao desencarnar e se tiverem condições, vão para as colônias vizinhas. Cada cidade na Terra possui seu núcleo espiritual correspondente. A Índia e o Tibete têm colônias encantadoras, de uma arquitetura diferente, em que usam muito a cor dourado-clara.”<br /><br /><br /><br /><br />Existem vários tipos de colônias espirituais, com várias finalidades. As colônias não são iguais, mas a maioria possui a mesma base organizacional, com sistemas de defesa, hospitais, escolas, jardins, praças, locais para reuniões e palestras, governadoria, entre outros, sempre de acordo com a finalidade específica de cada local.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Patrícia, em Vivendo no Mundo dos Espíritos, nos fala a respeito das colônias de estudo: “as colônias de estudo são somente uma escola ou universidade. Nelas há alojamentos para os professores e para os alunos, salas de aula, bibliotecas e imensas salas de vídeo.”<br /><br /><br /><br /><br /><br />No livro A Casa do Escritor, Patrícia fala-nos sobre a colônia de mesmo nome, destinada ao estudo dos desencarnados que pretendem trabalhar, junto aos médiuns encarnados, ditando textos, através da psicografia. Os desencarnados que irão reencarnar como médiuns também passam um período preparando-se para tal missão estudando em colônias como esta. Os desencarnados ligados às colônias de estudos também associam-se, através da inspiração, a jornalistas e escritores encarnados. A casa do escritor é móvel, ou seja, movimenta-se no plano espiritual, levando seus habitantes aonde seja mais necessária sua presença. Vejamos um resumo do que ela nos conta a respeito dessa colônia:<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />“A colônia de estudo não tem sistema de defesa. Todos os que nela habitam vibram numa mesma intensidade, sustentando-a. E só consegue vê-la quem vibra igual. A colônia está suspensa no ar, como que em cima de uma grande e sólida nuvem. Para os encarnados, no lugar não existe nada, não é perceptível à visão deles e, também, dos desencarnados que não se sintonizam com suas vibrações.”<br /><br /><br /><br /><br />Em A Casa do Escritor, Patrícia descreve ainda a colônia Triângulo, Rosa e Cruz, uma colônia intermediária entre o Oriente e o Brasil, habitada por orientais e brasileiros. Está localizada no espaço ao centro do Brasil, não muito longe da colônia Nosso Lar, um pouco mais para o norte.<br /><br /><br /><br /><br />Nosso Lar, por sua vez, é uma colônia situada no espaço espiritual do Rio de Janeiro e que nos foi descrita por André Luiz através do livro homônimo, assim como no livro “Cidade no Além”, onde a médium Heigoriana Cunha, através de desdobramento espiritual durante o sono (amparada pelo Espírito Lucius), visitou por várias vezes a cidade e por conta desta experiência (logo após o retorno desses seus desdobramentos), pôde realizar desenhos mediúnicos mostrando o plano piloto da colônia, alguns de seus edifícios e sua localização nas esferas espirituais da Terra, além de nos passar algumas informações a respeito desta maravilhosa colônia.<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br />A colônia Nosso Lar divide-se em setores de trabalho, lazer e residenciais, como qualquer grande cidade terrena. É administrada por um Governador Espiritual. Possui 6 Ministérios, orientados, cada um, por 12 Ministros, totalizando assim, 72 Ministros. Os Ministérios de Nosso Lar são: da regeneração, do auxílio, da comunicação, do esclarecimento, da elevação e da união divina. Nosso Lar apresenta em sua planta um formato semelhante a uma grande estrela de seis pontas, ficando a Governadoria ao centro e em cada ramificação lateral a área destinada a cada um dos ministérios. Conta ainda com postos de socorro espiritual espalhados por vários pontos das regiões do Brasil.<br /><br /><br /><br />* Postos de socorro são locais para onde geralmente os espíritos socorridos do umbral (região espiritual onde ficam os espíritos endurecidos, como os suicidas, assassinos, entre outros) ou por ocasião do desencarne são levados e onde têm permanência transitória, lá eles são amparados e orientados. São locais menores de socorro imediato na crosta e no umbral. Podem ser grandes, médios ou pequenos. Não são cidades, embora alguns postos possuam as mesmas repartições que uma cidade. Estes postos também são chamados de casas, mansões etc.<br /><br /><br /><br /><br /><br />Sugestão de leitura acerca do tema:<br /><br />•“Nosso Lar” – André Luiz (autor espiritual) / Psicografado por Francisco Cândido Xavier<br /><br />•“Violetas na Janela” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho<br /><br />•“Vivendo no Mundo dos Espíritos” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho<br /><br />•“A Casa do Escritor” – Patrícia (autora espiritual) / Psicografado por Vera Lúcia M. de Carvalho<br /><br /><br />Links interessantes:<br /><br />http://www.espirito.org.br/portal/artigos/celuz/textos/o-mundo-espiritual2.html<br />http://www.institutoandreluiz.org/nosso_lar.html <br />http://web.prover.com.br/nominato/9.htm <br />http://web.prover.com.br/nominato/7.24.htm <br />http://web.prover.com.br/nominato/7.14.htmCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-59958805633627711092009-09-10T14:46:00.000-07:002009-09-10T14:47:49.623-07:00O Ambiente do Centro Espírita<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5j4LH9zW7Ma9iOU9L2Dv4D7ZZ2bEGyTDXRlb_jIqg7anq2ZzCUZK2PrjlCvXLJOFecxn6_ZPhfwX-DL_gM3iqpsMTL3TYPe7tUQVcMRg89baCAXJSI2nTIB5D9SyKEvQlev4mibh6Mga8/s1600-h/jardim.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5j4LH9zW7Ma9iOU9L2Dv4D7ZZ2bEGyTDXRlb_jIqg7anq2ZzCUZK2PrjlCvXLJOFecxn6_ZPhfwX-DL_gM3iqpsMTL3TYPe7tUQVcMRg89baCAXJSI2nTIB5D9SyKEvQlev4mibh6Mga8/s400/jardim.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379958731323600994" /></a><br />As vibrações disseminadas pelos ambientes de um Centro Espírita, pelos cuidados dos seus tutelares invisíveis; os fluidos úteis necessários aos variados quão delicados trabalhos que ali se devem processar, desde a cura de enfermos até a conversão de entidades desencarnadas sofredoras e à fé mesmo a oratória inspirada pelos instrutores espirituais, são elementos essenciais, mesmo indispensáveis a certa série de exposições movidas pelos obreiros da imortalidade a serviço da Terceira Revelação.<br /><br />Essas vibrações, esses fluidos especializados, muito sutis e sensíveis, hão de conservar-se imaculados, portando, intactas, as virtudes que lhe são naturais e indispensáveis ao desenrolar dos trabalhos, porque, assim não sendo, se mesclarão de impurezas prejudiciais aos mesmos trabalhos, por anularem as suas profundas possibilidades.<br /><br />Daí porque a Espiritualidade esclarecida recomenda, aos adeptos da Grande Doutrina, o máximo respeito nas assembléias espíritas, onde jamais deverão penetrar a frivolidade e a inconseqüência, a maledicência e a intriga, o mercantilismo, o ruído e as atitudes menos graves, visto que estas são manifestações inferiores do caráter e da inconseqüência humana, cujo magnetismo, para tais assembléias e, portanto, para a agremiação que tais coisas permite, atrairá bandos de entidades hostis e malfeitoras do invisível, que virão a influir nos trabalhos posteriores, a tal ponto que poderão adulterá-los ou impossibilitá-los, uma vez que tais ambientes se tornarão incompatíveis com a Espiritualidade iluminada e benfazeja.<br /><br />Um Centro Espírita onde as vibrações dos seus freqüentadores, encarnados ou desencarnados, irradiem de mentes respeitosas, de corações fervorosos, de aspirações elevadas; onde a palavra emitida jamais se desloque para futilidades e depreciações; onde, em vez do gargalhar divertido, se pratique a prece; em vez do estrépito de aclamações e louvores indébitos se emitam forças telepáticas à procura de inspirações felizes; e ainda onde, em vez de cerimônias ou passatempos mundanos, cogite o adepto da comunhão mental com os seus mortos amados ou os seus guias espirituais, um Centro assim, fiel observador dos dispositivos recomendados de início pelos organizadores da filosofia espírita, será detento da confiança da Espiritualidade esclarecida, a qual o levará à dependência de organizações modelares do Espaço, realizando-se então, em seus recintos, sublimes empreendimentos, que honrarão os seus dirigentes dos dois planos da Vida.<br /><br />Somente esses, portanto, serão registrados no Além-Túmulo como casas beneficentes, ou templos do Amor e da Fraternidade, abalizados para as melindrosas experiências espíritas, porque os demais, ou seja, aqueles que se desviam para normas ou práticas extravagantes ou inapropriadas, serão, no Espaço, considerados meros clubes onde se aglomeram aprendizes do Espiritismo em horas de lazer.<br /><br /><br />Bezerra de Menezes<br />(Do Livro “Dramas da Obsessão” – Psicografado por Ivone A. Pereira)Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-70562167397552317272009-09-10T14:35:00.000-07:002009-09-10T14:44:07.399-07:00O Trabalho Espiritual em um Centro Espírita1. INTRODUÇÃO <br /><br />Em um Centro Espírita, os dois planos da vida se irmanam. Veremos os serviços que os benfeitores espirituais realizam durante as atividades de um Centro Espírita.<br />Os servidores espirituais de dividem entre médicos, enfermeiros, auxiliares, técnicos e colaboradores. Os trabalhos são divididos pelos seguintes setores: de Vigilância, de Enfermagem, de Esclarecimentos e de Comunicação. Os trabalhos são coordenados por um dirigente e contam com dezenas de servidores.<br />Nos conta o autor espiritual -trabalhador espírita que desencarnou em 1987 - que, antes da reunião pública começar, os trabalhadores do plano espiritual se reúnem com o dirigente dos trabalhos para orientação. <br />"Reunindo-nos no salão apropriado, o Irmão Joel convocou-nos ao serviço, dizendo: - Meus irmãos, iniciaremos os preparativos para as atividades desta noite. Cumpre-nos lembrar que todos nós somos necessitados ante a Providência Divina, pois que ainda nos reconhecemos imperfeitos. Entretanto ninguém realiza a ascensão espiritual sem esforço e trabalho. Somente servindo ao semelhante estaremos enriquecendo-nos. Todo trabalho no bem oferece-nos os valiosos recursos da experiência. Valorizemos, pois, a oportunidade que o Senhor nos oferece e tratemos de realizar o melhor,certos de que o amparo do mais alto não nos faltará. Busquemos a inspiração no amor de Jesus para com todos nós e recordemo-nos de suas sublimes palavras quando afirmou: -"Toda vez que o fizestes a um destes pequeninos, é a mim que o fizestes". Iniciemos os preparativos."<br /><br />2. SETOR DE VIGILÂNCIA<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE7Q__al4qhCFkA4FR7TcdJ385Rb5ZEou_G7i-cyWvvFvS0daLots0c3i28URKadLzXVSnMcYkpiAwzmybx9v6MT1oj6Wd0yQ0a5imQ8LPwRCBginAOrHyosNp4R2aAJ6Grbjevt55pdXL/s1600-h/searadobem3.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 232px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE7Q__al4qhCFkA4FR7TcdJ385Rb5ZEou_G7i-cyWvvFvS0daLots0c3i28URKadLzXVSnMcYkpiAwzmybx9v6MT1oj6Wd0yQ0a5imQ8LPwRCBginAOrHyosNp4R2aAJ6Grbjevt55pdXL/s400/searadobem3.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379957487113980146" /></a><br /><br />Este setor atua para que a disciplina e a ordem sejam mantidas, em benefício de todos, pois muitos espíritos ainda pouco esclarecidos e renitentes no mal, tentam investir contra as atividades de libertação espiritual que ocorrem na Casa Espírita.<br />Há também os espíritos enfermos, sob as conseqüências dolorosas dos seus equívocos ou premidos pelo remorso, que são trazidos para a recuperação através da auto-educação. Cabe aos servidores deste setor a assistência fraterna a esses espíritos, inspirando-lhes bom ânimo e esperança e estimulando-os a construírem uma nova realidade para si mesmos, sem se deixarem levar pelo desespero. <br />O autor espiritual descreve que a movimentação dos trabalhadores era intensa, mas que tudo era feito com dedicação, alegria e gentileza, em clima de verdadeira fraternidade. <br />Um ambiente "interexistente" amplia-se para além das paredes de alvenaria do auditório de reuniões, destinado a receber os Espíritos desencarnados que serão assistidos.<br />O Setor possui equipamentos a serem utilizados para defesa, no trato com Espíritos ainda cegos para a luz da verdade. São equipamentos elétricos, que tem como base descargas de energia. Podem ter a forma de projéteis, de lança-raios ou de canhões (para a defesa de colônias).<br />Esses instrumentos servem para dispersar os irmãos ainda totalmente ligados à matéria e não preparados para a necessária auto-transformação, que tentam investir contra o trabalho do Pai. É importante manter a disciplina e harmonia no ambiente ("orai e vigiai"), para que o necessário trabalho no bem seja realizado. <br />André Luiz, no livro "Os Mensageiros", capítulo 20, visita um Posto de Socorro e conversa com Alfredo, trabalhador do mesmo, a cerca da necessidade de se ter um sistema de defesa contra o mal. Alfredo lhe esclarece, relatando a lenda hindu da serpente e do santo.<br />Enfim, os recursos de defesa não devem ser interpretados como armamento ou violência. São ainda os recursos indispensáveis no trato com os ignorantes da Lei do Amor.<br />O autor observa que pensamento é vida e as atitudes mentais das criaturas exteriorizam-se, plasmando o ambiente espiritual. O clima de paz, as emanações saudáveis, o trabalho edificante, as orações, o pensamento reto e a mensagem consoladora criam vibrações que se cristalizam, formando um halo de luz protetor, que envolve o núcleo de serviço do Centro. Isto torna o ambiente propício ao trabalho dos benfeitores espirituais.<br />"O bem faz bem primeiramente a quem o executa. Quando os homens descobrirem a importância do serviço em favor do semelhante, estarão a caminho da solução definitiva dos seus problemas".<br />O serviço com Jesus é, antes de tudo, a nossa conscientização de partícipes na obra da criação, cabendo-nos realizar o melhor ao nosso alcance, honrando a oportunidade de realização que o criador nos concede."<br /><br />3. SETOR DE ENFERMAGEM<br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpxT0L34kMbdUWm4_gDMV7h5zANKcEI7tOZOA1OcVEdli_e_eIJiAh0id0jesLvBR0dr88sDPK8o1mQFkt74QkY-IPpepHE7q7VSzi2TXWD7FtYPtIOrM553ofBAhvtGRo4iiwdGr8KDtF/s1600-h/searadobem1.png"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpxT0L34kMbdUWm4_gDMV7h5zANKcEI7tOZOA1OcVEdli_e_eIJiAh0id0jesLvBR0dr88sDPK8o1mQFkt74QkY-IPpepHE7q7VSzi2TXWD7FtYPtIOrM553ofBAhvtGRo4iiwdGr8KDtF/s400/searadobem1.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379956952811145506" /></a><br /><br />Sob a orientação de um Espírito superior treinado em medicina espiritual, trabalham enfermeiros, técnicos e auxiliares, trajando uma túnica alva, com delicado e luminescente emblema em ton azul celeste, na altura do tórax, no lado esquerdo, indicadores de atividades ligadas à medicina.<br />Muitos dos servidores atuaram na área da Medicina quando encarnados, porém o autor destaca que, no Plano espiritual, não basta o conhecimento técnico: torna-se imprescindível a aquisição de virtudes. Nas tarefas que devem desempenhar não utilizam só a razão, usam sobretudo o coração.<br />O Setor atua nas atividades de manipulação de fluídos e substâncias medicamentosas; auscultação de pacientes; acompanhamento do serviço dos médiuns passistas, com aplicações ou transfusões de energias e execução de cirurgias.<br />O autor espiritual questionou seu orientador, Marcos, sobre a realização de cirurgias. Marcos o esclareceu dizendo que os encarnados que realmente se esforçam no aprendizado das verdades eternas e buscam realizar a reforma íntima, conseguem a intercessão direta dos servidores do Setor de Enfermagem, através da análise criteriosa da situação à luz da Lei de Causa e Efeito, considerando os atenuantes e méritos adquiridos. <br />Na narrativa, Marcos ressaltou o importante papel desempenhado pelo perispirito no processo reencarnatório. Os servidores do Setor de Enfermagem atuam diretamente no corpo fluídico, semimaterial, alterando-lhe algumas disposições com interferência cirúrgica. Como conseqüência natural, erradicam diversas enfermidades físicas que são causadas pelo desequilíbrio do ser e transmitidas do perispírito ao corpo físico. <br />As cirurgias espirituais, em certos casos, são realizadas durante o processo natural do sono. A fluidoterapia evita males orgânicos e psíquicos.<br />O Setor utiliza ânforas transparentes para guardar substâncias vitais , usadas no tratamento de enfermos. As substâncias são retiradas dos vegetais e manipuladas pelos técnicos do Setor, alcançando resultados significativos.<br />Os servidores da enfermagem também atuam na fluidificação das águas. O autor assim descreve tal processo: <br />" Neste instante, alguns companheiros do Setor de Enfermagem aproximaram-se da mesa onde se encontravam os recipientes com água. Por alguns minutos buscaram um estado de concentração e em perfeita sintonia, estenderam as mãos sobre os vasilhames, enquanto o dirigente da equipe, através de comovente oração, buscava as dádivas celestes. Dos servidores do bem, luminosa energia desprendia-se, enquanto que dos céus, como resposta à súplica proferida, jorravam pétalas radiantes sobre as águas. Invisível aos olhos humanos, essas substâncias fluídicas desfaziam-se em contato com as águas, que as absorviam instantaneamente."<br />O dirigente da equipe relata que todos os copinhos recebem eflúvios balsâmicos e revigorantes que atuarão como tônico reconstituinte, e complementa dizendo: " - O homem na Terra está longe de compreender a infinita bondade de Nosso Pai. A água fluidificada é recurso valioso, embora, vezes sem conta, ele não lhe valorize os abençoados terapêuticos." <br />Cabe destacar que a água é um excelente condutor de energias e que não importa se os recipientes estão fechados ou abertos, eles recebem os eflúvios balsâmicos e revigorantes do mesmo modo.<br /><br />4. SETOR DE ESCLARECIMENTOS <br /><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQpH_xdc1AljUvX4JdGh4_0ZGfq-buekOZMeA0bPBfwj6vIxveWYTI7iuCDoPfq1NIcXsYG9ILxUk7QduOeqwsuW6P0nzh7DfTKNUkig7yYusIRzq4Tdgjo-1kXnSF4BgAPHIOox9H9xU/s1600-h/searadobem2.png"><img style="cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 217px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggQpH_xdc1AljUvX4JdGh4_0ZGfq-buekOZMeA0bPBfwj6vIxveWYTI7iuCDoPfq1NIcXsYG9ILxUk7QduOeqwsuW6P0nzh7DfTKNUkig7yYusIRzq4Tdgjo-1kXnSF4BgAPHIOox9H9xU/s400/searadobem2.png" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5379956341476703618" /></a><br />O Setor atua auxiliando, através da intuição, os encarnados encarregados dos estudos e comentários evangélicos e doutrinários, e também presta assistência no trabalho de Atendimento Fraterno.<br />O autor descreve que os servidores deste Setor utilizam livros e uma espécie de fichário, semelhante a um arquivo, que consultam para desempenharem suas atividades.<br />Com relação a atuação junto aos responsáveis pelos comentários e estudos doutrinários, o autor espiritual destaca uma situação que costumava ocorrer com ele quando encarnado, atuando como divulgador da Doutrina Espírita: " Eu buscava estudar. Preparava os estudos. No entanto, quantas vezes, dialogando com os companheiros, um exemplo novo, uma idéia mais concreta, um pensamento mais amplo assaltavam minha mente, facilitando a compreensão do tema em estudo! Ah! Quantas vezes a presença espiritual é tão concreta e não nos damos conta!"<br />"Toda a vez que o homem se predispõe a conhecer a verdade e divulgá-la em nome do amor, estará recebendo assistência espiritual."<br />Sobre a assistência dada ao trabalho de Atendimento Fraterno, os espíritos também se utilizam da intuição dos encarnados, de acordo com as suas possibilidades mediúnicas, para orientar os tarefeiros encarnados sobre as orientações mais adequadas a serem dadas aos necessitados que buscam a Casa. <br />Há ainda o serviço de Atendimento Fraterno aos desencarnados:<br />" Igualmente, assistimos diversos espíritos desencarnados em perturbação, dialogando com eles, demoradamente, esclarecendo-os quanto 'a nova realidade a que estão vinculados. Aprendemos aqui que a verdade é imprescindível à iluminação das criaturas, entretanto há que ser dosada de acordo com a maturidade de cada um. Por isso, para que realizemops o melhor ao nosso alcance, participamos, sempre que possível, de cursos e conferências que nos permitam o sublime aprendizado de esclarecer sem ferir, ajudar sem violentar e colaborar sem exigir."<br /><br />5. SETOR DE COMUNICAÇÕES<br /><br />Este Setor serve como área de apoio aos demais setores, fornecendo-lhes recursos que servirão de base para o desempenho das tarefas de cada setor. As informações prestadas a outros setores são obtidas a partir de telas eletromagnéticas, comunicadores de longa distância, receptores, auscultadores vibracionais, etc. <br />Marcos, o orientador do autor do livro em sua visita a Casa Espírita, destaca o intercâmbio entre os setores a partir do trabalho do Setor de Comunicações:<br />"Fornecimento de dados ao Setor de Vigilância, aquisição de informações para o atendimento do Setor de Enfermagem, colaboração valiosa aos servidores do Setor de Esclarecimentos."<br />O autor destaca: "equipamentos os mais diversos eram instalados nos mais variados locais, destacando-se aos meus olhos uma grande tela luminescente fixada no salão de reuniões."<br />Ante a dúvida do autor sobre a necessidade da espiritualidade usar os equipamentos para obter as informações, Marcos esclarece: "Antes de mais nada, cumpre-nos considerar que estamos agindo na Crosta, ou seja, em meio onde nossa ação encontra quase sempre muitos obstáculos.Entre eles, destacamos as vibrações mentais desequilibrantes oriundas de grande porcentagem de espíritos encarnados no planeta e dos desencarnados. Em meio hostil, as nossas realizações seriam desenvolvidas de forma mais lenta e penosa, não fosse o concurso desses aparelhos."<br />O Setor de Comunicações realiza, ainda, serviços de atividades externas, tais como: visitas a familiares ou necessitados pelos quais os freqüentadores oram e incursões nas regiões inferiores do plano espiritual, no trabalho de intercâmbio e auxílio a Espírito sofredores e necessitados.<br />Com relação ao trabalho da espiritualidade de visitar as pessoas pelas quais os freqüentadores pedem, o autor destaca a importância de se ter um desejo sincero de ajudar e de ter fé. O auxílio sempre é dado, porém a intenção e a sinceridade auxiliam no processo de ajuda.<br />"Templo, hospital, escola, oficina, sublime educandário das almas, o Centro Espírita é a bondade e misericórdia de Deus, materializados na Terra, em benefício das criaturas."<br /><br />6. OUTROS ESCLARECIMENTOS<br /><br />1. "Quando duas ou mais pessoas reunirem-se em meu nome, aí eu estarei." Jesus.<br />A cooperação dos servidores espirituais faz-se constante em todas as agremiações voltadas ao Bem e à Verdade, espíritas ou não. Quanto às instituições espiritas, a atuação do mundo invisível se faz em benefício de todas elas . A Casa Espírita materializa-se na crosta sob a inspiração do mais alto. Cada instituição tem suas características próprias e à medida que se desenvolve, novos recursos são mobilizados da Vida Maior, sob a assistência do diretos espiritual. O amor de Jesus está sempre presente através de seus mensageiros.<br /><br />2. Fora do halo luminoso que cerca e protege a Casa Espírita, turbas de Espíritos se agitam. Atraídos pela movimentação dos encarnados e pelas luzes espirituais e grande quantidade de Espíritos sofredores imploram auxílio. Espíritos desencarnados do Setor de vigilância são encarregados de selecionar aqueles que se candidatam à recuperação. Ele se utilizam de aparelhos ("capacitores vibracionais"), identificando os Espíritos sofredores cujas vibrações demonstrem sinceros arrependimento e verdadeiro desejo de renovação. Tais Espíritos entram no Centro, na enfermagem. Para aqueles desencarnados que ainda continuam sustendo pensamentos desequilibrantes, somente o tempo e a dor poderão facilitar-lhes a modificações necessárias. E tudo o que podemos fazer é por eles orar.<br /><br />3. A música elevada repercute nas criaturas, pacificando-as e harmonizando-as, com sua linguagem universal. Está a música presente na vida do homem, desde os tempos mais remotos, sendo a mais sublime dentre todas as expressões de arte, sensibilizando profundamente a muitas criaturas. Embora não seja fator indispensável para a prática do Bem, a música pode ser considerada como elemento de auxílio na desintoxicação mental das criaturas e no equilíbrio das emoções.<br />"... comecei a perceber uma chuva de pequeninas pétalas suavemente coloridas que caiam sobre os presentes, modificando-lhes o estado íntimo para melhor."<br /><br />4. O instante da prece inicial a Jesus é proferido nos dois planos, Espiritual e material, interligados no mesmo propósito. Os sinceros sentimentos do dirigente encarnado harmonizam-se com os do mentor espiritual da reunião. Tênue luz se irradia dos presentes, e vibrações salutares derramam-se por sobre o ambiente, propiciando paz reconforto. Mas, nem todos os presentes assimilam aquelas dádivas e seus benefícios, pois mantêm seus pensamentos nas preocupações diárias, por falta de disciplina mental, que se conquista pela auto-educação. Somente com o amadurecimento, as criaturas poderão avaliar os sublimes valores da oração. ( L E, q.659-660 )<br />"Onde estiver o vosso tesouro, ali estará o vosso coração." Jesus<br /><br />5. Nas tarefas de divulgação doutrinária, o médium está sempre acompanhado por seu guia espiritual. Os recursos ou registros do médium somam-se à inspiração do benfeitor, cuja tarefa é auxiliar seu tutelado, sugerindo-lhe idéias, coordenando-lhe os pensamentos. Aqueles que veiculam a mensagem doutrinária, através da palavra, não necessitam, pois, apenas estudar, mas, vivenciar os postulados abraçados. Se suas palavras provierem do coração, das suas experiências e vivências, acrescidas dos seus recursos intelectivos, a mensagem tocará e sensibilizará a platéia.<br />"IDE E PREGAI..." Jesus.<br />Os comentários evangélico-doutrinários, se ouvidos atenciosamente, podem influenciar os ouvintes interessados, permitindo-lhes através de suas mensagens, realizar uma profunda avaliação da vida, através de valioso processo terapêutico de auto-avaliação, agindo em seu próprio auxílio.<br />"Ajuda-te que Deus te ajudará."<br />Muitos dos freqüentadores das reuniões espíritas não conseguem registrar os ensinamentos esclarecedores, porque permanecem presos às preocupações familiares e profissionais. O aproveitamento do que está sendo comentado dependerá do interesse de cada um, pois, a redenção espiritual é conquista de ordem individual. Outrossim, o sono, assumido por alguns durante as reuniões doutrinárias, revela a falta do cultivo da atenção e, por vezes, uma mente preguiçosa que somente o tempo e a dor poderão transformar. Alguns, no entanto, sofrem influenciação espiritual negativa à distância, por não conseguirem seus agressores penetrar nos Centros Espíritas. Contudo, a principal questão ainda é a indiscilplina mental do indivíduo, que se compraz nessa situação.<br />Esses obstáculos à renovação do Homem desaparecerão quando ele compreender a Paternidade Divina e conscientizar-se que a vida na Terra é passageira, que sua morada são as estrelas e que seu destino é a perfeição.<br /><br />6. Os Espíritos desencarnados, trazidos para a reunião, são acomodados em auditório reservado, beneficiando-se, igualmente, das mensagens evangélicas, assistidos pelos companheiros do Setor de Vigilância e de Esclarecimento. Nesse auditório é instalada uma grande tela luminescente. À medida que o palestrante discorre suas mensagens, inúmeros quadros de graça e beleza formam-se na tela gigantesca, permitindo aos desencarnados visualizarem cenas comovedoras. Este fenômeno tem por base o poder criador do pensamento, aliado à vontade ativa. Enquanto fala, o expositor das verdades celestes emite, intensamente, os próprios pensamentos, imantados pela viva emoção que lhe nasce da intimidade do Espírito.<br />Os desencarnados, ouvindo a mensagem e acompanhamento os quadros vivos que se reproduzem na grande tela, recordam-se das próprias experiências. Revêem acontecimentos em que malograram, constatam equívocos, analisam as próprias quedas, e reincidência nos erros. Compreendendo, agora, a verdade libertadora que se negaram a enxergar, entregam-se a copiosos prantos, cegos que estavam no egoísmo destruidor. O arrependimento é sempre assinalado por lágrimas sinceras, que representam a limpeza interior. Com toda a certeza, elas prenunciam a renovação íntima.<br />"Vinde a mim todos vós que vos achais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e encontrareis o descanso para vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." Jesus<br /><br />7. Por vezes, as inúmeras atividades desenvolvidas pelos benfeitores passam desapercebidas entre os companheiros desencarnados. Vários serviços exteriores, para socorro aos necessitados ou visitas preces e vibrações solicitadas para os nomes de encarnados e desencarnados, anotados em cadernos ou papéis, previamente preparados.<br />Os servidores espirituais fazem uso de um pequeno aparelho com visor. Ao se passar o aparelho sobre os nomes anotados, alguns se destacam, como que emoldurados de luz, registrando o sensor as vibrações emantadas ( ao escreverem-se os nomes, ficam registrando o sensor as nossas disposições mentais e emocionais ). Portanto, ao nos lembrarmos dos nomes e os escrevermos, estamos fazendo por eles uma prece.<br />"Estivessem esses irmãos encarnados ou desencarnados, seriam visitados e assistidos em nome do Amor de Jesus e graças ao mecanismo das orações e dos apelos feitos pelos que se lembravam deles."<br /><br />8. Durante os trabalhos do passe, os Espíritos do Setor de Enfermagem, movimentam-se silenciosos e com muito respeito. Por possuírem profundos conhecimento acerca de irradiação e exteriorização das próprias energias, influenciam diretamente os médiuns passistas, auxiliando-os nas tarefas de fluidoterapia. Os fluídos vitais dos médiuns passistas, associam-se aos fluídos espirituais, beneficiando as criaturas a nível material, emocional e espiritual. Ë muito importante a posição de quem recebe o menor assimilação das energias salutares. A vontade e a disciplina mental dos assistidos favorece ação dos benfeitores espirituais. O seu aproveitamento dependerá, naturalmente, do interesse de cada indivíduo. <br />"Ainda aqui, a vontade e a disciplina mental são a base do fenômeno que observamos."<br /><br />"NA SEARA DO BEM"<br />Livro psicografado por Luis Antonio Ferraz, Pelo Espírito Antônio Carlos Tonini ( 1947-1987 ).<br /><br />Texto retirado do site: http://www.cema.org.br/ResumodeLivros.htmCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-40820246421788376322009-01-22T16:11:00.000-08:002009-01-22T16:13:07.949-08:00APLICAÇÃO DA MEDIUNIDADEIntrodução:<br /><br />O que é uma reunião mediúnica? E como deve se realizar?<br /><br />Uma reunião é um ser coletivo, cujas qualidades e propriedades são o resultante das de seus membros e formam como que um feixe. Ora, este feixe tanto mais força terá, quanto mais homogêneo for (LM c. 29 it. 331).<br /><br />As reuniões espíritas são compromissos graves assumidos perante a consciência de cada um, regulamentados pelo esforço, pontualidade, sacrifício e perseverança dos seus membros. Somente aqueles que sabem perseverar, sem postergarem o trabalho de edificação interior, se fazem credores da assistência dos Espíritos interessados na sementeira da esperança e da felicidade na Terra - Programa sublime presidido por Jesus das Altas Esferas. Nas reuniões sérias, os seus membros não podem compactuar com a negligência aos deveres estabelecidos em prol da ordem e da harmonia, para que a infiltração dos Espíritos infeliz não as transforme em celeiros de balbúrdia, em perfeita conexão com a desordem e o caos. (Nos Bastidores da Obsessão – pág 45 de Manoel Philomeno de Miranda).<br /><br /> <br /><br /> Ä Faculdade Maleável.<br /><br />Sendo a mediunidade a faculdade que possibilita ao individuo encarnado relacionar-se com as entidades desencarnadas, captar os seus pensamentos e sentimentos e transmiti-los aos outros, bem como perceber coisas além dos limites físicos, próprios do mundo espiritual, ela não representa em si mesma nenhum mérito de quem a possui, porque o seu aparecimento independe da formação moral do indivíduo.<br /><br />Desta forma, pessoas sem formação moral podem apresentar a faculdade mediúnica e sempre encontrarão entidades espirituais que lhes secundem a vontade e o pensamento, associando-se a elas na rede de desequilíbrio.<br /><br />Possuir a faculdade mediúnica não é motivo, portanto, nem de orgulho nem de vaidade, nem tampouco de santificação de quem quer que seja... O que a pessoa realizar com a sua faculdade mediúnica, pode ser motivo de nosso respeito ou de nossa reprovação; pode ser conforme os desígnios superiores da Lei de Equilíbrio, de Amor e de Justiça ou não; pode estar de acordo com o que preceitua o Espiritismo ou não.<br /><br />Assim, pelo despreparo para a pratica mediúnica equilibrada e pelo desinteresse pelo conhecimento e, ainda, por apresentarem fraquezas morais, muitos se deixam envolver pela obsessão e se vêem em dificuldades sem conta quando pretendem recompor-se e seguir no verdadeiro caminho de sua reabilitação moral.<br /><br />Muitos outros, maravilhados com o fenômeno mediúnico, esquecem que ele é meio, é via para atingir o fim, o qual é o esclarecimento da criatura humana com a sua conseqüente transformação moral e se deixam levar para o profetismo, para o experimentalismo, para o guiísmo, numa dependência total, a ponto de não mais decidirem o que lhes compete sem antes fazerem uma consulta aos Espíritos.<br /><br />Há outros ainda, que, além de serem envolvidos pelos elogios fáceis, pela bajulação, começam a fraquejar e receber pequenos obséquios, pequenos favores materiais, discretas lembrancinhas, e por fim caem num mercenarismo barato que os inutiliza. Registre-se que não precisa ser o médium quem seja diretamente beneficiado com o movimento financeiro que se faça em seu derredor para que tal ação seja encarada com muito cuidado por nós.<br /><br />Os Espíritos amigos tentam por inúmeras maneiras esclarecer, orientar e despertar o médium para os perigos da utilização de sua mediunidade sem os critérios cristãos, mas se este se nega a acolher os alvitres salutares, contínuas displicente com o lado moral da aplicação de sua faculdade, eles simplesmente se afastam, deixando o caminho livre aos Espíritos que sintonizam com tal modo de pensar e proceder.<br /><br />As pessoas que possuem a faculdade mediúnica em níveis mais intensos estão mais sujeitas as influenciações devido à facilidade de sintonia com os Espíritos. Maior cuidado, pois, deverão ter com as companhias espirituais que elegem para a sua vida diária.<br /><br />A mediunidade sendo uma faculdade maleável, tanto serve como instrumento do bem quanto do mal, de elevação quanto de queda, de construção quanto de derrocada, dependendo unicamente do modo como se comporta aquele que a possui.<br /><br />As pessoas que possuem a faculdade mediúnica em níveis mais intensos estão mais sujeitas as influenciações devido à facilidade de sintonia com os Espíritos. Maior cuidado, pois, deverão ter com as companhias espirituais que elegem para a sua vida diária.<br /><br /> Ä Preparo Doutrinário.<br /><br />A mediunidade sendo inerente ao ser humano pode aparecer em qualquer pessoa, independente da doutrina religiosa que abrace. Assim é que grandes vultos foram consagrados pelas doutrinas religiosas católicas e protestantes em seus vários ramos, por apresentarem fenômenos inusitados, que fugiam a qualquer consideração humana, fenômeno que ultrapassavam a craveira comum. Daí serem eles considerados santos, profetas, missionários, etc.<br /><br />Por outro lado, são incontáveis os casos de pessoas ligadas a outras religiões ou sem qualquer principio religioso, ou mesmo, ditas Espíritas, que se encontram envolvidas em processos de obsessão crucial, sofrendo a conseqüência da influenciação espiritual, sendo tratadas como doentes ou de um tratamento salvador.<br /><br />A mediunidade então será um bem ou um mal?<br /><br />A mediunidade é uma faculdade inerente ao espírito humano, e tal como outras faculdades surgem na criatura independentemente de seu estado de elevação moral, mas está sujeita à vontade e à diretriz que o seu possuidor lhe der, podendo se transformar em caminho de redenção ou de sofrimento inomináveis. Por ser um instrumento, o resultado de sua aplicação sempre depende de nossa orientação.<br /><br />"À humanidade seria facultado um poderoso elemento de renovação, se todos compreendessem que há, acima de nós, um inesgotável manancial de energia, de vida espiritual, que se pode atingir por gradativo adestramento, por constante orientação do pensamento e da vontade no sentido de assimilar as suas ondas e radiações, e com o seu auxilio desenvolver as faculdades que em nós jazem latentes".<br /><br />"A aquisição dessas forças nos abroquela contra o mal, nos coloca acima dos conflitos materiais e nos torna mais firmes no cumprimento do dever. Nenhum dentre os bens terrenos é comparável à posse desses dons. Sublimados a seu mais alto grau, fazem os grandes missionários, os renovadores, os grandes inspirados".<br /><br />"Como podemos adquirir esses poderes, essas faculdades superiores? Descerrando nossa alma, pela vontade e pela prece, às influencias do Alto. Do mesmo modo que abrimos as portas da nossa casa, para que nela penetrem os raios do Sol, assim também por nossos impulsos e aspirações podemos franquear aos eflúvios celestes o nosso" ego "interior".<br /><br />"Em Espiritismo, a questão de educação e adestramento dos médiuns é capital; os bons médiuns são raros – diz-se muitas vezes, e a ciência do invisível, privada de meios de ação, só com muita lentidão vem a progredir".<br /><br />"Quantas faculdades preciosas, todavia, não se perdem, a mingua de atenção e cultura! Quantas mediunidades malbaratadas em frívolas experiências, ou que, utilizadas ao sabor do capricho, não atraem mais que perniciosas influencias e só maus frutos produzem! Quantos médiuns inconscientes de seu ministério e do valor do dom que lhes é outorgado deixam inutilizadas forças capazes de contribuir para a obra de renovação!".<br /><br />"A mediunidade é uma delicada flor que, para desabrochar, necessita de acuradas precauções e assíduos cuidados. Exigem o método, a paciência, as altas aspirações, os sentimentos nobres, e, sobretudo, a terna solicitude do bom Espírito que a envolve em seu amor, em seus fluidos vivificantes. Quase sempre, porém, querem faze-la produzir frutos prematuros, e desde logo se estiola e fana ao contacto dos Espíritos atrasados".<br /><br />"È preciso que, ao menos, o médium, compenetrado da utilidade e grandeza de sua função, se aplique a aumentar seus conhecimentos e procure espiritualizar-se o mais possível, que se reserve horas de recolhimento e tente então, pela visão interior, alçar-se até às coisas divinas, à eterna e perfeita beleza. Quanto mais desenvolvido for nele o saber, a inteligência, a moralidade, mais apto se tornará para servir de intermediário às grandes almas do Espaço".<br /><br />"... Os dons psíquicos, desviados de seu eminente objetivo, utilizado para fins de interesses medíocres, pessoais e fúteis, revertem contra os seus possuidores, atraindo-lhes, em lugar dos gênios tutelares, as potencias malfazejas do Além".<br /><br />"Fora das condições de elevação de pensamento, de moralidade e desinteresse, pode a mediunidade constituir-se um perigo; ao passo que tendo por fim firme propósito no bem, por suas aspirações ao ideal divino, o médium se impregna de fluidos purificados; uma atmosfera protetora se forma em torno dele, o envolve, o preserva dos erros e das ciladas do invisível".<br /><br />"E se, por sua fé e comprovado zelo, pela pureza dalma em que nenhum calculo interesseiro se insinue, obtém ele a assistência de um desses Espíritos de luz, depositários dos segredos do Espaço, que pairam acima de nós e projetam sobre a nossa fraqueza as suas irradiações; se esse Espírito se constitui seu protetor, seu guia, seu amigo, graças a ele sentirá o médium uma força desconhecida penetrar-lhe todo o ser, uma chama lhe iluminar a fronte. Todos quantos tomarem parte em seus trabalhos, e colherem os seus resultados, sentirão reanimar-se-lhes o coração e a inteligência às fulgurações dessa alma superior; um sopro de vida lhes transportará o pensamento às regiões sublimes do Infinito". (No Invisível, 1.ª parte, Cap. V).<br /><br />O preparo doutrinário para o médium significa iluminação do caminho, dando-lhe roteiro mais seguro e de mais fácil acesso, afastando-o das enganosas ilusões e das armadilhas preparadas pelos inimigos do bem e da luz.<br /><br />"O médium forjado no preparo doutrinário que o Espiritismo oferece, não se torna somente melhor médium, mas, principalmente, melhor cristão".<br /><br /> Ä Evangelização Espiritual.<br /><br />No aprendizado mediúnico o que deve prevalecer, para aquele que realmente deseja se transformar em instrumento valioso nas mãos sábias dos Espíritos do Senhor é o preparo espiritual conveniente de acordo com as normas do Evangelho de Jesus.<br /><br />Sem a arma da virtude conquistada palmo a palmo, lágrima a lágrima, seremos instrumentos inermes e sujeitos a servirmos de mediadores da treva e do mal. Quais flores infecundas brilharão somente um dia, para depois sermos arrancados da situação vaidosa em que nos colocamos pelos ventos da provação nos confundindo no pó e na lama. Porém, se formos flores fecundadas pelo amor aos ensinamentos do Sublime Pastor, resistiremos aos ventos da adversidade, às tempestades, e nos transformaremos no fruto saboroso e nutriente, pronto a servir aos famintos e desesperançados do caminho.<br /><br />"As bases de todos os serviços de intercâmbio, entre os desencarnados e encarnados, repousam na mente, não obstante as possibilidades de fenômenos naturais, no campo da matéria densa, levados a efeito por entidades menos evoluídas ou extremamente consagrado à caridade sacrificial".<br /><br />"De qualquer modo, porém, é no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito a espírito".<br /><br />"Daí procede à necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contacto com os Espíritos da Grande Luz".<br /><br />"Simbolizemos nossa mente como sendo uma pedra inicialmente burilada. Tanto quanto a do animal, pode demorar-se, por muitos séculos, na ociosidade ou na sombra, sob a crosta dificilmente permeável de hábitos nocivos ou de impulsos degradantes, mas se a expomos ao sol da experiência, aceitando os atritos, as lições, os dilaceramentos e as dificuldades do caminho por golpes abençoados do buril da vida, esforçando-nos por aperfeiçoar o conhecimento e melhorar o coração, tanto quanto a pedra burilada reflete a luz, certamente nos habilitamos a receber a influencia dos grandes gênios da sabedoria e do amor, gloriosos expoentes da imortalidade vitoriosa, convertendo-nos em valiosos instrumentos da obra assistencial do Céu, em favor do reerguimento de nossos irmãos menos favorecidos e para a elevação de nós mesmos às regiões mais altas".<br /><br />"A fim de atingirmos tão alto objetivo é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização mental, no Infinito Bem, e a segui-lo sem recuar".<br /><br />"Precisamos compreender – repetimos – que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual".<br /><br />"Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos".<br /><br />"Energia viva, o pensamento desloca, em torno de nós, forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros".<br /><br />"Nosso êxito ou fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar".<br /><br />"Semelhante lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida".<br /><br />"Comunicar-nos-emos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia".<br /><br />"Nos mais simples quadros da natureza, vemos manifestado o principio da correspondência".<br /><br />"Um fruto apodrecido ao abandono estabelece no chão um foco infeccioso que tende a crescer, incorporando elementos corruptores".<br /><br />"Exponhamos a pequena lâmina de cristal, limpa e bem cuidada, à luz do dia, e refletirá infinitas cintilações do Sol".<br /><br />"Andorinhas seguem a beleza da primavera".<br /><br />"Corujas acompanham as trevas da noite".<br /><br />"O mato inculto asila serpentes".<br /><br />"A terra cultivada produz o bom grão".<br /><br />"Na mediunidade, essas leis se expressam, ativas".<br /><br />"Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do desequilíbrio, enquanto que a boa vontade e a boa intenção acumulam os valores do bem".<br /><br />"Ninguém está só".<br /><br />"Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá".<br /><br />"Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que se situa a própria felicidade".<br /><br />"Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo o antigo ensinamento evangélico" teremos nosso tesouro onde colocarmos o coração ". (Roteiro – Cap. 28)".<br /><br />Desta forma, ninguém espere alcançar a condição de médium do bem e da luz sem se incorporar definitivamente no clima do Evangelho do Mestre e Senhor Jesus.<br /><br /> ÄBibliografia: (Nos Bastidores da Obsessão – pág 45 de Manoel Philomeno de Miranda). Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Palavras de Vida Eterna", Cap. 42; idem, "O Consolador", Questões 383 e 384. (No Invisível, 1.ª parte, Cap. V). Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Palavras de Vida Eterna, Cap. 122; idem, idem", Religião dos Espíritos, Cap. 16; idem, idem, "O Consolador. Questão, nº 242". Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Palavras de Vida Eterna", Cap. 42 e 43: Idem, idem, "O Consolador" Questões 409/410; Idem, idem, "Roteiro", Cap. 28. Aulas Teóricas Práticas da Apostila nº 10 do Coem.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-7751996461229426102009-01-22T16:09:00.000-08:002009-01-22T16:11:08.614-08:00ORIENTAÇÃO AOS ESPIRITOSIntrodução:<br /><br /> Ä Quais são as qualidades básicas para o Doutrinador?<br /><br />Formação doutrinária muito sólida, com apoio insubstituível nos livros da Codificação Kardequiana. <br />Familiaridade com o Evangelho de Jesus. <br />Autoridade moral <br />Fé <br />Amor <br /> Paciência (interrogatório)<br /> Tato (segurança)<br /> Energia (no momento certo)<br /> Vigilância (visão global)<br /> Humildade<br /> Destemor<br /> Prudência<br /> Sensibilidade<br /><br /> Ä Direção ou orientador:<br /><br />O diálogo em tom de voz natural de forma coloquial (entre o orientador e o Espírito) <br />O Espírito conserva reações psicológicas similares às daqueles que ainda estão encarnados. <br />Transmitir-lhe compreensão e otimismo para superação de suas dificuldades. <br />Pronunciar as palavras com profunda delicadeza para o envolvimento vibracional. Com austeridade, sem autoritarismo radical. <br />Evitar explanações doutrinárias discursivas, e, sobretudo não fazer críticas ostensivas pelo estado do comunicante. <br />Atuar mais com sentimento de bondade do que com palavras excessivas. <br />Deixar o espírito externar-se para identificar a causa oculta do problema. <br />Não se preocupar com a identificação. <br />Desnecessário explicar a razão do sofrimento atual. <br />Não insistir que o comunicante adote postura oracional. <br />Não tocar no Médium <br />Evitar falar a situação do Espírito de imediato. <br />Com Espíritos difíceis: sinceridade, <br />No final dar atenção ao médium <br />É o contato do Espírito sofredor com o fluido animalizado do médium... Acontece uma transferência de elevada carga de energias animalizadas que são absorvidas pelo desencarnado.(o ser leva consigo inúmeras impressões físicas e mentais)<br /><br /> Ä Avaliação: É de capital importância analisar com o grupo as passividades e doutrinações ocorridas na prática mediúnicas, após os trabalhos ou reuniões periódicas de avaliação, com o intuito de desenvolver a autocrítica, estimular uma mentalidade de avaliação e criar o gosto de se perceber o crescimento desse labor bem como das pessoas que nele se integram.<br /><br />A direção equilibrada, sensata, experiente e segura dos aspectos teóricos e práticos da mediunidade saberá distinguir com clareza e orientar o médium nas situações esdrúxulas, evitando a crítica sem tato psicológico, gerador de sérios bloqueios na instrumentalidade mediúnica. *<br /><br />A função de doutrinador requer a conquista de atributos diretamente relacionados com os valores espirituais da paciência, sensibilidade amorosa, tato psicológico, energia moral, vigilância, humildade, destemor e prudência.<br /><br />Todo médium que sinceramente deseje não ser joguete da mentira deve procurar produzir em reuniões sérias e solicitar o exame crítico das comunicações como meio de escapar ao perigo da fascinação.<br /><br />A alma exerce sobre o Espírito livre uma espécie de atração, ou de repulsão, conforme o grau de semelhança entre eles. Ora, os bons têm afinidade com os bons e os maus com os maus, donde se segue que as qualidades morais do médium exercem influência capital sobre a natureza das comunicações.(LM cap. XX item 227)<br /><br /> Ä Fases para o nosso crescimento:<br /><br />A Primeira delas, é a parada na trajetória do mal quando nos alcança o arrependimento. <br />A Segunda é quando sofremos o impacto expiatório que nos remete ao passado para regularizá-lo. <br />A Terceira quando somos brindados por oportunidades provacionais que constroem o futuro. <br />A Quarta e última é a vivência do bem perene, eterno, através do serviço e autodoação. <br /> Ä Quais os Espíritos que se manifestam para o diálogo em uma reunião mediúnica?<br /><br />Dirigente das trevas (arrogante, frio, calculista, inteligente, experimentado e violento: comparecem para sondar o doutrinador. Situa-se num plano de Olímpica superioridade e nada vem pedir; vem exigir, ordenar, ameaçar, intimidar).<br /><br />Planejador: é frio, impessoal, inteligente, culto. Mostra-se amável, maneja muito bem o sofisma, é excelente dialético, pensador sutil e aproveita-se de qualquer descuido ou palavra infeliz do doutrinador para procurar confundi-lo.<br /><br />Os juristas: Autoritários, e seguros de si, exoneram-se facilmente de qualquer culpa porque se cingem aos autos do processo. Na sua opinião, qualquer juiz terreno proferiria a mesma sentença diante daqueles fatos.<br /><br />O executor: Sente-se totalmente desligado da responsabilidade, quanto às atrocidades que pratica, pois não é o mandante; apenas executa ordens.<br /><br />O religioso: Apresentam-se, quase sempre, como zelosos trabalhadores do Cristo, empenhados na defesa de sua Igreja. São argutos, inteligentes, agressivos, violentos, orgulhosos, impiedosos e arrogantes.<br /><br />O Materialista: Este não constitui problema difícil, no trabalho de esclarecimento.<br /><br />O intelectual: encontramo-los de todos os feitios, variedades e tendências. Há-os descrentes, indiferentes, materialistas, espiritualistas, médicos, advogados, nobres, ricos, pobres.<br /><br />O vingador: observa, planeja e espera a ocasião oportuna e o momento favorável.<br /><br />Magos e feiticeiros: promovidos por antigos magos e feiticeiros que, no mundo espiritual persistem nas suas práticas e rituais.<br /><br />Magnetizadores e hipnotizadores: São amplamente utilizados nos processos obsessivos, os métodos da hipnose e do magnetismo, que contam, no Além, com profundos conhecedores e hábeis experimentadores dessas técnicas de indução, tanto entre os Espíritos esclarecidos como os em desequilíbrio.<br /><br /><br /> Ä Quais Benefícios Decorrentes deste Intercâmbio de Auxílio?<br /><br />Proporciona aos membros dos grupos socorristas lições proveitosas; <br />Melhor compreensão da lei de causa e efeito; <br />Exercício da fraternidade; <br />Proporciona alívio, para os desencarnados, através do "choque fluídico"; <br />Possibilidade de cirurgias perispirituais, enquanto ocorre a psicofonia ou os processos socorristas mais específicos que visam beneficiar os comunicantes; <br />Exercício da caridade anônima; <br />Oportunidade do diálogo para ao que não conseguem sintonizar com os Benfeitores Espirituais. <br />Os médiuns conquistam amigos e méritos no mundo espiritual. <br /> Ä Necessidade de Doutrinação.<br /><br />Os Espíritos ao desencarnarem carregam consigo suas virtudes e seus defeitos, continuando, na vida espiritual, a serem o que eram quando encarnados, pois que a morte não tem o condão de transformar a criatura naquilo que ela não é. Assim a grande maioria dos homens, morrendo para a vida física, adentram o mundo espiritual marcados pelos seus vícios e condicionamentos materiais.<br /><br />As religiões tradicionais, cheias de formulas e de misticismo, calcadas na intenção de assustar para converter, em vez de esclarecer para iluminar, iludem o Espírito que não encontra no além aquilo que esperava. As idéias falsas sobre o céu e o inferno e as de repouso para esperar o julgamento final o decepcionam frente à realidade do mundo espiritual, fundamentado na existência da lei de Causa e Efeito.<br /><br />Cada um se mostra tal é, não havendo a possibilidade de engodo pela hipocrisia e pela falsa aparência. A ressonância vibratória marcada no perispírito é traduzida pela aura psíquica de cada um, que reflete a sua condição espiritual, e também o chamado peso específico que se fundamenta na elevação dos pensamentos, sentimentos e atos da criatura.<br /><br />Quanto mais elevados forem estes, seu perispírito será mais rarefeito, e o contrario o torna grosseiro e pesado, colocando assim cada habitante do mundo espiritual em seu merecido e devido lugar.<br /><br />Os que se encontram em posição de perturbação por falta de esclarecimento adequado, ou por renitência no mal, ignorantes que são da lei de amor, necessitam ser orientados, para que em se modificando mentalmente, melhorem de situação espiritual. Por estarem ainda cheios de condicionamentos materiais, repelem ação mais direta dos orientadores desencarnados, necessitando, destarte, um contacto com os Espíritos ainda mergulhados nos fluidos densos da matéria, ou seja, os encarnados, o que acontece no fenômeno mediúnico.<br /><br />Os desencarnados falam a eles, mas não os atingem. Porém, em contacto com um médium, pelo fato das vibrações serem mais similares, há possibilidade de entendimento. Daí a doutrinação visar a modificação da forma de pensar e de agir dos Espíritos buscando sua melhora; ensinando-lhes o caminho do bem e do perdão. Despertando-os para a necessidade da renovação espiritual, ajudamo-los a descobrir o Evangelho de Jesus para a sua inteira libertação.<br /><br />Assim a doutrinação dos Espíritos desencarnados é de grande importância para apressar ainda mais o progresso do mundo espiritual, com resultados benéficos no mundo dos encarnados.<br /><br />Ä Métodos Utilizados:<br /><br />Na doutrinação das entidades que se comunicam nas sessões mediúnicas, não há regra fixa, pois cada caso é um caso diferente e especial.<br /><br />Contudo, há determinados comportamentos a serem observados, pois são regras cristãs que devem ser empregadas, como:<br /><br />Receber com atenção e interesse as comunicações; <br />Ouvi-las com paciência e imbuído da melhor intenção de ajudar; <br />Envolver o Espírito comunicante em um clima de vibrações fraternais, dando oportunidade para que ele fale; <br />Estabelecer em tempo oportuno um dialogo que deve ser amigo e esclarecedor; <br />Evitar acusações e desafios desnecessários; <br />Confortar e amparar pelo esclarecimento; <br />Não discutir com exaltação procurando impor seu ponto de vista; <br />Não receber a todos como se fossem embusteiros e agentes do mal; <br />Ser preciso e enérgico na hora necessária sem se tornar cruel e agressivo; <br />Evitar o tom discursivo que constrange o Espírito Comunicante e também as longas preleções; <br />Ser claro, objetivo, honesto, amigo, fraternal, procurando dar ao comunicante o que gostaria de receber se no lugar dele estivesse. <br />Como vemos, um doutrinador deve, além do conhecimento doutrinário sobre Espiritismo, reunir condições de natureza espiritual favorecedoras do bom desempenho de sua tarefa.<br /><br />Há de possuir autoridade moral suficiente para que suas doutrinações com vistas aos despertamento espiritual do comunicante não acabem em verdadeiras acusações contra si mesmo.<br /><br />De uma forma genérica, pois, podemos resumir os métodos utilizáveis na doutrinação como:<br /><br />1.ª - O da conversação;<br /><br />2.ª - O da doutrinação propriamente dita;<br /><br />3.ª - O da persuasão que pode até incluir técnicas avançadas de sugestão;<br /><br />4.ª - O da prece como elemento condicionante de uma modificação vibratória.<br /><br />Assim sendo, observamos que para doutrinar é preciso conhecer a doutrina, e o doutrinador deve ser pessoa de conduta a mais cristã possível.<br /><br /><br /> Ä Resultados:<br /><br />Os resultados de uma doutrinação dependem do ambiente formado pelas vibrações do dirigente e dos participantes (encarnados e desencarnados); da condição moral que o dirigente apresenta para orientar os Espíritos; e da própria condição espiritual da entidade, aceitando ou não os conselhos e esclarecimentos que recebe. Dependem também dos métodos que são utilizados, o quais devem ser aplicados de acordo com a circunstancia e a necessidade do momento.<br /><br />A doutrinação dos Espíritos objetiva, inicialmente, o esclarecimento da entidade comunicante quanto ao seu estado transitório de perturbação, as causas de seus sofrimentos e a forma pela qual poderão encontrar a solução para seus problemas.<br /><br />Exercita-se com a doutrinação a prática da caridade, uma vez que o doutrinador, bem como os demais componentes da reunião, são convocados a vibrarem amorosamente em favor do necessitado, demonstrando solidariedade com o sofrimento alheio, emitindo pensamentos de auxilio e apoio moral.<br /><br />Os resultados, dessa forma, são duplos, pois o doutrinador e os componentes da reunião, médiuns de incorporação, passistas, etc., agem desenvolvendo as virtudes cristãs, por um lado e, por outro, a entidade ganha nova condição espiritual depois de esclarecida e ter aceitado o novo caminho de realizações.<br /><br />Assim, o Espírito apresenta modificações no seu modo de agir; se empedernido, mostra-se tocado e sensível aos ensinamentos cristãos, buscando uma nova forma de encarar a vida; se revoltado, mostra-se submisso à Lei Suprema, que não injustiça ninguém; se odioso, observa as conseqüências em si mesmo de sua semeadura infeliz e procura dominar seus maus sentimentos; se desesperada nota agora nova possibilidades de alcançar a paz através da esperança e do trabalho contínuo.<br /><br />A doutrinação abre para os desencarnados um painel de luz e esperança onde novos roteiros de realizações espirituais se descortinam, com trabalho, amor e felicidade.<br /><br /> ÄBibliografia: (LM cap. XX item 2 (Temas da vida e da Morte – pág. 115 Manoel Philomena de Miranda). Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Pão Nosso", Cap. 177. (25. ª Sessão de Exercício Pratico da Apostila nº 09 do Coem). Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Caminho, Verdade e Vida, Cap. 145. (26. ª Sessão de Exercício Prático da Apostila nº 09 do Coem)". Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "O Consolador" questão 378. (27. ª Sessão de Exercício Prático da Apostila nº 09 do Coem).Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-36164003075040700462009-01-22T16:08:00.000-08:002009-01-22T16:09:52.469-08:00PERIGOS E PERDAS DA MEDIUNIDADE IIIntrodução: <br /><br />“O Livro dos Espíritos” – Pág. 233. FEB, 27ª edição. <br />Salvo algumas exceções, o médium exprime o pensamento dos Espíritos pelos meios mecânicos que lhes estão à disposição e a expressão desse pensamento pode e deve mesmo, as mais das vezes, ressentir-se da imperfeição de tais meios.<br />“O Livro dos Médiuns” Pág. 299. FEB, 26ª edição.<br />A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade.<br />“O Evangelho Seg. o Espiritismo” – Pág. 311. FEB, 48ª edição. <br /><br />Por toda à parte, a vida e o movimento: nenhum canto do Infinito despovoado, nenhuma região que não seja incessantemente percorrida por legiões inumeráveis de Espíritos radiantes, invisíveis aos sentidos grosseiros dos encarnados, mas cuja vista deslumbra de alegria e admiração as almas libertas da matéria.<br />“O Céu e o Inferno” – Pág. 34. FEB, 18ª edição. <br /><br />São extremamente variados os efeitos da ação fluídica sobre os doentes, de acordo com as circunstâncias. Algumas vezes é lenta e reclama tratamento prolongado, como no magnetismo ordinário; doutras vezes é rápida, como uma corrente elétrica.<br />“A Gênese” – Pág. 279. FEB, 13ª edição. <br /><br /><br />ÄFormas de Obsessão: <br /><br />Partindo do conceito que obsessão é o constrangimento exercido pelos Espíritos inferiores sobre a vontade dos encarnados, influenciando-os maleficamente, podemos figurar o fenômeno obsessivo em inúmeras situações, algumas tão sutis e inaparentes que somente depois de muito tempo é que são evidenciadas. <br /><br />Para facilidade do aprendizado a obsessão pode ser estudada sob três variedades, que apresentam características próprias. <br /><br />1ª. – Obsessão Simples: O Espírito inferior procura, através da sua tenacidade, da sua persistência, intrometer-se na vida do obsidiado, dando-lhe as mais estranhas sugestões, que no mais das vezes contrariam a forma habitual de proceder e pensar da vitima. Esta, com um pouco de critério e auto análise, facilmente identifica que está sob a influencia de um espírito inferior, e cuidando-se devidamente, comportando-se cristãmente, não lhe oferecerá campo mental favorável à sua ação. Procurando viver em clima de elevação, através de boas leituras, de preces, de convívio com pessoas honestas e serias, em ambientes em que se dedicam a pratica do bem, estará pautando a sua vida de acordo com os ditames do Cristo, livrando-se da ação do obsessor. <br /><br />2ª. – Fascinação: É a forma mais difícil de ser tratada, porque o obsidiado se nega a receber orientação e tratamento, posto que julga não estar sob influencia obsessiva, e até, às vezes, acredita que todos os demais é que se encontram obsediados, enquanto ele é o único certo. <br /><br />Nesta variedade, nota-se que o obsessor se insinua a principio discretamente e vai ganhando terreno, enraizando-se pouco a pouco até se instalar definitivamente, aceito que é pelo obsidiado, formando um verdadeiro fenômeno de simbiose psíquica. Geralmente o médium acredita-se estar sendo guiado por uma entidade espiritual de alto gabarito, pois que usa nome de personagens famosos ou de Espíritos de escol. Não usando o critério da auto análise, que no caso inexistente, a pessoa se torna extremamente crédula em tudo o que vem por seu intermédio acreditando-se missionária, e a qualquer objeção ou critica construtiva que se faça sobre o teor das comunicações, suscetibiliza-se, magoa-se e afasta-se das pessoas que a podem esclarecer. <br /><br />3ª. Subjugação: É o fenômeno de uma criatura encarnada estar sob domínio completo e total de uma entidade desencarnada. É de fácil diagnostico, porém, para a cura desse tipo de obsessão há a necessidade da melhora moral do médium e que o Espírito obsessor seja levado a arrepender-se do mal que está praticando, através de doutrinação feitas por quem tenha superioridade moral. <br /><br />Não se julgue que nessa variedade o Espírito obsessor tome lugar no corpo do obsidiado; há sim uma supremacia da sua vontade, dominando completamente a do médium. A pessoa nesse estado realiza coisas que no estado normal não realizaria, diz e faz aquilo que não é de seu costume habitual. <br /><br /><br />ÄCombate à Obsessão: <br /><br />O tratamento da obsessão, de uma forma geral, não prescinde do interesse do obsidiado ou de pessoas a ele ligadas. Isto equivale dizer que há necessidade do próprio interessado ou das pessoas que o rodeiam, buscar efetivamente os meios e recursos necessários a debelação do mal. Como o processo sempre tem raízes espirituais, um dos primeiros cuidados é no sentido de que haja um entendimento sobre o que está ocorrendo para que medidas acauteladoras e certas sejam tomadas. <br /><br />O tratamento deve ser feito por um grupo de médiuns e nunca por um, isoladamente, e o recinto de preferência deve ser o de um Centro Espírita, ou outro local especializado, como por exemplo, o de um Sanatório Espírita. <br /><br />A reunião, para tratamento desses casos, também deve guardar características de especialidade, a fim de que os esforços e o trabalho em comum sejam orientados tão somente em um só sentido. <br /><br />A pratica de leituras sadias, instrutivas, moralizantes; a freqüência a reuniões de esclarecimento doutrinário; o tratamento através de passes; as realizações freqüentes de preces e de meditação sobre assuntos de interesses espirituais são recursos necessários a serem movimentados pelo interessado e pelos elementos a ele ligados. <br /><br />O ambiente do lar do obsidiado deve receber uma atenção especial. Os familiares devem fazer tudo que estiver ao alcance para tornarem-no favorável à recuperação. O Culto do Evangelho no Lar é uma prática indispensável, porque propicia ao recinto doméstico o enriquecimento de elementos fluídicos e a sintonia das almas em torno dos sagrados ensinos do Mestre Jesus. <br /><br />Como o processo obsessivo quase sempre tem raízes profundas, as melhoras são muito relativas em termo de nosso tempo. Algumas vezes, não notando sinais externos de melhora, devido à pressa, achando que tudo deve ser feito rapidamente, abandonam o tratamento, caindo na descrença ou procuram outros recursos que julgam ser mais eficiente e rápidos. A perseverança é necessária para seguir com paciência o tratamento e a certeza de que a Bondade Divina atende a todos mediante o merecimento de cada um. <br /><br />Além do passe e do esclarecimento do obsidiado, um dos recursos heróicos no combate à obsessão é a chamada sessão de desobsessão. Um grupo de médiuns seguros, sob a tutela de um orientador que possua autoridade moral para dirigir-se aos Espíritos obsessores, conhecedor do assunto, com facilidade para a doutrinação e que use sempre de bondade, age procurando orientar, ensinar, esclarecer o obsessor quanto aos males que está praticando. <br /><br />Reconhecendo que a vítima de hoje foi o verdugo de ontem e que a lei do perdão liberta o que perdoa, mas não livra o algoz do pagamento de suas dividas, compreendemos que a Lei é sábia e justa. <br /><br />Nessas reuniões, que devem ser feitas com um extremo critério de preparo moral e doutrinário por parte de todos, o obsidiado não deve estar presente, ficando em sua casa em preces leituras ou meditação para auxiliar o trabalho. <br /><br />Convertido o obsessor, o ex-obsidiado deve ser esclarecido quanto a necessidade de modificação dos seus padrões de vida, mormente no que diz respeito à vida moral, a fim de não cair em nova obsessão. <br /><br />Somente a persistência no bem possibilita que nos livremos dos maus. <br /><br /> <br /><br />ÄResumo: <br /><br />O Espírito apresenta uma vibração espiritual inerente ao seu estado de adiantamento moral e aos sentimentos que apresenta no momento. <br /><br />Cada um vibra na faixa que lhe é peculiar, transmitindo nessa vibração suas características e seu estado. <br /><br />Os Espíritos reconhecem os estado de outros Espíritos, quer encarnados, quer desencarnados, pela “qualidade” de seu estado vibratório. <br /><br />Existe no mundo espiritual um principio ou lei, que é a lei de afinidade ou de sintonia vibratória. Por esse principio, semelhante atrai semelhante, ou seja, vibrações semelhantes interagem e se influenciam mutuamente. <br /><br />Isso pode ser entendido pelo exemplo clássico de misturar-se água e azeite, que por “vibrarem” de forma diferente, naturalmente se separam. <br /><br />Os Espíritos interagem pelo pensamento, pela vontade, podendo influenciar a outro através da sua vontade, desde que esse outro Espírito “vibre” em faixa semelhante ou próxima a sua. <br /><br />É preciso haver “sintonia” entre os Espíritos, tal coma a sintonia de uma estação de radio, havendo o ajustamento do “receptor” com o “transmissor”, existe possibilidade de influenciação mútua. <br /><br />Isso é valido para todas as vibrações energéticas e fluídicas que existem no universo, existindo sintonia, existe influenciação, que pode ser positiva ou negativa. <br /><br />Por exemplo, na prece, sincera e com fé, emitimos uma vibração energética elevada, que nos propicia a sintonia com energias semelhantes, nos trazendo retorno dessa interação de maneira muito positiva. <br /><br />Já o ódio, por exemplo, emite energias de baixo nível, nos colocando em ressonância com energias semelhantes, o que nos traz em retorno energias negativas e deletérias. <br /><br />Assim sendo, como o Universo esta cheio de vibrações, pensamentos e energias de todos os tipos, estamos constantemente em sintonia com essas, de acordo com o nosso campo mental, recebendo os efeitos conseqüentes. <br /><br />Por isso a necessidade de vigilância constante sobre nossos padrões mentais. <br /><br />Temos que nos lembrar que existem Espíritos bons e ruins, assim como as pessoas aqui na Terra, e que as amizades e as inimizades prosseguem após a morte do corpo físico, com gradações entre o amor mais sublime e o ódio intenso. <br /><br />Muitas vezes o ódio entre dois Espíritos prossegue após a morte do corpo físico, prosseguindo mesmo quando um volta à matéria através da reencarnação. <br /><br />Nesse caso, o que permanece no plano espiritual pode tentar se vingar do que está na matéria, tentando influenciá-lo e perturbar sua vida. <br /><br />No entanto, só conseguirá seu intento se o que está encarnado vibrar no mesmo “nível” do que está desencarnado. Se isso ocorrer, o Espírito poderá influenciar de diversas formas o que está encarnado, especialmente se tiver ascendência moral sobre este. <br /><br />Esse processo é chamado de obsessão, ou seja, a influenciação maligna de um Espírito sobre outro, normalmente encarnado. <br /><br />Para que o processo obsessivo se estabeleça, é necessário que aquele que é influenciado, ou seja, o obsedado, permite que a influenciação ocorra, ou seja, nada faz para sair daquele patamar vibratório que o coloca a mercê do obsessor. <br /><br />É preciso lembrar que todos nós eventualmente, em um momento ou outro de nossa vida, nos colocamos ao alcance de Espíritos inferiores e somos influenciados negativamente. No entanto, ao sentirmos as influencias negativa, devemos procurar imediatamente a elevação de nosso padrão mental, pela elevação de pensamentos, pelas atitudes dignas, pela prece e principalmente pela pratica do bem e da caridade. <br /><br />Outra forma de ocorrer processo obsessivo, além daquele da vingança entre Espíritos compromissados entre si, é o pela simples maldade de alguns Espíritos, que pelo desejo de fazer o mal, ao encontrarem pessoas vibrando descuidadamente em padrão ao seu alcance, passam a influenciá-las negativamente. <br /><br />E por esse motivo não devemos deixar a nossa “porta” aberta, mantendo constante vigilância sobre nossas atitudes e buscando perceber quando estamos sendo influenciados, combatendo imediatamente essa influenciação pela elevação de nosso padrão vibratório. <br /><br />Em casos mais graves, o domínio do Espírito sobre o encarnado se torna tão grave e tão completo, que pode levar o encarnado a atitudes tais como o suicídio ou a perda completa da vontade, até mesmo sobre o próprio corpo. <br /><br />Nos casos mais graves de obsessão, o obsedado já não consegue se livrar sozinho do processo, necessitando ajuda externa especializada. <br /><br />Existem trabalhos específicos para tratamento de obsessão nas Casas Espíritas bem orientadas, onde obsessor e obsedado necessitam ser tratados através de um processo dialético, já que as causas são de origem “inteligente”, ou seja, situa-se no campo mental/intelectual e não no orgânico/perispiritual, que apenas lhe sofre os efeitos. <br /><br />Trabalha-se com o obsessor no sentido de fazê-lo entender que a vingança ou o desejo de fazer o mal não levará a local algum e nenhum beneficio lhe trará, muito pelo contrario. É um trabalho de paciência, convencimento e caridade, realizada através do dialogo. <br /><br />Também é necessário trabalhar com o obsedado, através do fortalecimento energético (passes e irradiações) e do fortalecimento moral, para que mude o seu padrão vibratório e saia da faixa de alcance dos Espíritos inferiores. <br /><br />O fortalecimento moral deve ser conseguido com o auxilio indispensável da família, com seu apoio e compreensão amorosa, pelo estabelecimento da oração, da pratica da caridade dentro e fora de casa, bem como pela vigilância constante de pensamentos e atitudes. <br /><br />Em casos mais graves, poderá até ser necessário o auxilio medico especializado, pois a parte física e psíquica pode estar profundamente afetada. <br /><br />É preciso lembrar que no progresso obsessivo não existe “vitima” nem “agressor”, mas sim Espíritos compromissados entre si, num processo de desajuste espiritual. <br /><br />Quando o obsidiado recusa-se a cooperar na própria cura. <br /><br />O maior responsável pela continuidade do processo obsessivo, neste caso é o próprio obsidiado. <br /><br />Recursos Espíritas para o tratamento do Obsidiado: <br /><br /><br />Oração constante;<br />Conversa edificante;<br />O Passe e o trabalho com Jesus;<br />Tratamento de fluidoterapia<br />Esclarecimento ao obsidiado e ao obsessor;<br />Orientação à família do obsidiado;<br />Culto do Evangelho no Lar. <br /><br /> <br /><br />Bibliografia: “O Livro dos Espíritos” – Pág. 233. FEB, 27ª edição. <br />“O Livro dos Médiuns” Pág. 299. FEB, 26ª edição. “O Evangelho Seg. o Espiritismo” – Pág. 311. FEB, 48ª edição. “O Céu e o Inferno” – Pág. 34. FEB, 18ª edição. “A Gênese” – Pág. 279. FEB, 13ª edição. : Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, “O Consolador”, Questões 381 e 393 a 396; Martins Peralva, “Estudando a Mediunidade”, Cap. II. Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, “Encontro Marcado, Cap. 56; idem” Pão Nosso “, Cap. 175”.<br />Apostilas do Coem.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-26528181292552046242009-01-22T16:06:00.000-08:002009-01-22T16:08:32.596-08:00PERIGOS E PERDAS DA MEDIUNIDADEIntrodução: <br /><br />Espiritismo e Mediunidade – Extraído do Livro “Estudando a Mediunidade” de Martins Peralva Cap. II pág. 17 a 19. <br /><br />Que devemos buscar na Mediunidade?<br />Como devemos considerar os Médiuns?<br />Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo? <br /><br />Essas três singelas perguntas constituem o esboço do presente capitulo. <br /><br />Em que pese ao extraordinário progresso do Espiritismo, neste seu primeiro século de existência codificada, qualquer observador notará que os seus variegados ângulos ainda não foram integralmente apreendidos, inclusive por companheiros a ele já filiados. <br /><br />Muitas criaturas, almas generosas e simples, ainda não sabem o que devem e podem buscar na mediunidade.<br />Outras guardam um conceito errôneo e perigoso, com relação aos médiuns, situando-os, indevidamente, na posição de santos ou iluminados. <br /><br />Em resumo, ainda não sabemos, evidentemente, o que o Espiritismo e a pratica mediúnica nos podem oferecer. <br /><br />Há quem deseje, irrefletidamente, buscar nos serviços de intercambio entre os dois planos a satisfação de seus interesses imediatistas, relacionados com a vida terrena, como existem os que, endeusando os médiuns, ameaçam-lhes a estabilidade espiritual, com sérios riscos para o Homem e para a Causa. <br /><br />O Espiritismo não responde por isso.<br />Nem os Espíritos Superiores.<br />Nem os Espíritos mais esclarecidos. <br /><br />Allan Kardec foi, no dizer de Flammarion, “o bom senso encarnado”. O Espiritismo, cuja codificação no plano físico coube ao sábio francês, teria de ser, também, a Doutrina do bom senso e da lógica, do equilíbrio e da sensatez. <br /><br />Ele permanecerá como imponente marco de luz, por muitos séculos, aclarando o entendimento de quantos lhe busquem por manancial de esclarecimento e consolação. <br /><br />Ao invés de cogitar apenas dos problemas materiais, para cuja solução existem, no mundo, numerosas instituições especializadas, cogita o Espiritismo de fixar o roteiro de nosso reajustamento para a Vida Superior.<br />Reajustamento assim especificado: <br /><br /> a) – Moral<br /> b) – Espiritual<br /> c) – Intelectual <br /><br />E, na definição de André Luiz, “revelação divina para renovação fundamental dos homens”.<br />Quem se alista nas fileiras do Espiritismo é compelido, naturalmente, a iniciar o processo de sua própria transformação moral.<br />Não quer mais ser violento ou grosseiro, maledicente ou ingrato, leviano ou infiel. <br /><br />Deseja, embora tateante, em vista das solicitações inferiores que decorrem, inevitavelmente, do nosso aprisionamento às formas primitivistas evolucionais, subir, devagarzinho, os penosos degraus do aperfeiçoamento espiritual, integrando-se, para isso, no trabalho em favor de si mesmo e dos outros. <br /><br />O Espírito esclarecido considerará o médium como um companheiro comum, portador das mesmas responsabilidades e fraquezas que igualmente nos afligem.<br />Alma humana, falível e pecadora, necessitada de compreensão.<br />Não o tomará por adivinho, oráculo ou revelador de noticias inadequadas. <br /><br />Assim sendo, ajudá-lo-á no desempenho dos seus deveres, evitando o elogio que inutiliza as mais belas florações mediúnicas, para estimula-lo e ampara-lo com a palavra amiga e sincera. <br /><br />Todo Espírita ganharia muito se lesse, meditando, o capitulo História de um Médium, do Livro “Novas Mensagens”, do Espírito Humberto de Campos. <br /><br />Como descansaria os médiuns do assedio impiedoso que lhes movem alguns companheiros, deixando-os assim, livres e desimpedidos para a realização de suas nobres tarefas? <br /><br />O Espiritismo sincero irá compreendendo, pouco a pouco, que o Espiritismo e o Mediunismo lhe podem oferecer ensejo para o sublime “reencontro com o pensamento puro do Cristo, auxiliando-nos a compreensão para mais amplo discernimento da verdade”. <br /><br />E, através dessa compreensão, saberá reverenciar “O Espiritismo e a Mediunidade como dois altares vivos no templo da fé, através dos quais contemplaremos, de mais alto, a esfera das cogitações pròpriamente terrestres, compreendendo, por fim, que a gloria reservada ao espírito humano é sublime e infinita, no Reino Divino do Universo”. <br /><br />Com esta superior noção das finalidades da Doutrina Espírita, não mais se fará ouvir, proferidas por companheiros nossos, as três perguntas com que abrimos o presente capitulo:<br />Que devemos buscar na mediunidade?<br />Como devemos considerar os médiuns?<br />Que nos podem oferecer o Espiritismo e o Mediunismo?<br /> <br /><br />Ä Perigos e Perda da Mediunidade – Conceitos Gerais. <br /><br />Um dos perigos reais da mediunidade é a obsessão. <br /><br />Como obsessão entende-se todo e qualquer constrangimento que os Espíritos inferiores determinam sobre o médium dominando a sua vontade. <br /><br />Todos os que possuem faculdade mediúnica, sem exceção, estão sujeitos a obsessão, devendo, no entanto, resistir a influenciação negativa dos Espíritos voltados ao mal. <br /><br />Geralmente, nos médiuns em desenvolvimento, a obsessão começa sob a forma simples, usando os obsessores de vários artifícios para conseguirem o seu intento. Pode evoluir para a fascinação quando o médium acha que é assistido por Espíritos Superiores, que na verdade não passam de mistificadores, que sabem explorar sua vaidade, lisonjeando suas faculdades e colocando-o como um “missionário” com importante papel no mundo. <br /><br />A evolução pode seguir seu curso normal chegando o médium ao estagio da subjugação quando o obsessor domina completamente, tanto sua inteligência quanto sua vontade. <br /><br />Pelo fato do médium possuir a capacidade de se exteriorizar perispiriticamente, mais acessível se torna à ação dos Espíritos do que as pessoas comuns. Os Espíritos agem sobre o médium através dos pensamentos, envolvendo-0 com os seus fluidos que o embaraçam. É um verdadeiro processo de enredamento fluídico. <br /><br />A presença física do obsessor nem sempre é verificada, porém a sua ação é notada pelos resultados de sua influencia sobre a mente do médium que está sujeito. À distancia, por um fenômeno telepático, pode o obsessor acionar os mecanismos que deseja como um operador de rádio. É lógico que para isso acontecer, devem os dois, médium e obsessor, estar vinculados pelo passado ou por se encontrarem na mesma faixa vibratória, que os identifica. <br /><br />A renovação espiritual do médium é fator preponderante na solução do problema. <br /><br />Quando não existe outro meio efetivo, o médium pode ter suspensa a sua faculdade mediúnica, com vistas a se furtar, pelo menos em parte, da ação perniciosa dos obsessores, e para que, também, com a sua faculdade exercitada em regime de perturbação, não venha a iludir e desencaminhar outras criaturas inexperientes que estão em busca de consolo e orientação. <br /><br />A retirada da faculdade mediúnica deve ser considerada um sinal benéfico e até mesmo uma caridade proporcionada pelos mentores. Poderá ser temporária ou definitiva, dependendo da recuperação moral do médium e da sua disposição de bem cumprir sua tarefa. <br /><br />“Os atributos medianímicos são como os talentos do Evangelho. Se o patrimônio divino é desviado de seus fins, o mal servo torna-se indigno de confiança do Senhor da seara da verdade e do amor. Multiplicados no bem, os talentos mediúnicos crescerão para Jesus, sob as bênçãos divinas; todavia, se sofrem os insultos do egoísmo, do orgulho, da vaidade ou da exploração inferiores, podem deixar o intermediário do invisível entre as sombras pesadas do estacionamento, nas mais dolorosas perspectivas de expiação, em vista do acréscimo de seus débitos irrefletidos”. (O Consolador – Questão 389). <br /><br />Ä E como se reconhece a obsessão? <br /><br />“Reconhece-se à obsessão pelas seguintes características”: <br /><br />1ª. – Persistência de um Espírito em se comunicar, bom ou mal grado, pela escrita, pela audição, pela tiptologia, etc., opondo-se a que outros Espíritos o façam; <br /><br />2ª. – Ilusão que, não obstante a inteligência do médium, o impede de reconhecer a falsidade e o ridículo das comunicações que recebe; <br /><br />3ª. – Crença na infalibilidade e na identidade absoluta dos Espíritos que se comunicam e que, sob nomes respeitáveis e venerados, dizem coisas falsas ou absurdas; <br /><br />4ª. – Confiança do médium nos elogios que lhe dispensam os Espíritos que por ele se comunicam; <br /><br />5ª. - Disposição para se afastar das pessoas que podem emitir opiniões aproveitáveis; <br /><br />6ª. – Tomar a mal a critica das comunicações que recebe; <br /><br />7ª. – Necessidade incessante e inoportuna de escrever; <br /><br />8ª. – Constrangimento físico qualquer, dominando-lhe a vontade e forçando-o a agir ou falar a seu mau grado. <br /><br />9ª. – Rumores e desordens persistentes ao redor do médium, sendo ele de tudo a causa ou o objeto “. (O Livro dos Médiuns – Cap. XXIII nº 243)”. <br /><br />Ä Mediunidade - Conceito: <br />Lamartine Palhano Jr. em seu “Dicionário de Filosofia Espírita”, conceitua mediunidade como sendo uma faculdade inerente ao homem que permite a ele a percepção, em um grau qualquer, da influência dos Espíritos. Não constitui privilégio exclusivo de uma ou outra pessoa, pois, sendo uma possibilidade orgânica, depende de um organismo mais ou menos sensitivo. <br /><br />Ä Mediunismo: <br />Alexander Aksakof, em 1.890, empregou o termo mediunismo para designar o uso das faculdades mediúnicas. A prática do mediunismo não significa que haja prática de Espiritismo propriamente dito, visto que a mediunidade não é propriedade do Espiritismo. <br /><br />(veja ao final, pequena biografia de Alexander Aksakof). <br /><br />Ä Mediunato: <br />Missão mediúnica da qual está investido um médium. Esta expressão foi criada pelos próprios Espíritos: “Deus me encarregou de desempenhar uma missão junto aos crentes a quem ele favorece com o mediunato” - Joana d’Arc (Capítulo XXXI, comunicação XII, em “O Livro dos Médiuns” de Allan Kardec). <br /><br />Ä Médium: <br />(Do latim: medium = meio; intermediário; medianeiro). Pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens; aquele que em um grau qualquer sente a influência dos Espíritos de modo ostensivo. <br /><br />Como já foi mencionado, todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos, é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, privilégio exclusivo, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento dessa faculdade. Pode-se, pois, dizer que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em que a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. <br /><br />Ä A Predisposição Mediúnica: <br />A predisposição mediúnica independe do sexo, da idade e do temperamento, bem como da condição social, da raça, da cultura, da religião, da inteligência e até mesmo das qualidades morais. Todavia, quanto mais elevado for moralmente o médium, melhor instrumento este se tornará à Espiritualidade. <br /><br />Ä O Desenvolvimento da Faculdade Mediúnica: <br />O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade da sua assimilação pelo dos Espíritos; depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista o princípio; não podendo, conseqüentemente, quando o princípio não existe. <br /><br />As relações entre os Espíritos e os médiuns se estabelecem por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre os dois fluidos. Alguns há que se combinam facilmente, enquanto outros se repelem, donde se segue que não basta ser médium para que uma pessoa se comunique indistintamente com todos os Espíritos. <br /><br />Combinando os fluidos perispiríticos os Espíritos não só transmitem aos médiuns seus pensamentos, como também chegam a exercer sobre eles uma influência física, fazem-nos agir e falar à sua vontade. Todavia, a elevação moral do médium e seu controle sobre a faculdade que possuí impedirá que os Espíritos inferiorizados se adornem da sua faculdade e paralisem-lhe o livre arbítrio. <br /><br />Podem os espíritos manifestar-se de uma infinidade de maneiras, mas não o podem senão com a condição de achar uma pessoa apta a receber e transmitir impressões deste ou daquele gênero, segundo as aptidões que possua. Da diversidade de aptidões decorre que há diferentes espécies de médiuns. <br /><br />Bibliografia: Apostila do Coem nº 08 22ª. Sessão de Exercício Prático. Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, “Encontro Marcado”, Cap. 33; idem, “O Consolador”, Questão 389. Espiritismo e Mediunidade – Extraído do Livro “Estudando a Mediunidade” de Martins Peralva Cap. II pág. 17 a 19.”Livro dos Médiuns”.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-34649967488621767162009-01-22T16:04:00.000-08:002009-01-22T16:05:51.680-08:00ESPIRITOS MISTIFICADORESOs Mistificadores: <br /><br />Um dos maiores obstáculos para a divulgação e aceitação do Espiritismo é a mistificação, que é o ato de uma entidade se comunicar pela escrita ou pela palavra enganando os presentes quanto à sua identidade e à sua posição espiritual. <br /><br />Precisamos distinguir animismo de mistificação, que são dois fenômenos completamente diferentes. <br /><br />Animismo é o fenômeno produzido pela própria alma do médium, e desde que espontâneo, é sempre válido. Difere da mistificação que pressupõem engodo, engano, dolo, mentira, e pode ser produzida por espíritos desencarnados, bem como, também, pelo próprio médium, consciente ou inconsciente. <br /><br />Na mistificação sempre existe o desejo de enganar, trapacear, dar característas de verdade ao que é falso. <br /><br />Há algum meio seguro de reconhecer e evitar a mistificação? <br /><br />Sem duvida, e todos eles estão fartos e minuciosamente expostos no item nº 268, de “O Livro dos Médiuns”, a que iremos nos reportar. <br /><br />“Muitos Espíritos protetores se designam pelos nomes de santos, ou de personagens conhecidas... nem todos os nomes de santos e de personagens conhecidas bastariam para fornecer um protetor a cada homem. Entre os Espíritos, poucos há que tenham nome conhecido na Terra. Por isso é que, as mais das vezes, eles nenhum nome declinam. Vós, porém, quase sempre quereis um nome; então, para vos satisfazer, o Espírito toma o de um homem que conhecestes e a quem conhecestes e a quem respeitais”. <br /><br />“O uso desse nome não pode ser considerado uma fraude?”. <br /><br />“Seria uma fraude da parte de um Espírito mau, que quisesse enganar; mas, quando é para o bem, Deus permite que assim procedam os Espíritos da mesma categoria, porque há entre eles solidariedade e analogia de pensamentos. <br /><br />“Acresce que, quanto mais elevado é um Espírito, tanto mais dilatada é a sua irradiação. Segue-se, portanto, que um Espírito protetor de ordem muito elevado pode ter sob a sua tutela centenas de encarnados”. <br /><br />“... Se, porém o Espírito evocado não pode vir, o que se apresenta é forçosamente um mandatário... Os Espíritos Superiores sabem a quem confiam o encargo de os substituir. Além disso, quanto mais elevados são os Espíritos, mais se confundem pela comunhão dos pensamentos, de tal sorte que, para eles, a personalidade é coisa indiferente, como o deve ser também para vós”. <br /><br />“Julgais, então, que no mundo dos Espíritos Superiores não haja senão os que conhecestes na Terra, como capazes de vos instruírem?”. <br /><br />“... mas, como permitem os Espíritos Superiores que outros, de baixo estalão, adotem nomes respeitáveis para induzirem os homens em erro, por meio de máximas não raro perversas?”. <br /><br />“Não é com a permissão dos primeiros que estes o fazem. O mesmo não se dá entre vós? Os que desse modo enganam os homens serão punidos, ficai certos, e a punição deles será proporcionada à gravidade da impostura. Ao demais, se não fosseis imperfeitos, não teríeis em torno de vós senão bons Espíritos; se sois enganados, só de vós mesmos vos deveis queixar. Deus permite que assim aconteça, para experimentar a vossa perseverança e o vosso discernimento e para vos ensinar a distinguir a verdade do erro. Se não o fazeis, é que não estais bastante elevados e precisais das lições da experiência. <br /><br />No que diz respeito à simpatia que porventura os Espíritos possam nutrir pelos encarnados vejamos o que é que eles nos ensinam: <br /><br />“... Também é preciso saibais que há pessoas pelas quais os Espíritos Superiores se interessam mais do que outras e, quando eles julgam conveniente, as preservam dos ataques da mentira. Contra essas pessoas os Espíritos enganadores nada podem... Os bons Espíritos se interessam pelos que usam criteriosamente da faculdade de discernir e trabalham seriamente por melhorar-se. Dão a esses suas preferências e os secundam; poucos porem, se incomodam com aqueles junto dos quais perdem o tempo em belas palavras”. <br /><br />E quanto aos caracteres e sinais que possam usar para sua identidade, vejamos a palavra serena e equilibrada dos Espíritos: <br /><br />“Os Espíritos Superiores nenhum outro sinal têm para se fazerem reconhecer além da superioridade das suas idéias e de sua linguagem. Qualquer Espírito pode imitar um sinal material. Quanto aos Espíritos inferiores, esses se traem de tantos modos, que fora preciso ser cego para deixar-se iludir... Os Espíritos só enganam os que se deixam enganar...”. <br /><br />“Há pessoas que se deixam seduzir por uma linguagem enfática, que apreciam mais as palavras do que as idéias, que mesmo tomam idéias falsas e vulgares, por sublimes. Como podem essas pessoas, que não estão aptas a julgar as obras dos homens, julgar as dos Espíritos?” <br /><br />“Quando essas pessoas são bastante modestas para reconhecer a sua incapacidade não se fiam de si mesmas; quando por orgulho se julgam mais capazes do que o são, trazem consigo a pena da vaidade tola que alimentam. Os Espíritos enganadores sabem perfeitamente a quem se dirigem. Há pessoas simples e pouco instruídas mais difíceis de enganar do que outras, que têm finura e saber. Lisonjeando-lhes as paixões, fazem eles do homem o que querem”. <br /><br />No que diz respeito à identificação dos Espíritos que se comunicam nas chamadas sessões de doutrinação, o que se deve interessar é o problema da entidade em si, o seu esclarecimento, a sua consolação. (Apostila do Coem nº 07 – 20ª. Sessão de Exercício Prático). (Allan kardec, O Livro dos Médiuns, 2ª. Parte – Cap. XXIV; Emmanuel psicografia de Francisco Cândido Xavier, O Consolador, perg. 379 e 401). <br /><br /> ÄNecessidade de Identificação. <br /><br />Em se tratando de espíritos que vêm à sessão para serem orientados e consolados, para receberem o alivio da prece, não vemos necessidade alguma que levantemos seus dados biográficos. <br /><br />Vivendo problemas angustiantes e estando confusos quanto à noção de tempo e espaço a que estavam condicionados na Terra, muitos deles são incapazes de informar, com segurança, quem realmente são. Todavia, quando espontaneamente eles se dignam fornecer alguns dados quanto à sua personalidade, para efeitos de estudo, sempre é interessante confirma-los, se houver essa possibilidade. <br /><br />O médium iniciante não deve preocupar-se por não ter a mínima intuição a respeito da identidade do Espírito que através de si se comunica. Só com o tempo e o treinamento é que terá a capacidade de identificar perfeitamente as entidades comunicantes. Determinados detalhes podem levar a presumir-se que se trata desta ou daquela entidade. Porém, se é para atender a quem precisa, não vamos perder tempo fazendo inquirições sem fim, somente para satisfazer uma vã curiosidade. Lembremos que será falta de caridade obrigar o Espírito, que busca o socorro em nossas sessões, a revelar-se quando prefere permanecer no anonimato. <br /><br />Quando se trata de uma entidade que procura dar orientações, o nome que usa é secundário e pouco deve influir quanto à aceitação ou não da mensagem, o conteúdo é o elemento primordial. Se se trata de uma personagem conhecida e famosa, mais cuidado ainda devemos ter porque, se ela espontaneamente dita o seu nome, deve dar dados que lhe sirvam de identificação. <br /><br />Quando ocorre a comunicação por intermédio de um médium seguro e com a possibilidade de filtrar bem as características do espírito comunicante, pode haver um impacto na opinião geral e a atitude dos familiares vir comprovar que reconhecem a mensagem como verdadeira, como sendo de seu familiar desencarnado. <br /><br />É o caso de Humberto de Campos, que após desencarnar, ditou obras através de Chico Xavier, dando sobejas demonstrações de sua identidade, e a família, enciumada, moveu um processo para que ela tivesse acesso aos direitos autorais dessas obras mediúnicas. <br /><br />De toda polemica, o que ocorreu é que Humberto de Campos, o velho Conselheiro XX, passou a usar o pseudônimo que o anonimatizou: Irmão X. <br /><br />Alias, os espíritos elevados quase sempre se valem desse recurso numa demonstração que para eles o nome pouca importância tem. <br /><br />ÄBibliografia: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Pão Nosso, Cap. 134; Allan Kardec, O Livro dos Médiuns, item 268. <br />Apostila do Coem nº 07 – 20ª. Sessão de Exercício Prático. Allan kardec, O Livro dos Médiuns, 2ª. Parte – Cap. XXIV; Emmanuel psicografia de Francisco Cândido Xavier, O Consolador, perg. 379 e 401.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-32117038359919448882009-01-22T16:02:00.000-08:002009-01-22T16:04:04.627-08:00IDENTIDADE DOS ESPIRITOSIntrodução: Possibilidades de Identificação. <br /><br />De acordo com o Livro dos Médiuns de Allan Kardec – Cap. XXIV, a identificação dos Espíritos é uma das grandes dificuldades do Espiritismo, uma vez que entre eles encontramos todos os defeitos da humanidade, incluindo-se a astúcia e a mentira, que utilizam ao se apresentarem sob nomes respeitáveis para inspirarem maior confiabilidade. Esta a razão porque não podemos acreditar na autenticidade de todas as assinaturas. <br /><br />A identidade dos Espíritos é, com freqüência impossível de se comprovar, especialmente quando se trata de Espíritos antigos em relação a nós. <br /><br />Quanto aos Espíritos superiores e os Espíritos puros seus caracteres distintivos se apagam gradativamente na uniformidade da perfeição, podendo estes; para fixar nossas idéias, apresentam-se com o nome de um Espírito conhecido que pertença à mesma categoria evolutiva. <br /><br />Nesse caso, a questão da identidade passa a ser secundaria, pois o que importa é a natureza do ensinamento, se é bom ou mau, digno ou não do personagem do qual leva o nome. <br /><br />A identidade é mais fácil de se constatar, quando se trata de Espíritos contemporâneos dos quais se conhece os hábitos e o caráter. O Espíritos revela sua identidade por uma serie de circunstancias que ressaltam das comunicações, onde se refletem seus hábitos, seu caráter, sua linguagem e detalhes evidentes para as pessoas do convívio. <br /><br />Para esclarecer, questões duvidosas o melhor critério e submeter às comunicações ao controle severo da razão, do bom senso e da lógica. A melhor de todas as provas de identidade esta na linguagem e nas circunstancias fortuitas, pois o ignorante jamais imitara o verdadeiro, pois em alguma parte de seu discurso sempre aparecerá seu verdadeiro caráter. <br /><br />Estabelecer a identidade absoluta dos Espíritos em muitos casos, é uma questão secundaria e sem importância, mas não ocorre o mesmo com a distinção dos bons e maus Espíritos, pois sua individualidade pode nos ser indiferente, sua qualidade não o será jamais. A questão primordial é saber a que grau da escala espírita pertence o Espírito. <br /><br />A linguagem dos Espíritos está sempre em razão de seu grau de elevação. Pelo pensamento e estilo identificaremos o caráter do comunicante. Os Espíritos superiores dizem sempre boas coisas que nos sejam úteis. A bondade e a benevolência refletem em sua linguagem. <br /><br />Sòmente a inteligência, não atesta a superioridade de um Espírito, pois a moral nem sempre acompanha no mesmo ritmo. Sem hesitação devemos rejeitar o que contraria a lógica e a razão, devendo submeter sempre ao controle do mais severo bom-senso todas as comunicações recebidas. <br /><br />Não há outro critério para discernir o valor dos Espíritos, senão o bom-senso, julgando-os pela sua linguagem e suas ações. Os bons Espíritos não podem dizer e fazer senão o bem; possui uma linguagem sempre digna, nobre, elevada, sem mistura de trivialidades. <br /><br />Os bons Espíritos, só dizem aquilo que sabem e os levianos chegam a predizer o futuro, contendo datas fixadas, indicio de mistificação. <br /><br />Os Espíritos superiores se expressam de forma simples e dizem muitas coisas com poucas palavras, jamais ordenam ou impõem, apenas aconselham. <br /><br />ÄIdentificação dos Espíritos pelas Sensações. <br /><br />No item 164 do Livro dos Médiuns – Cap. XIV encontramos sob a designação de médiuns sensitivos, aqueles suscetíveis de perceber a presença dos Espíritos por uma vaga impressão. <br /><br />Esse tipo de mediunidade não tem um caráter bem definido, é uma faculdade rudimentar indispensável ao desenvolvimento de todas as outras. Essa faculdade se desenvolve pelo habito, e pode adquirir tal sutileza que aquele que dela está dotado reconhece, através da impressão que sente, não só a natureza boa ou má do Espírito que esta ao seu lado, mas também sua própria individualidade. <br /><br />Através dessa sensibilidade mediúnica, os médiuns experimentam as sensações do estado no qual se encontra o Espírito que vem a ele. Quando o Espírito é feliz a sensação é de tranqüilidade, leveza e seriedade; quando ele é infeliz, transmite agitação e mal estar. <br /><br />ÄIdentificação dos Espíritos pela Vidência. <br /><br />Há médiuns que possuem essa faculdade de ver os Espíritos no seu estado normal, quando estão perfeitamente despertos; e outros apenas no estado sonambúlico. Essa faculdade raramente e permanente e é quase sempre, o efeito de uma crise momentânea e passageira. <br /><br />O médium vidente acredita ver pelos olhos, como os dotados da 2ª vista, mas na realidade, é a alma que vê, e essa é a razão pela qual vêem tão bem com os olhos fechados, como com os olhos abertos. É preciso distinguir as aparições acidentais e espontâneas da faculdade de ver os Espíritos. As primeiras são fatos isolados que tem sempre um caráter individual e pessoal (parentes e amigos) e não constituem a faculdade propriamente dita. <br /><br />Entre os médiuns videntes há os que só vêem os Espíritos evocados, descrevendo-os com exatidão e há outros que essa faculdade é mais geral, vêem toda a população Espírita ir e vir continuamente. <br /><br />Essa mediunidade é rara e há muito para se desconfiar daqueles que pretendem desfrutar dessa faculdade por amor próprio ou por interesse. <br /><br />Esse recurso de identificação dos Espíritos depende muito do grau de segurança e equilíbrio do médium (caráter, moralidade e sinceridade), devendo-se sempre verificar, analisar e comparar suas informações com outros recursos. É importante sua participação nos trabalhos mediúnicos devendo evitar transforma-lo em locutor do alem. <br /><br />ÄIdentificação dos Espíritos pelo Conteúdo das Mensagens. <br /><br />A melhor forma de identificação dos Espíritos comunicantes é através da analise das mensagens. <br /><br />Os Espíritos que se revelam através dos médiuns, devem ser identificados por suas idéias e pela essência espiritual de suas palavras. É o critério da linguagem. <br /><br />Os Espíritos superiores usam sempre uma linguagem digna, nobre, elevada, e sem trivialidades; se expressando com grande poder de síntese, simplicidade e modéstia. <br /><br />Não podemos avaliar da qualidade do Espírito apenas pela forma material ou estilo, mas pelo conteúdo de sua mensagem. Os bons Espíritos só podem dizer e fazer o bem. <br /><br />Os Espíritos imperfeitos, principalmente os mistificadores, procuram enganar, através do uso de palavras difíceis dentro de frases brilhantes, mas completamente destituídas de conteúdo útil. <br /><br />Um Espírito pode apresentar-se com um nome respeitável e apresentar uma linguagem incompatível, ficando obvio que pretende enganar. Todo desvio da lógica, da razão e da sabedoria, não deixa duvidas de sua origem, qualquer que seja o nome apresentado. <br /><br />Devemos submeter todas as comunicações a um exame escrupuloso, perscrutando e analisando o pensamento e as expressões, rejeitando sem hesitar tudo o que contraria a lógica e o bom senso. Com esse proceder os Espíritos enganadores se retiram, convencidos de que não podem nos iludir. <br /><br />Bibliografia: <br /><br />Cristianismo e Espiritismo – Leon Dennis – Nota complementar nº 12.<br />Fenômeno Espírita – Gabriel Delanne – 3ª parte.<br />Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Cap. XXIV-XIV e Cap. X.<br />No Invisível – Leon Dennis – Cap. XXI.<br />O Consolador – Emmanuel – Questão – 379.<br />O Que é o Espiritismo – Allan Kardec – Questão – 93 a 99.<br />Apostila do Coem.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-38015933694340270732009-01-22T16:00:00.000-08:002009-01-22T16:02:11.199-08:00CONCENTRAÇÃO NOS TRABALHOS MEDIÚNICOSConcentração: <br /><br />Concentração é a arte de fixar a consciência numa idéia, numa imagem que se alonga em nossa área mental. <br /><br />A concentração é um ato mental. <br />É a convergência de pensamentos para um determinado fim.<br />A convergência pressupõe a eliminação de todos os pensamentos que não sejam convenientes aos fins desejados. <br /><br />Ä Relaxação: <br /><br />A relaxação deverá ser completa: muscular e psíquica. <br /><br />Durante a reunião, manter-se relaxado, respirar calmamente, tomar na cadeira uma posição cômoda, solta, evitando contrair os músculos, para facilitar um bem estar físico. <br /><br />Ä Abstração: <br /><br />A abstração quer dizer desligamento dos problemas outros que não digam respeito às finalidades da sessão; problemas domésticos, profissionais, particulares, etc. <br /><br />A relaxação proporcionando um bem estar fisiológico e a abstração evitando tensões psíquicas, dão condições para que o indivíduo possa focalizar seu pensamento em objetivos elevados. <br /><br />Ä Elevação: <br /><br />Pensar no bem, no amor, na caridade, nas virtudes que exornam o caráter do verdadeiro cristão.<br />O resultado da reunião depende da concentração e da elevação com que é feita. <br /><br />Ä Manutenção Vibratória: <br /><br />Conseguida a concentração após um preparo adequado pôr parte de todos os componentes do grupo, é necessário manter-se o ambiente saturados de elementos fluídicos favorecedores do intercâmbio com o plano espiritual. <br /><br />Mentalmente, envolver a todos em pensamentos agradáveis, desejando-lhes o melhor que se possa dar, como se a nossa mente estivesse emitindo forças e palavras de conforto e esclarecimento. <br /><br />Ä Concentração nos trabalhos mediúnicos: <br /><br />É importante frisar-se, que cada trabalho desenvolvido na Casa Espírita, vai exigir um nível diferente de concentração. Desta forma, um trabalho de irradiação, de passes, vai exigir um nível intermediário de concentração, ou seja, àquele necessário para fixar a pessoa que está presente ou à distância, vibrando pela mesma; já o trabalho mediúnico, em si, exigirá um nível mais elevado em termos de concentração, atingindo o seu ápice, nas comunicações, sejam elas psicofônicas ou psicográficas. <br /><br />Através da concentração o médium conseguirá:<br />Alhear-se do mundo exterior, procurando o contato com o seu mundo íntimo, para que então possa haver a ligação com o plano espiritual;<br />Unir os planos mentais com os companheiros do grupo, para o atingimento dos objetivos;<br />Emitir vibrações. <br /><br />ÄPsicografia – É a escrita sob a influência dos Espíritos. Os Espíritos escrevem, impulsionando a mão do médium, seja por uma forte intuição, por um controle parcial do centro motor e com ciência do médium ou por uma ação mecânica absoluta. <br /><br />ÄPsicofonia – Fenômeno mediúnico que, associado ou não a outras modalidades da mediunidade, possibilita a um Espírito falar através do aparelho fonador do médium. <br /><br />À generalidade destes dois últimos tipos de fenômenos intelectuais (psicografia e psicofonia) tem-se denominado vulgarmente de “Incorporação Mediúnica”. Ressalte-se, todavia, que não ocorre a “introdução” do Espírito no corpo do médium, mas, sim, uma associação de seus fluidos com os do médium, resultantes das faixas vibratórias em que se encontrem e que pela lei de sintonia e da assimilação se identificam formando um complexo - Emissor - (Espírito – desencarnado) e Receptor (médium). <br /><br />ÄMédiuns Psicofônicos ou Falantes - É a faculdade que permite aos Espíritos, utilizando os órgãos vocais do encarnado, transmitirem a palavra audível a todos que presentes se encontrem. <br /><br />É a faculdade mais freqüente em nosso movimento e possibilita o intercâmbio com o mundo extracorpóreo. <br /><br />É através dela que os desencarnados narram, quando podem/desejam, os seus aflitivos problemas, recebendo dos orientadores, em nome da fraternidade cristã, a palavra do esclarecimento e da consolação. <br /><br />O pensamento do Espírito antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispirítico, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, “em tese” de fazer ou não fazer o que a entidade pretende. <br /><br />Também os Mentores Espirituais, Espíritos trabalhadores da grande Seara do Pai, utilizam esta possibilidade de intercâmbio para esclarecerem, orientarem, confirmando a continuidade do labor nas duas esferas da vida. <br /><br />Obs: - Os médiuns falantes, de maneira geral são intuitivos ou conscientes, sendo o intérprete ou mensageiro. O estilo, o vocabulário, a construção das frases são suas, mas a idéia é do Espírito. <br /><br />Os médiuns psicofônicos semiconscientes conservam o estilo e a idéia do Espírito que se comunica e nos, psicofônicos inconscientes, geralmente se exprime sem ter consciência do que diz e muitas vezes diz coisas completamente estranhas às suas idéias habituais, aos seus conhecimentos e, até, fora do alcance de sua inteligência. Embora se ache perfeitamente acordado e em estado normal, raramente guarda lembrança do que diz. <br /><br />Os médiuns psicógrafos podem ser classificados em: <br /><br />a) Médiuns Mecânicos – O Espírito atua diretamente sobre a mão do médium, impulsionando-a. O que caracteriza este gênero de mediunidade é a inconsciência absoluta, por parte do médium, do que sua mão escreve. Ela se move sem interrupção, enquanto o Espírito tem alguma coisa que dizer, e para, assim que ele acaba. Neste tipo de mensagem, a escrita vem antes do pensamento. <br /><br />b) Médiuns Intuitivos – Neste caso, o Espírito não atua sobre a mão para movê-la, mas, atua sobre a alma do médium, identificando-se com ela e imprimindo-lhe sua vontade e suas idéias. A alma recebe o pensamento do Espírito comunicante e o transcreve. Nesta situação, o médium escreve voluntariamente e tem consciência do que escreve, embora não grafe seus próprios pensamentos. Podemos dizer, que nestes casos, o pensamento vem antes da escrita. <br /><br />C) Médiuns Semimecânicos – Também denominados Semi-intuitivos. Eles sentem que, à sua mão uma impulsão é dado, mal grado seu, mas, ao mesmo tempo, têm consciência do que escrevem, à medida que as palavras se formam. Nestes casos, o pensamento acompanha as palavras. <br /><br />Os médiuns de incorporação são classificados em conscientes, semi-conscientes e inconscientes. <br /><br />Médium Consciente: <br /><br />É aquele que durante o transcurso do fenômeno tem consciência plena do que está ocorrendo. O Espírito comunicante entra em contacto com as irradiações perispirituais do médium, e, emitindo também suas irradiações perispirituais, forma a atmosfera fluídica capaz de permitir a transmissão do seu pensamento ao médium, que, ao capta-lo, transmitirá com suas possibilidades: capacidade intelectual, vocabulário, gestos, etc. O médium age como se fosse um interprete da idéia sugerida pelo Espírito, exprimindo-a conforme sua capacidade própria de entendimento.<br />Seu desenvolvimento exige estudo constante, bom senso se análise contínua por parte do médium. <br /><br />Médium Semi-Consciente:<br /><br />É a forma de mediunidade psicofônica em que o médium sofre uma semi-exteriorização perispirítica em presença do Espírito comunicante, com o qual possue a devida afinidade; ou quando houve o ajustamento vibratório para que a comunicação se realizasse. Há irradiação e assimilação de fluidos emitidos pelo Espírito e pelo médium; formação da chamada atmosfera fluídica; e transmissão da mensagem do Espírito para o médium. <br />O médium vai tendo consciência do que o Espírito transmite à medida que os pensamentos daquele vão passando pelo seu cérebro. <br /><br />Médium Inconsciente: <br /><br />Esta forma de mediunidade e incorporação caracteriza-se pela inconsciência do médium quanto à mensagem que por seu intermédio é transmitida. Isto se verifica por se dar uma exteriorização perispiritual total do médium. <br /><br />Embora inconsciente da mensagem, o médium é consciente do fenômeno que está se verificando, permanecendo, muitas vezes, junto da entidade comunicante, auxiliando-a na difícil empreitada, ou, quando tem plena confiança no Espírito que se comunica, poderá afastar-se em outras atividades. <br /><br />A mediunidade de psicofonia inconsciente é das mais raras no gênero. Para que o médium se entregue plenamente confiante ao fenômeno dessa ordem, é necessário que ele tenha confiança na sua faculdade, nos Espíritos que o assistem e, principalmente, no ambiente espiritual da reunião que freqüenta. <br /><br />ÄBibliografia: <br /><br />* Apostilas do COEM – Centro Espírita Luz Eterna – 1.ª, 2.ª e 3.ª sessões de exercícios práticos. <br />* Vinha de Luz – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 21 e 155.<br />* Encontro Marcado – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 14 e 41.<br />* Caminho Verdade e Vida – Francisco Cândido Xavier/Emmanuel – cap. 178.<br />O Livro dos Médiuns – Allan Kardec – Segunda Parte, capítulos II, III, IV, V, IX, X, XI, XII, XIII e XV. Assimilação das Correntes Mentais.<br />Apostila nº 8 do Coem – 23a. Sessão Teórica.<br />No Invisível – Léon Denis – capítulos XVI à XVIII.<br />O Fenômeno Espírita – Gabriel Delanne – Segunda parte, capítulo I.<br />Estudando a Mediunidade - Martins Peralva.<br />Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna – Primeira, Segunda e Quarta Sessões Teóricas – Mediunidade – Conceito – Classificação e Dos Médiuns. <br />Dicionário de Filosofia Espírita – Lamartine Palhano Jr.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-7881833116781240932009-01-22T15:59:00.000-08:002009-01-22T16:00:35.317-08:00MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA IIIIntrodução: <br /><br />Na pauta dos compromissos espirituais que o trabalhador consciente da Doutrina Espírita assume, destaca-se o intercambio mediúnico, na condição de muito valioso. <br /><br />Graças a ele, a observação do fato robustece a fé; a oportunidade de informar-se a respeito da vida além da morte faculta-lhe dados preciosos; o estudo das comunicações aguça-lhe a percepção sobre a Erraticidade; o ensejo de esclarecer os que se encontram equivocados, no Além, luz abençoada; proporciona-lhe recursos eficazes, para o concurso anti-obsessivo ou desobsessivo; o habito da concentração se lhe torna mais natural e produtivo; pode conferir os ensinamentos hauridos na Codificação com a realidade da vida moral, alem do corpo somático; o ministério da aprendizagem viva oferece exemplos irrefutáveis; a ação da caridade sem saber a quem se dirige, torna-se mais oportuna e propicia-lhe dar passos mais largos... <br /><br />O intercambio mediúnico de forma consciente, conforme as seguras diretrizes da Doutrina Espírita, é capitulo dos mais belos da vida, preparando os homens para que possam manter com equilíbrio e ampliar as incursões entre o plano físico e o espiritual. <br /><br />Efeito do estudo cuidadoso do Espiritismo o intercâmbio mediúnico salutar, é estimulo e convite ao aprimoramento interior de quem se candidata à edificação de um futuro mundo melhor caracterizado por uma sociedade mais feliz. <br /><br />O abnegado amigo João Cléofas oferece aos interessados nesta área da atividade espírita, inúmeras reflexões em torno de temas que elegeu para a meditação dos companheiros de ambos os planos da vida, que se reúnem para esse mister. <br /><br />Utilizando-se de cada questão para a abertura da reunião mediúnica, atendeu à solicitação dos amigos encarnados a fim de apresentar, em letra de forma, aquelas instruções, que agora, constituem este livro. (Intercâmbio Mediúnico). <br /><br />Não apresenta novidade alguma, e diversos assuntos já se encontram amplamente divulgados e comentados. <br /><br />Como sabemos que nem todos os interessados no conhecimento espírita dispõem do material de que gostariam, brindamos-lhes esta modesta contribuição, que esperamos chegue também a muitas outras pessoas desinformadas, dando-lhes uma visão positiva, uma diretriz otimista que as ajude nos seu processo de crescimento moral e espiritual. <br /><br />Formulamos votos de paz e bom entendimento para quem leia estas paginas, suplicamos a Jesus, que retornou da tumba em momentoso intercambio mediúnico para demonstrar a imortalidade, que nos abençoe e guarde na Sua paz. <br /><br />Joanna de Angelis<br />Salvador, 15 de agosto de 1985.<br />(Livro Intercâmbio Mediúnico – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito João Cléofas). <br /><br /> <br />ÄENVOLVIMENTO MEDIÚNICO <br />No fenômeno mediúnico da chamada incorporação o que ocorre é um verdadeiro envolvimento mediúnico, que significa um entrosamento das correntes vibratórias próprias do médium, emanadas de suas criações mentais e espirituais com as do Espírito comunicante. <br /><br />Sabemos que os nossos órgãos dos sentidos como ouvidos, olhos, etc., estão condicionados pela natureza, a fim de perceberem as vibrações dentro de um certo limite. Assim é que o nosso ouvido não percebe as vibrações que estejam abaixo ou acima do seu limite normal, bem como a nossa vista não chega a perceber os raios cujo comprimento de onda está acima ou abaixo da nossa faixa de normalidade. <br /><br />No caso da mediunidade, o médium se coloca durante o transe em condições favoráveis de percepção mais nítida do mundo espiritual que nos rodeia; por haver uma exteriorização do perispírito, fundamento de todo o fenômeno mediúnico, este passa a vibrar em regime de maior liberdade, deixando-se influenciar pelo campo vibratório de entidades desencarnadas. Estas por sua vez, livres do corpo denso de carne se situam em plano vibratório diferente do perceptível normalmente pelos encarnados, somente podendo se fazer sentidas e se comunicarem conosco quando encontram médiuns que vibram dentro da mesma faixa em que se encontram. Havendo uma perfeita correspondência entre o clima vibratório da entidade desencarnada e o do médium, estamos diante de um fenômeno chamado envolvimento mediúnico, em que a pessoa encarnada passa a sentir a presença do Espírito desencarnado, podendo perceber-lhe as sensações, as emoções, as intenções, os pensamentos e transmiti-los de acordo com a sua livre vontade, deixando ou não se envolver por essa nova personalidade. É aqui que reside o ponto nevrálgico da questão: ou de nos deixarmos arrastar pura e simplesmente, ou de reagirmos, tentando impor nossa vontade. Se agirmos como na primeira hipótese, corremos o risco de sermos obsediados facilmente; se agirmos como na segunda, podemos passar uma vida inteira sem desenvolvermos a faculdade, dominados pelo receio de servirmos de instrumentos às entidades desencarnadas. Como se vê, a educação mediúnica, através do conhecimento e das praticas ordenadas, exige um comportamento eqüidistante das duas situações, e ensina o médium a se manter em posição de equilíbrio e vigilância sem que esta se transforme em refratariedade. Tendo então condições de controlar o fenômeno, isto é, saber quando e como uma mensagem é conveniente ou causadora de confusão e mal-estar; ter o bom senso de analisar o que vai filtrar ou o que está filtrando. <br /><br />Os Espíritos superiores baixam o seu teor vibratório, aproximando-o do nosso, envolvendo-se com os fluidos grosseiros de nosso ambiente, tornando-se assim mais acessíveis; o médium em transe, por sua vez, se eleva através do preparo antecipado e da disciplinação dos recursos mediúnicos, podendo, então, dar-se a interação entre os dois psiquismos – o do desencarnado e o do médium, criando-se a condição para a comunicação. Uma baixa e o outro sobe vibratoriamente podendo dar-se a comunicação. <br /><br />O caso contrário também pode acontecer. Médiuns com boa capacidade vibratória poderão baixar suas vibrações para servirem de instrumentos a entidades inferiores, a fim de que estas sejam esclarecidas e orientadas. Uma vez terminada a tarefa o médium retornará ao seu padrão vibratório normal não lhe ficando sensações desagradáveis próprias do Espírito comunicante, mas sim o bem-estar de ter cumprido o seu dever cristão. <br /><br />Bibliografia: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, “Encontro Marcado”, Caps. 27 e 28, Martins Peralva, “Estudando a Mediunidade”, Cap. 10. Livro Intercâmbio Mediúnico – Divaldo Pereira Franco, pelo Espírito João Cléofas.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-92214399027127067342009-01-22T15:57:00.000-08:002009-01-22T15:59:02.694-08:00MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA IIIntrodução:<br /><br />A mediunidade não é uma arte, nem um talento, pelo que não pode tornar-se uma profissão. Ela não existe sem o concurso dos Espíritos; faltando estes, já não há mediunidade.<br /><br />"O Evangelho Seg. o Espiritismo" – Pág. 311. FEB, 48ª edição.<br /><br /><br />Ä MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA: CONDICIONAMENTO E VICIAÇÕES<br /><br />Quando há manifestação mediúnica, geralmente o médium apresenta gestos e trejeitos que têm por finalidade demonstrar que não é ele quem está se manifestando. É compreensível que isso tenha acontecido antigamente, por falta de estudo precedendo a prática mediúnica, pois, os candidatos ao desenvolvimento, observando o que os médiuns considerados "desenvolvidos" faziam, automaticamente ou conscientemente acabavam por copiar a "apresentação" do espírito comunicante.<br /><br />Sendo a reunião realizada com pouca iluminação os médiuns preocupavam-se em dar um sinal de que estavam sob influencia espiritual, daí surgindo os chiados, gemidos, as contrações bruscas, os ruídos, enfim, algo que chamasse a atenção do doutrinador ou dirigente, atitudes essas desnecessárias, desde que a reunião se realize conforme a orientação sadia e correta.<br /><br />Ao se aproximar do médium o espírito, como vimos anteriormente, combina os seus fluidos perispirituais com os do intermediário podendo este ter percepções diferentes das que estava tendo na ocasião (poderá sentir frio, calor, bem-estar, dores, ansiedade, paz, medo, ódio, etc.). Muitas vezes, por falta de educação mediúnica o médium reage através de espalhafato diante dessas percepções e sensações. Não há necessidade, portanto, de tremores, pancadas, chiados, assobios, gagueira, voz entrecortada e soturna. Deverá o médium se controlar para que a comunicação se faça naturalmente, sem "prefixos" de abertura ou de encerramento da mensagem. Cada espírito que se comunica é diferente do outro, portanto a repetição das mesmas encenações, caracteriza-se como sendo própria do médium; exceto em casos de uma entidade que se faça reconhecer por certas particularidades, no modo de falar, orientar ou dizer as coisas, mas nunca usando uma "chapa" ou "clichê", para dar a sua comunicação (Eu vim das alturas infinitas, dos pés do Pai, trazendo-vos a bandeira branca da paz, etc.).<br /><br />De preferência o médium iniciante deve evitar receber por escrito ou oralmente, mensagem na 2.ª pessoa do plural ("vós"), para evitar erros de concordância, bem como barbarismo de linguagem, que acabam por descolorir a comunicação.<br /><br />O dirigente evitará o sistema de chamar por ordem os médiuns, porque a comunicação é espontânea e não obedece a colocação dos mesmos na mesa; procurará estar atento, de olhos abertos; a sala com discreta iluminação e a reunião composta por um número razoável de pessoas (12 a 15 participantes).<br /><br />Para evitar os condicionamentos e as viciações deve-se guardar respeito íntimo, confiança, espírito de análise, serenidade e sinceridade em tudo aquilo que se fizer. Na fase de aprendizado, acolher com simpatia as observações dos dirigentes e monitores que de alguma forma estão procurando evitar que o fenômeno mediúnico se barateie e se torne ridículo em nossas casas espíritas.<br /><br /><br />15<br />Ä Forças viciadas<br /><br />Caía a noite...<br /><br />Após o dia quente, a multidão desfilava na via pública, evidentemente buscando o ar fresco.<br /><br />Dirigíamo-nos a outro templo espírita, em companhia de Áulus, segundo o nosso plano de trabalho, quando tivemos nossa atenção voltada para enorme gritaria.<br /><br />Dois guardas arrastavam, de restaurante barato, um homem maduro em deploráveis condições de embriaguez.<br /><br />O mísero esperneava e proferia palavras rudes, protestando, protestando...<br /><br />- Observem o nosso infeliz irmão! – determinou o orientador.<br /><br />E porque não havia muito tempo entre a porta ruidosa e o carro policial, pusemo-nos em observação.<br /><br />Achava-se o pobre amigo abraçado por uma entidade da sombra, qual se um polvo estranho o absorvesse.<br /><br />Num átimo, reparamos que a bebedeira alcançava os dois, porquanto se justapunham completamente um ao outro, exibindo as mesmas perturbações.<br /><br />Em breves instantes, o veículo buzinou com pressa e não nos foi possível dilatar anotações.<br /><br />- O quadro daria ensejo a valiosos apontamentos...<br /><br />Ante a alegação de Hilário, o Assistente considerou que dispúnhamos de tempo bastante para a colheita de alguns registros interessantes e convidou-nos a entrar.<br /><br />A casa de pasto regurgitava...<br /><br />Muita alegria, muita gente.<br /><br />Lá dentro, certo recolheríamos material adequado a expressivas lições.<br /><br />Transpusemos a entrada.<br /><br />As emanações do ambiente produziam em nós indefinível mal-estar.<br /><br />Junto de fumantes e bebedores inveterados, criaturas desencarnadas de triste feição se demoravam expectantes.<br /><br />Algumas sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento. Outras aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.<br /><br />Indicando-as, informou o orientador:<br /><br />- Muitos de nossos irmãos, que já se desvencilharam do vaso carnal, se apegam com tamanho desvario às sensações da experiência física, que se cosem àqueles nossos amigos terrestres temporariamente desequilibrados nos desagradáveis costumes por que se deixaram influenciar.<br /><br />- Mas porque mergulhar, dessa forma, em prazeres dessa espécie?<br /><br />- Hilário – disse o Assistente, bondoso -, o que a vida começou, a morte continua... Esses nossos companheiros situaram a mente nos apetites mais baixos do mundo, alimentando-se com um tipo de emoções que os localiza na vizinhança da animalidade. Não obstante haverem freqüentado santuários religiosos, não se preocuparam em atender aos princípios da fé que abraçaram, acreditando que a existência devia ser para eles o culto de satisfações menos dignas, com a exaltação dos mais astuciosos e dos mais forte. O chamamento da morte encontrou-os na esfera de impressões delituosas e escuras e, como é da Lei que cada alma receba da vida de conformidade com aquilo que dá, não encontram interesse senão nos lugares onde podem nutrir as ilusões que lhes são peculiares, porquanto, na posição em que se vêem, temem a verdade e abominam-na, procedendo como coruja que foge à luz.<br /><br />Meu colega fez um gesto de piedade e indagou:<br /><br />Entretanto, como se transformarão? <br />Chegará o dia em que a própria Natureza lhes esvaziará o cálice – respondeu Áulus, convicto. – Há mil processos de reajuste, no Universo Infinito em que se cumprem os Desígnios do Senhor, chamem-se eles aflição, desencanto, cansaço, tédio, sofrimento, cárcere... <br />Contudo – ponderei -, tudo indica que esses Espíritos infortunados não se enfastiarão tão cedo da loucura em que se comprazem... <br />Concordo plenamente – redargüiu o instrutor -, todavia, quando não se fatiguem, a Lei poderá conduzi-los a prisão regeneradora. <br />Como? <br />A pergunta de Hilário ecoou, cristalina, e o Assistente deu-se pressa em explicar:<br /><br />- Há dolorosas reencarnações que significam tremenda luta expiatória para as almas necrosadas no vício. Temos, por exemplo, o mongolismo, a hidrocefalia, a paralisia, a cegueira, a epilepsia secundária, o idiotismo, o aleijão de nascença e muitos outros recursos, angustiosos embora, mas necessários, e que podem funcionar, em benefício da mente desequilibrada, desde o berço, em plena fase infantil. Na maioria das vezes, semelhantes processos de cura, prodigalizam bons resultados pelas provações obrigatórias que oferecem...<br /><br />- No entanto – comentei -, e se os nossos irmãos encarnados, visivelmente confiados à devassidão, resolvessem reconsiderar o próprio caminho?!... Se voltassem à regularidade, através da renovação mental com alicerces no bem?!...<br /><br />- Ah! Isso seria ganhar tempo, recuperando a si mesmos e amparando com segurança os amigos desencarnados... Usando a alavanca da vontade, atingimos a realização de verdadeiros milagres... Entretanto, para isso, precisariam despender esforço heróico.<br /><br />Observando os beberrões, cujas taças eram partilhadas pelos sócios que lhes eram invisíveis, Hilário recordou:<br /><br />- Ontem, visitamos um templo em que desencarnados sofredores se exprimiam por intermédio de criaturas necessitadas de auxílio, e ali estudamos algo sobre mediunidade... Aqui, vemos entidades viciosas valendo-se de pessoas que com elas se afinam numa perfeita comunhão de forças inferiores... Aqui, tanto quanto lá, seria lícito ver a mediunidade em ação?<br /><br />- Sem qualquer dúvida – confirmou o orientador -; recursos psíquicos, nesse ou naquele grau de desenvolvimento, são peculiares a todos, tanto quanto o poder de locomoção ou a faculdade de respirar, constituindo forças que o Espírito encarnado ou desencarnado pode empregar no bem ou no mal de si mesmo. Ser médium não quer dizer que a alma esteja agraciada por privilégios ou conquistas feitas. Muitas vezes, é possível encontrar pessoas altamente favorecidas com o dom da mediunidade, mas dominadas, subjugadas por entidades sombrias ou delinqüentes, com as quais se afinam de modo perfeito, servindo ao escândalo e à perturbação, em vez de cooperarem na extensão do bem. Por isso é que não basta a mediunidade para a concretização dos serviços que nos competem. Precisamos da Doutrina do Espiritismo, do Cristianismo Puro, a fim de controlar a energia medianímica, de maneira a mobiliza-la em favor da sublimação espiritual na fé religiosa, tanto quanto disciplinamos a eletricidade, a benefício do conforto na Civilização.<br /><br />Nisso, Áulus relanceou o olhar pelos aposentos reservados mais próximos, qual se já os conhecesse, e, fixando certa porta, convidou-nos a atravessa-la.<br /><br />Seguimo-lo, ombro a ombro.<br /><br />Em mesa lautamente provida com fino conhaque, um rapaz, fumando com volúpia e sob o domínio de uma entidade digna de compaixão pelo aspecto repelente em que se mostrava, escrevia, escrevia, escrevia...<br /><br />- Estudemos – recomendou o orientador.<br /><br />O cérebro do moço embebia-se em substância escura e pastosa que escorria das mãos do triste companheiro que o enlaçava.<br /><br />Via-se-lhes a absoluta associação na autoria dos caracteres escritos.<br /><br />A dupla em trabalho não nos registrou a presença.<br /><br />- Neste instante – anunciou Áulus, atencioso -, nosso irmão desconhecido é hábil médium psicógrafo. Tem as células do pensamento integralmente controladas pelo infeliz cultivador de crueldade sob a nossa vista. Imanta-se-lhe à imaginação e lhe assimila as idéias, atendendo-lhe aos propósitos escusos, através dos princípios da indução magnética, de vez que o rapaz, desejando produzir páginas escabrosas, encontrou quem lhe fortaleça a mente e o ajude nesse mister.<br /><br />Imprimindo à voz significativa expressão, ajuntou:<br /><br />- Encontramos sempre o que procuramos ser.<br /><br />Finda a breve pausa que nos compelia à reflexão, Hilário recomeçou:<br /><br />- Todavia, será ele um médium na acepção real do termo? Será peça ativa em agrupamento espírita comum?<br /><br />- Não. Não esta sob qualquer disciplina espiritualizante. É um moço de inteligência vivaz, sem maior experiência da vida, manejada por entidades perturbadoras.<br /><br />Após inclinar-se alguns momentos sobre os dois, o instrutor elucidou com benevolência:<br /><br />- Entre as excitações do álcool e do fumo que saboreiam juntos, pretendem provocar uma reportagem perniciosa, envolvendo uma família em duras aflições. Houve um homicídio, a cuja margem aparece a influência de certa jovem, aliada às múltiplas causas em que se formou o deplorável acontecimento. O rapaz que observamos, amigo de operoso lidador da imprensa, é de si mesmo dado à malícia e, com a antena mental ligada para os ângulos mais desagradáveis do problema, ao atender um pedido de colaboração do cronista que lhe é companheiro, encontrou, no caso de que hoje se encarrega, o concurso de ferrenho e viciado perseguidor da menina em foco, interessado em exagerar-lhe a participação na ocorrência, com o fim de martelar-lhe a mente apreensiva e arroja-la aos abusos da mocidade...<br /><br />- Mas como? – indagou Hilário, espantadiço.<br /><br />- O jornalista, de posse do comentário calunioso,,será o veículo de informações tendenciosas ao público. A moça ver-se-á, de um instante para outro, exposta às mais desapiedadas apreciações, e decerto se perturbará, sobremaneira, de vez que se lhe define a colaboração no crime. O obsessor, usando calculadamente o rapaz com quem se afina, pretende alcançar o noticiário de sensação, para deprimir a vida moral dela e, com isso, amolecer-lhe o caráter, trazendo-a, se possível, ao charco vicioso em que ele jaz.<br /><br />- E, conseguirá? – insistiu meu colega, assombrado.<br /><br />- Quem sabe?<br /><br />E, algo triste, o orientador acrescentou:<br /><br />- Naturalmente a jovem teria escolhido o gênero de provações que atravessa, dispondo-se a lutar, com valor, contra as tentações.<br /><br />- E se não puder combater com a força precisa?<br /><br />- Será mais justo dizer "se não quiser", por que a Lei não nos confia problemas de trabalho superiores à nossa capacidade de solução. Assim, pois, caso não delibere guerrear a influência destrutiva, demorar-se-á por muito tempo nas perturbações a que já se encontra ligada em princípio.<br /><br />- Tudo isso por que?<br /><br />A pergunta de Hilário pairou no ar por aflitiva interrogação, todavia, Áulus asserenou-nos o ânimo, elucidando:<br /><br />- Indiscutivelmente, a jovem e o infeliz que a persegue estão unidos um ao outro, desde muito tempo... Terão estado juntos nas regiões inferiores da vida espiritual, antes da reencarnação com que a menina presentemente vem sendo beneficiada. Reencontrando-a na experiência física, de cujas vantagens ainda não partilha, o desventurado companheiro tenta incliná-la, de novo, à desordem emotiva, com o objetivo de explora-la em atuação vampirizante.<br /><br />Áulus fez ligeiro intervalo, sorriu melancólico e acentuou:<br /><br />- Entretanto, falar nisso seria abrir as páginas comoventes de enorme romance, desviando-nos do fim que nos propomos atingir. Detenhamo-nos na mediunidade.<br /><br />Buscando aliviar a atmosfera de indagações que Hilário sempre condensava em torno de si mesmo, ponderei:<br /><br />- O quadro sob nossa análise induz à meditação nos fenômenos gerais de intercâmbio em que a Humanidade total se envolve sem perceber...<br /><br />- Ah! Sim! – concordou o orientador – faculdades medianímicas e cooperação do mundo espiritual surgem por toda parte. Onde há pensamento, há correntes mentais e onde há correntes mentais existe associação. E toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí concluímos quanto à necessidade de vida nobre, a fim de atrairmos pensamentos que nos enobreçam. Trabalho digno, bondade, compreensão fraterna, serviço aos semelhantes, respeito à Natureza e oração constituem os meios mais puros de assimilar os princípios superiores da vida, porque damos e recebemos, em espírito, no plano das idéias, segundo leis universais que não conseguiremos iludir.<br /><br />Em silencioso gesto com que nos recordava o dever a cumprir, o Assistente convidou-nos à retirada.<br /><br />Retomamos a via pública.<br /><br />Mal recomeçávamos a avançar, quando passou por nós uma ambulância, em marcha vagarosa, sirenando forte para abrir caminho.<br /><br />À frente, ao lado do condutor, sentava-se um homem de grisalhos cabelos a lhe emoldurarem a fisionomia simpática e preocupada. Junto dele, porém, abraçando-o com naturalidade e doçura, uma entidade em roupagem lirial lhe envolvia a cabeça em suaves e calmantes irradiações de prateada luz.<br /><br />- Oh! – inquiriu Hilário, curioso – quem será aquele homem tão bem acompanhado?<br /><br />Áulus sorriu e esclareceu:<br /><br />- Nem tudo é energia viciada no caminho comum. Deve ser um médico em alguma tarefa salvacionista.<br /><br />- Mas, é espírita?<br /><br />- Com todo o respeito que devemos ao Espiritismo, é imperioso lembrar que a Bênção do Senhor pode descer sobre qualquer expressão religiosa – afirmou o orientador com expressivo olhar de tolerância. – Deve ser, antes de tudo, um profissional humanitário e generoso que por seus hábitos de ajudar ao próximo se fez credor do auxílio que recebe. Não lhe bastariam os títulos de espírita e de médico para reter a influência benéfica de que se faz acompanhar. Para acomodar-se tão harmoniosamente com a entidade que o assiste, precisa possuir uma boa consciência e um coração que irradie paz e fraternidade.<br /><br />- Contudo, podemos qualifica-lo como médium? – perguntou meu companheiro algo desapontado.<br /><br />- Como não? – respondeu Áulus, convicto.<br /><br />- É médium de abençoados valores humanos, mormente no socorro aos enfermos, no qual incorpora as correntes mentais dos gênios do bem, consagrados ao amor pelos sofredores da Terra.<br /><br />E, com significativa inflexão de voz, acrescentou:<br /><br />- Como vemos, influências do bem ou do mal, na esfera evolutiva em que nos achamos, se estendem por todos os lados e por todos os lados registramos a presença de faculdades medianímicas, que as assimilam, segundo a direção feliz ou infeliz, correta ou indigna em que cada mente se localiza.<br /><br />Estudando, assim, a mediunidade, nos santuários do Espiritismo com Jesus, observamos uma força realmente peculiar a todos os seres, de utilidade geral, se sob uma orientação capaz de discipliná-la e conduzi-la para o máximo aproveitamento no bem.<br /><br />Recordemos a eletricidade que, pouco a pouco, vai transformando a face do mundo. É preciso instalar, junto dela, a inteligência da usina para controlar-lhe os recursos, dinamiza-los e distribuí-los, conforme as necessidades de cada um... Sem isso, a queda dágua será sempre um quadro vivo de beleza fenomênica, com irremediável desperdício.<br /><br />O tempo, contudo, não nos permitia maior delonga na conversação e rumamos, desse modo, para um agrupamento em que os nossos estudos da véspera encontrariam o necessário prosseguimento.<br /><br />Ä Bibliografia: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Fonte Viva, Cap. 165; Martins Peralva", Estudando a Mediunidade ", Cap. 10. Livro Nos Domínios da Mediunidade Cap. 15. O Evangelho Seg. o Espiritismo" – Pág. 311. FEB, 48ª edição.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-40965081695957367422009-01-22T15:56:00.000-08:002009-01-22T15:57:37.962-08:00MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICAIntrodução:<br /><br />Que a Lei se Cumpra.<br /><br />Moises, o profeta de Israel, ensimesmara-se!<br /><br />Revia os anos em que, sob os olhos fraternais de Termutis, repletara o próprio coração de noções espirituais divinizadas, auridas de almas enobrecidas e grandiosas, e sentira o impulso de difundir aquelas preciosas intuições a todos o povos.<br /><br />No entanto, à sua volta, os homens que conduzia pelos desertos em busca da terra da Promissão, acolhiam a iniciação espiritual que lhes ofertava o legislador hebreu com um capricho de crianças.<br /><br />Indagar os mortos...<br /><br />As aspirações de seus conduzidos ainda estavam no nível do dia a dia, sem que uma luz maior lhes florescesse no intimo e, não raro, os surpreendia em colóquios impróprios com os Espíritos, aviltando o intercambio entre as duas esferas de nosso Mundo, o carnal e a espiritual.<br /><br />Nessa pratica, laços comprometedores eram criados!<br /><br />Almas enceguecidas pelo egoísmo e pelo orgulho, distante das regiões celestiais, apropriava-se dos umbrais mediúnicos e espargiam as suas fantasias e as suas afirmações malsãs, assenhoreando-se emocionalmente das criaturas que se deixavam amornar em seus trabalhos e nas lutas ásperas e edificantes e passavam, então, a aguardar que os visitantes invisíveis viessem isenta-los de seus deveres.<br /><br />Oh! Como era diverso dos templos do Egito!<br /><br />Naqueles círculos de iniciação se aspirava o Bem...<br /><br />O vento morno do deserto quebrou-lhe a reflexão.<br /><br />Sorgueu-se de alma doida.<br /><br />Olhos profundos, contudo, espelhando um ânimo inquebrantável e mente em simbiose com os Espíritos que presidiam o extraordinário amadurecimento de toda uma raça, sob o sol causticante e as noites gélidas...<br /><br />E incisivo afirmou, com sua autoridade de condutor:<br /><br />- Que ninguém interrogue os mortos para saber a verdade!<br /><br />Era um preceito de sua lei.<br /><br />Séculos mais tarde.<br /><br />O marulho de brandas ondas...<br /><br />E, no perfume das ervas orvalhadas, às margens do lago de Genesaré, que recolhia as águas do generoso rio Jordão, Jesus se destacara esclarecendo as multidões:<br /><br />Não vim destruir a Lei. Vim dar-lhe cumprimento. <br />Após a prédica, a tarde caíra serena.<br /><br />E uma noite amantilhada de estrelas que envolviam a face da Terra em meiga claridade se fizera, atapetando de cinza as veredas e escarpas por onde palmilharam os discípulos do Rabi da Galiléia, seguindo o Mestre até o Monte Tabor.<br /><br />No sopé da elevação, Jesus destacava três amigos.<br /><br />O reduzido quarteto tomara distancia dos demais, atingindo o cume do monte e, no seio da vegetação abundante e à sombra do arvoredo que se alteava juvenil em direção da abóbada celeste, adentraram em oração silenciosa.<br /><br />Tudo era expectação!<br /><br />Uma como voz lhes ciciava no âmago:<br /><br />Cumpre restabelecer a Lei. <br />E, ante os olhos atônitos dos apóstolos, Jesus se ilumina, fulgurante e belo, enluarando as suas próprias vestes e transbordando olores e magnetismo, enquanto o Espírito do próprio Moises rompe as barreiras que erguera pelo Deuteronômio separando os dois Mundos e retorna do Além para falar diretamente com Jesus e com os que o acolitavam na imortal materialização do Tabor.<br /><br />Era a maioridade espiritual de nossa Humanidade.<br /><br />As rédeas de nosso destino nos eram devolvidas, tornando-se de nosso alcance o que anteriormente se fizera conquista de apenas alguns poucos Espíritos que houveram traçado a sua ascensão em outros orbes do Universo.<br /><br />Moisés revogava o seu decreto.<br /><br />A sua lei transitória, que se cumprira na Terra enquanto éramos pequeninos de entendimento, fora inteiramente abolida pelo seu próprio autor e um novo estagio de relações espirituais se fundara entre o mundo visível e o invisível, tendo Jesus à frente, consagrando a mediunidade como uma benção divina, quando nos elevamos no Tabor de nossas existências na busca de nossos Irmãos Maiores.<br /><br />E o Espiritismo torna rediviva a mediunidade crista. (Extraído do Livro "Desenvolvimento Mediúnico" de Roque Jacinto, 2.ª Edição, Págs., 11 a 14.<br /><br /><br />Ä MEDIUNIDADE<br /><br />Acena-nos a antiguidade terrestre com brilhantes manifestações mediúnicas, a repontarem da História.<br /><br />Discípulos de Sócrates referem-se, com admiração e respeito, ao amigo invisível que o acompanhava constantemente.<br /><br />Reporta-se Plutarco ao encontro de Bruto, certa noite, com um dos seus perseguidores desencarnados, a visitá-lo, em pleno campo.<br /><br />Em Roma, no templo de Minerva, Pausânias, ali condenado a morrer de fome, passou a viver, em Espírito, monoideizado na revolta em que se alucinava, aparecendo e desaparecendo aos olhos de circunstantes assombrados, durante largo tempo.<br /><br />Sabe-se que Nero, nos últimos dias de seu reinado, viu-se fora do corpo carnal, junto de Agripina e de Otávia, sua genitora e sua esposa, ambas assassinadas por sua ordem, a lhe pressagiarem a queda no abismo.<br /><br />Os Espíritos vingativos em torno de Calígula eram tantos que, depois de lhe enterrarem os restos nos jardins de Lâmia, eram ali vistos, freqüentemente, até que se lhe exumaram os despojos para a incineração.<br /><br />Todavia, onde a mediunidade atinge culminâncias é justamente no Cristianismo nascituro.<br /><br />Toda a passagem do Mestre inesquecível, entre os homens, é um cântico de luz e amor, externando-lhe a condição de Medianeiro da Sabedoria Divina.<br /><br />E, continuando-lhe o ministério, os apóstolos que se lhe mantiveram leais converteram-se em médiuns notáveis, no dia de Pentecostes (2) Atos, 2:1 – 13, quando associados as suas forças, por se acharem "todos reunidos", os emissários espirituais do Senhor, através deles, produziram fenômenos físicos em grande cópia, como sinais luminosos e vozes diretas, inclusive fatos de psicofonia e xenoglossia, em que os ensinamentos do Evangelho foram ditados em varias línguas, simultaneamente, para os israelitas de procedências diversas.<br /><br />Desde então, os eventos mediúnicos para eles se tornaram habituais.<br /><br />Espíritos materializados libertavam-nos da prisão injusta. (3) Atos, 5:18 – 20.<br /><br />O magnetismo curativo era vastamente praticado pelo olhar (4) Atos, 3:4 – 6, e pela imposição das mãos. (5) Atos, 9:17.<br /><br />Espíritos sofredores eram retirados de pobres obsessos, aos quais vampirizavam. (6) Atos, 8:7.<br /><br />Um homem objetivo e teimoso, quanto Saulo de Tarso, desenvolve a clarividência, de um momento para outro, vê o próprio Cristo, às portas de Damasco, e lhe recolhe as instruções (7) Atos, 9:3 – 7. E porque Saulo, embora corajoso, experimenta enorme abalo moral, Jesus, condoído, procura Ananias, médium clarividente na aludida cidade, e pede-lhe socorro para o companheiro que encetava a tarefa. (8) Atos, 9:10 – 11.<br /><br />Não sòmente na casa dos apóstolos em Jerusalém mensageiros espirituais prestam contínua assistência aos semeadores do Evangelho; igualmente no lar dos cristãos, em Antioquia, a mediunidade opera serviços valiosos e incessantes. Dentre os médiuns aí reunidos, um deles, de nome Agabo (9) Atos, 11:28. Incorpora um Espírito benfeitor que realiza importante premonição. E nessa mesma igreja vários instrumentos medianímicos favorecem a produção da voz direta, consignando expressiva incumbência a Paulo e Barnabé. (10) Atos, 13:1 – 4.<br /><br />Em Tróade, o apostolo da gentilidade recebe a visita de um varão, em Espírito, a pedir-lhe concurso fraterno. (11) Atos, 16:9 – 10.<br /><br />E, tanto quanto acontece hoje, os médiuns de ontem, apesar de guardarem consigo a Benção Divina, experimentam injustiça e perseguição. Quase por toda à parte, padeciam inquéritos e sarcasmos, vilipêndios e tentações.<br /><br />Logo no inicio das atividades mediúnicas que lhes dizem respeito, vêem-se Pedro e João segregados no cárcere. Estevão é lapidado. Tiago, o filho de Zebedeu, é morto a golpes de espada. Paulo de Tarso é preso e açoitado varias vezes.<br /><br />A mediunidade, que prossegue fulgindo entre os mártires cristãos, sacrificados nas festas circenses, não se eclipsa, ainda mesmo quando os ensinamentos de Jesus passam a sofrer estagnação por impositivos de ordem política. Apenas há alguns séculos, vimos Francisco de Assis exalçando-a em luminosos acontecimentos; Lutero transitando entre visões; Teresa d’Ávila em admiráveis desdobramentos; José de Copertino levitando ante a espantada observação do papa Urbano VIII, e Swedenborg recolhendo, afastado do corpo físico, anotações de vários planos espirituais que ele próprio filtra para o conhecimento humano, segundo as concepções de sua época.<br /><br />Compreendemos, assim, a validade permanente do esforço de André Luiz, que, servindo-se de estudos e conclusões de conceituados cientistas terrenos, tenta, também aqui (12) (sobre o tema desta obra, André Luiz é o autor de outros livros, intitulado "Nos Domínios da Mediunidade"). – (Nota da Editora). Colaborar na elucidação dos problemas da mediunidade, cada vez mais inquietantes na vida conturbada do mundo moderno.<br /><br />Sem recomendar, de modo algum, a prática do hipnotismo em nossos templos espíritas, a ele recorre, de escantilhão, para fazer mais amplamente compreendidos os múltiplos fenômenos da conjugação de ondas mentais, além de com isso demonstrar que a força magnética é simples agente, sem ser causa das ocorrências medianímicas, nascidas, invariavelmente, de espírito para espírito.<br /><br />Em nosso campo de ação, temos livros que consolam e restauram, medicam e alimentam, tanto quanto aqueles que propõem e concluem, argumentam e esclarecem.<br /><br />Nesse critério, surpreendemos aqui um livro que estuda.<br /><br />Meditemos, pois, sobre suas páginas.<br /><br />Emmanuel<br /><br />Uberaba, 6 de agosto de 1959.<br /><br /> <br /><br />Ä MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA – AS VÁRIAS FASES DO FENÔMENO.<br /><br />Em todo tipo de fenômeno mediúnico ocorrem certas fases que podemos considerar como fundamentais e, dependendo da categoria do fenômeno, acontecem particularidades que lhe são próprias. Seja o fenômeno mediúnico de efeitos inteligentes, psicografia ou psicofonia, seja consciente ou inconsciente, mecânico ou intuitivo, sempre ocorre fases que podem ser esquematicamente assim estudadas:<br /><br />Ä FASE DE AFINIDADE FLUÍDICA E ESPIRITUAL:<br /><br />Antes de ocorrer um fenômeno, é o médium sondado psiquicamente para avaliar a sua capacidade vibratória, em obediência a lei da combinação fluídica. No caso em que a entidade passe a se comunicar com freqüência, surge a afinidade espiritual, que depende da posição evolutiva do espírito comunicante, e a do médium. Às vezes, dependendo do tipo de atividade mediúnica, o espírito do médium, em desdobramento natural durante o sono, dias antes do trabalho mediúnico, é levado pelos mentores espirituais a tomar contato com a entidade que deverá receber mediunicamente, para evitar choques inesperados durante a reunião, o que poderia ocasionar desequilíbrio vibratório momentâneo ou demorado, impedindo-o de alcançar os objetivos desejados. Isso ocorre com freqüência com médiuns que colaboram nos trabalhos de desobsessão.<br /><br />Ä FASE DE APROXIMAÇÃO DA ENTIDADE:<br /><br />É a seqüência natural da fase anterior, só que ocorre no recinto do trabalho mediúnico como preparação do médium para a tarefa. Pode ocorrer que antes da sessão o médium sinta a influencia espiritual, mas deverá controlar-se para evitar o transe fora de ocasião oportuna, que é a do trabalho propriamente dito. Geralmente sentirá os fluidos próprios da entidade, cabendo-lhe o trabalho de analisa-los e, conforme conhecimento anterior absorve-lo ou rechaça-los.<br /><br />Ä FASE DA ACEITABILIDADE DO ESPÍRITO COMUNICANTE PELO MÉDIUM:<br /><br />Ativamente o médium começa a vibrar, procurando se afinizar melhor com a mente do Espírito desencarnado. Manter-se-á calmo, confiante e seguro, certo de que nada de mau lhe acontecerá porque o equilíbrio do grupo é uma segurança. Sentirá os seus pensamentos serem dirigidos por uma força estranha e aos poucos terá vontade de falar ou de escrever, ou apenas ficará na expectativa de novas associações mentais; poderá se sentir diferente, como se fosse outra pessoa, ver mentalmente outros lugares, ter sensações diferentes que viverão com maior ou menor intensidade.<br /><br />Ä FASE DE INCORPORAÇÃO MEDIÚNICA:<br /><br />É falsa a idéia de que o desencarnado para se comunicar entra no corpo do médium. O que ocorre são assimilação de correntes fluídicas e mentais numa associação perfeita, denominada de sintonia vibratória. Os centros cerebrais do perispírito e os do corpo do médium são estimulados pelas forças fluídicas e mentais da entidade comunicante e quando há associação, ocorrendo então o fenômeno da "incorporação". O médium incorpora as idéias, vivencias e sentimentos da entidade comunicante e os transmite conforme a faculdade que possui (intuição, psicofonia, etc.). É natural que nessa fase o médium se sinta diferente, com sensações anormais, sudorese, amortecimentos, respiração ofegante, tremores, nervosismo, etc. O controle das reações orgânicas deverá surgir graças a confiança e a serenidade alcançadas com um bom treinamento mediúnico.<br /><br />Ä Bibliografia: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Palavras da Vida Eterna", Cap. 42; Idem, "Caminho, Verdade e Vida", Cap. 10; Martins Peralva, "Estudando a Mediunidade", Cap. 10. Livro "Desenvolvimento Mediúnico" de Roque Jacinto, 2.ª Edição, Págs., 11 a 14. Livro "Mecanismos da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz, Psicografia de Francisco Cândido Xavier, Pgs, 13 a 16. Apostila nº 06 do COEM, 16. ª Sessão de Exercício Prático".Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-18445827658680997162009-01-22T15:54:00.000-08:002009-01-22T15:56:20.234-08:00IDENTIFICAÇÃO DOS FLUÍDOSIntrodução:<br /><br /> Ä Pensamento, Sintonia e Energias.<br /><br />O ser humano é um complexo, que pode ser avaliado sobre diferentes visões: científica, religiosa, filosófica, holística, etc. Cada visão tem suas particularidades e abordagens, que enfatizam as "cores" da sua proposta ou linha de pensamento.<br /><br />No entanto, um ponto de convergência começa a se consolidar como aceito pela maioria das visões: o componente energético do ser humano, e as sua interfaces com a natureza e com os outros seres da criação.<br /><br />Com o desenvolvimento científico e os avanços tecnológicos, cada vez mais se estuda, diagnostica e teoriza sobre energias no complexo humano, como o pensamento emite energias, como se sintoniza e absorve energias do ambiente, etc.<br /><br />O espiritismo kardecista enfatiza a questão energética do ser humano, colocando o componente energético e suas relações como tão ou mais importante que o componente material (físico, orgânico).<br /><br />A base dos sistemas de auto-ajuda está na mentalização positiva, ou seja, na geração de energias positivas ao redor da pessoa.<br /><br />A natureza é um imenso oceano de vibrações e energias, onde os seres transitam, influenciando e sendo influenciado por essa torrente energética e vibratória.<br /><br />A física quântica, com suas teorias complexas e revolucionárias, traz à luz da discussão científica, o componente não material nos fenômenos da natureza, o elemento "organizador" da estrutura material e de seus fenômenos.<br /><br />As colocações que fizemos até agora visam chamar nossa atenção para a questão energética e sua influência e relações em nossa vida. Vamos abordar a questão específica dos nossos pensamentos e de nossa sintonia energética e vibratória.<br /><br />O ser humano absorve energias das mais diversas, de forma automática, e as metaboliza em sua estrutura energética, que o espiritismo denomina de perispírito. Essa absorção e metabolização fazem parte normal do funcionamento do complexo humano, ocorrendo de maneira automática, ou seja, é um processo inconsciente ou transparente, numa linguagem mais moderna, que ocorre independente da percepção ou decisão voluntária da pessoa.<br /><br />Essas energias absorvidas são constituídas das energias e vibrações do ambiente em que estamos inseridos, e se constituem de elementos presentes na natureza (como o Fluído Cósmico Universal, radiações eletromagnéticas, etc.), de fluídos (emissões energéticas de processos orgânicos ou perispirituais de outros seres da criação) e de vibrações e pensamentos advindos de outros seres humanos ou espíritos.<br /><br />A metabolização no nosso complexo transforma essas energias absorvidas em componentes específicos da nossa "circulação" energética, distribuindo estes em todo o nosso organismo físico e perispiritual, servindo como verdadeiro "alimento" para o complexo humano.<br /><br />Por ser um processo automático, a absorção de energias pelo nosso organismo está ajustado, naturalmente e automaticamente, ao padrão energético e vibratório específico do indivíduo, ou seja, ao nível vibratório correspondente ao seu estado mental e espiritual do momento.<br /><br />Isso significa dizer que as energias absorvidas pelo indivíduo são do mesmo padrão vibratório em que ele se encontra no momento, ou seja, nosso complexo energético tem uma espécie de "filtro", que deixa passar apenas as energias com as quais afinamos e sintonizamos.<br /><br />Evidentemente, um estado de desequilíbrio no nosso campo mental e espiritual, promove imediatamente um reajuste no nosso sistema energético, o que nos leva também a sintonia com determinado tipo de energia, que passará a ser "filtrada" para o nosso sistema energético, incorporando-se, pela metabolização ao sistema perispiritual e físico.<br /><br />O equilíbrio ou o desequilíbrio no campo mental e espiritual do indivíduo determina, portanto, que "qualidade" ou "tipo" de energia será absorvido por ele.<br /><br />Se estivermos equilibrados, harmonizados, vibrando no bem, nosso "filtro" promove a absorção de boas energias, correspondentes ao nosso "patamar vibratório", bloqueando a absorção de padrões energéticos "ruins".<br /><br />Se estivermos desequilibrados, desarmonizados, invigilante com nossos pensamentos, nosso patamar vibratório se ajusta com energias "ruins", e nosso filtro bloqueia a absorção das energias boas e promove a assimilação de energias desequilibradas.<br /><br />É fácil deduzir que se absorvemos um determinado padrão energético, com uma certa "qualidade", seja ela positiva (boa) ou negativa (ruim), a metabolização dessas energias produz componentes energéticos de qualidade similar, que se distribuem pelo nosso organismo físico e perispiritual, afetando-o com a qualidade inerente ao tipo e qualidade da energia absorvida.<br /><br />Também podemos inferir que o padrão vibratório/energético absorvido, uma vez metabolizado em nosso complexo perispirítico, reforça o estado vibratório (patamar) que permitiu sua absorção, ou seja, reforçamos o estado de equilíbrio ou desequilíbrio em que nos encontramos. Por isso é necessária a vigilância constante sobre nossa sintonia mental/espiritual, para que não nos deixemos levar pelos pensamentos inadequados, pelas vibrações negativas, pelos sentimentos menos dignos, pelas emoções descontroladas, pois isso permitirá que iniciemos um processo de absorção de energias negativas, que por sua vez reforçam nosso estado de desequilíbrio, o que pode, em persistindo esta situação, colocar-nos em contato com seres desequilibrados, causar-nos doenças e desequilíbrios físicos, psíquicos e espirituais.<br /><br />Em contrapartida, a vigilância para que nosso pensamento, nossa sintonia permaneça sempre elevada, voltada à prática do bem, do amor e da caridade, permite que, constantemente, fiquemos sintonizados e absorvendo as energias equilibradas, o que reforça nosso equilíbrio e bem estar físico, psíquico e espiritual, trazendo a sensação agradável de estar em sintonia com energias elevadas. Esse é o retorno, a recompensa imediata de quem pratica o amor e a caridade. Traz o prazer em se praticar o bem.<br /><br />Ao entender estes mecanismos, podem afirmar que é muito importante que busquemos, com um esforço constante, com muita consciência, uma mentalização positiva para o nosso foco mental, para os nossos pensamentos, em todas as etapas e momentos de nossa vida, em casa, no trabalho, no lazer, no trânsito..., De modo a garantir a sintonia com um patamar energético mais elevado, com a conseqüente absorção e metabolização de energias benéficas e reforçadoras de nosso comportamento no caminho do bem.<br /><br />De outra forma, deve ser evitado que nosso foco mental vague em paragens menos dignas. Temos que zelar para que nosso pensamento não seja direcionado para as coisas negativas e destruidoras. Não devemos focar a negatividade, os problemas, as inconformidades, nem sintonizar com a desgraça, pois nesse caso nos comportaremos como urubus, que voam alto apenas para focalizar a carniça, para dela se alimentar.<br /><br />Pensamento no bem, pensamento calmo, pensamento positivo, pensamento criador, foco no amor e na caridade. Esse é o caminho da mentalização, da sintonia e da absorção das boas energias. Lembremo-nos que as palavras expressam pensamentos. Que saiam de nossas bocas as boas palavras e de nosso coração as boas atitudes.<br /><br />Devemos sempre ter em mente que a energização que nos envolverá, depende, em cada instante, apenas de nossa atitude mental, e que na aplicação prática de nossa vida, a ligação com o alto se faz na aplicação das boas virtudes, com o exercício constante do bem, seja em que atividade estiver.<br /><br />Nosso bem estar depende apenas de nós mesmos.<br /><br /> Ä NOÇÕES SOBRE FLUIDOS – EXTERIORIZAÇÃO<br /><br />Todos vivemos em um universo constituído de partículas, raios e ondas que não conseguimos perceber normalmente.<br /><br />A própria matéria é constituída de pequenas porções chamados átomos, que são tão pequenas que não podem ser vistas.<br /><br />Mas, mesmo assim, sabemos que a matéria compacta que conhecemos e que compõe uma cadeira, uma mesa, um papel, etc., é formada pela união dessas partículas. Elas não são imóveis, pelo contrario, a velocidade intensa que as anima, faz com que pareçam estar em muitos lugares ao mesmo tempo, dando aos nossos sentidos, a impressão de continuidade da matéria (lembrar as pás de um ventilador desligado, quando então se pode passar os dedos entre elas, pelos espaços vazios, o que não se consegue quando o aparelho está ligado).<br /><br />Estamos imersos em um mundo de matéria sutilizada, refinada, invisível, porém, real, e que tem como fonte primeira, uma substancia que é denominado Fluido Cósmico Universal (FCU), que dá todas as formas materiais já conhecidas e, provavelmente, muitas outras que ainda nos são desconhecidas, e também a energia nas variadas formas em que se manifesta.<br /><br />Os fluidos nada mais são que formas energéticas dessa substancia primordial que o perispírito automaticamente absorve do meio ambiente, transforma de acordo com o padrão vibratório espiritual em que se encontra e irradia em redor de si formando uma verdadeira esteira psíquica ou hálito mental.<br /><br />Os fluidos estão sujeitos a impulsão da mente do Espírito, quer encarnado ou desencarnado; o pensamento e as emoções dão-lhes uma determinada estrutura de maior ou menor densidade, conforme a pureza ou harmonia com que são emitidos. Quanto mais elevados são os pensamentos e as emoções, os fluidos são mais harmônicos, agradáveis, luminosos, saudáveis. Quanto mais inferiores, mais desarmônicos, desagradáveis, doentios.<br /><br />Constantemente estamos irradiando de nós o que realmente somos, e impregnando com esse fluido particular as coisas, o ambiente, os objetos e influindo sobre as pessoas que aceitam e assimilam essa energia.<br /><br />Educando o nosso pensamento, podemos irradiar uma quantidade maior de fluidos de qualidade superior, que metabolizamos com a nossa mente. Daí, a importância de mantê-la sempre em estado de elevação.<br /><br /> Ä IDENTIFICAÇÃO DE FLUIDOS – PERCEPÇÃO E ANÁLISE.<br /><br />Estamos mergulhados em uma atmosfera fluídica da qual absorvemos automaticamente energias que metabolizamos dando-lhes características particulares.<br /><br />Assim é que cada um de nós vive na atmosfera psíquica que cria e recebe na proporção exata do que tenha semeado.<br /><br />Todavia, é preciso salientar que não vivemos isolados, e sim que agimos e reagimos uns sobre os outros. Essa ação, porém, se subordina a lei de afinidade segunda a qual os semelhantes se atraem e os contrários se repudiam.<br /><br />No fenômeno mediúnico, durante o transe, ocorre uma exteriorização mais ou menos acentuada do perispírito do médium, ampliando-lhe percepções que se acham atenuadas em face do maior estreitamento vibratório que o corpo físico condiciona. O médium nesse estado tem uma percepção mais acurada e sente em todo o seu corpo, uma sensação de maior vibratilidade, conseguindo entrar em contacto com os Espíritos pela associação das correntes fluídicas, identificar-lhes a intenção sentir-lhes o "peso especifico", sabendo que este tanto maior será quanto mais grosseiros e desagradáveis forem os fluidos.<br /><br />Os fluidos projetados de uma pessoa combinam-se com os de outras e com os dos Espíritos presentes, formando assim o ambiente fluídico local, que pode ser percebido pelo médium que está com seus sentidos mais aguçados.<br /><br />A prática ensina aos médiuns como devem diferenciar os vários tipos de Espíritos, segundo os fluidos que lhes são particulares. De uma forma geral, são as seguintes sensações que diferenciam os bons e elevados dos maus e atrasados: Os bons irradiam em torno de si fluidos leves, agradáveis, suaves, calmos, harmônicos e o médium tem uma sensação de bem-estar geral e euforia espiritual, podendo, então, se entrar na faixa mental do Espírito, perceber-lhe as idéias, intenções e sentimentos. Os maus irradiam em torno de si fluidos pesados, desagradáveis, fortes, violentos, desarmônicos e o médium tem uma sensação de mal-estar geral, ansiedade, desassossego, nervosismo, cabeça pesada, pálpebras chumbadas, bocejos freqüentes e arrepios.<br /><br />O médium em desenvolvimento, após a concentração e a prece, ficará em atitude passiva, relaxada física e psiquicamente, procurando se colocar em condições de perceber o ambiente espiritual e o de alguma entidade que porventura dele se aproxime, analisando os efeitos dessa influencia, a ela se associando ou rechaçando.<br /><br /> <br /><br /> Ä TIPOS DE FLUIDOS – FORMA DE ABSORVÊ-LOS OU RECHAÇÁ-LOS<br /><br />Os fluidos se diferenciam de acordo com a condição espiritual de quem os emite ou de acordo com o tipo de ação que a mente sobre eles impõe.<br /><br />As mais variadas categorias de fluidos existem, pois cada uma servindo como vestimenta dos sentimentos, pensamentos e ações de cada um de nós.<br /><br />De acordo com a freqüência vibratória em que eles se situam, no plano espiritual e para os videntes encarnados, se apresentam em cores com os mais variados matizes, cada uma delas significando determinados sentimentos predominantes. Cores escuras, fortes e violentas, sentimentos maus e agressivos; cores suaves, alegres e brilhantes, sentimentos elevados.<br /><br />Cada um de nós é um dinamopsiquismo emissor e receptor permanente; daí, não apenas recebemos influencias dos outros, mas também sobre eles mantemos as nossas influenciações.<br /><br />Quando estamos em situação favorável, mediunicamente falando, isto é, com parcial ou total exteriorização do nosso perispírito, percebemos os fluidos emitidos por uma entidade ou ambientes, a eles nos associando ou não, dependendo do nosso padrão vibratório. Se vibrarmos na mesma faixa ou padrão, reforçamos as vibrações recebidas e estabelecemos o que se chama de sintonia vibratória, graças ao fenômeno da afinidade. Para tanto, concorrem, não só o nosso estado espiritual como a movimentação de nossa vontade no sentido de aceitar e concordar com a tonalidade vibratória recebida, reforçando-a. Estamos, pois, diante de um fenômeno de absorção fluídica em que os afins se atraem e se somam. Assim, se estivermos em um ambiente onde imperam fluidos de natureza grosseira e inferior, e começarmos a emitir pensamentos infelizes, fatalmente entraremos na mesma faixa vibratória. Se, no entanto, o ambiente estiver saturado de fluidos de natureza superior, de acordo com o nosso padrão vibratório, podemos ou não, perceber-lhes a existência e sentir-lhes a influencia, podendo no caso positivo, absorve-los se nos elevarmos até a faixa vibratória que lhes é própria às custas de bons pensamentos, boas idéias, bons sentimentos.<br /><br />O rechaçamento se faz automaticamente ou voluntariamente, lembremos que força contraria se repelem.<br /><br />Notar a diferença que há entre perceber e absorver, isto porque, no primeiro caso, atua o médium como passivo, apenas percebendo as vibrações em derredor, dentro de um certo limite, é bem verdade; e no caso de absorção, ele não apenas percebe, como atrai para si a corrente fluídica através da graduação que dá à sua mente pela força da sua vontade.<br /><br />Assim cada médium recebe de acordo com as suas obras, segundo o preceito evangélico, não havendo privilégios nem esquecimentos na Lei de Justiça e Harmonia Supremas.<br /><br /><br /> Ä Bibliografia:<br /><br />Carlos Augusto Parchen Dezembro de 2000 Centro Espírita Luz Eterna – CELE. 13.ª sessão de exercício prático do Coem - Emmanuel, psicografia de Francisco C. Xavier "Seara dos Médiuns" Cap. 38; André Luiz, "Nos Domínios da Mediunidade (introdução)" - 14.ª sessão de exercício prático do Coem. - Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Seara dos Médiuns, Pág. 205(IMÃ0); Roque Jacinto", Desenvolvimento Mediúnico, Cap. 14. - 15.ª sessão de exercício prático do Coem - Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, "Fonte Viva", Caps. 86 e 117; Allan Kardec, "A Gênese", Cap. XIV.<br /><br /> Ä BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA<br /><br />A Gênese – Allan Kardec. Cap. XIV<br />O Livro dos Espíritos – Allan Kardec. Perguntas 27 e 427.<br />O Livro dos Médiuns – Allan Kardec. Perguntas 74 e 98.<br />A Alma é Imortal – Gabriel Dellane, páginas 226, 232, 284, 289.<br />Evolução em Dois Mundos – Páginas 19 e 95.<br />Depois da Morte – Leon Denis. Páginas 51, 52, 153 e 207.<br />Mecanismos da Mediunidade – Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Páginas 35 e158.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-2247584346400154712009-01-22T15:52:00.000-08:002009-01-22T15:54:29.401-08:00FLUÍDOSIntrodução:<br /><br />Segundo a Doutrina Espírita, nós somos constituídos de uma natureza ternária: Espírito, Perispírito (Corpo Espiritual) e corpo Físico. A matéria mais densa do complexo humano (corpo físico) é animada pelo fluido vital diferenciado-a da matéria inerte. Nosso Perispírito é constituído de energias e fluidos, resultantes do processo de absorção e metabolização, realizada pelos centros de forças. De conformidade com nosso estado de maior ou menor equilíbrio físico e espiritual, vamos emitir nossa atmosfera psíquica que é o conjunto de vibrações, fluidas e energias características da qualidade de nossos pensamentos e sentimentos.<br /><br /> Ä Exteriorização e Atmosfera Psíquica.<br /><br />O Espírito André Luiz no Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier de nome "Mecanismo da Mediunidade" (Cap. IV), esclarece sobre o "hálito mental..." Articulando, ao redor de si mesma, as radiações das energias funcionais das agregações celulares do campo físico ou do psicossomático, a alma encarnada ou desencarnada está envolvida na própria aura ou túnica de forças eletromagnéticas, em cuja tessitura circulam as irradiações que lhe são peculiares. Contém elas as essências e imagens que lhes configura os desejos do mundo íntimo, em processo espontâneo de auto-exteriorização, atuando sobre os que com ela se afinem e recolhendo atuação dos simpáticos.(Pg.85). Sempre que pensamos, expressando o campo íntimo na ideação e na palavra, na atitude e no exemplo, criamos formas-pensamentos ou imagens-moldes que arrojamos para fora de nós, pela atmosfera psíquica que nos caracteriza a presença. (Pg.86).<br /><br /> Ä Lei de Sintonia.<br /><br />Sintonia significa entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência. Sintonia é um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando à base de vibrações. A lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida. Contamos com as entidades e núcleos de pensamentos, com os quais nos colocamos em sintonia. O pensamento é idioma universal, compreendendo-se que o cérebro ativo é um centro de ondas em movimento constante, estamos sempre em correspondência com o objeto que nos prende a atenção.<br /><br />Recebemos variados apelos nascidos do campo mental de todas as inteligências encarnadas e desencarnadas que se afinizam conosco, tentando influenciar-nos através das ondas inúmeras dos diferentes pensamentos. Em relação à mediunidade, devemos ressaltar a questão de sintonia. "Atraímos os Espíritos que se afinizam conosco, tanto quanto somos por eles atraídos; e se é verdade que cada um de nós sòmente pode dar conforme o que tem, é indiscutível que cada um recebe de acordo com aquilo que dá". (Livro Nos Domínios da Mediunidade).<br /><br /> Ä Percepção e Absorção Fluídica.<br /><br />"Pensamentos de crueldade, revolta, tristeza, amor compreensão, esperança ou alegria teriam natureza diferenciada, com características e pesos próprios, adensando a alma ou sutilizando-a, além de lhe definirem as qualidades magnéticas".<br /><br />A organização do complexo mediúnico funciona como um aparelho receptor nos domínios da radiofonia. A emissão mental condensa o pensamento e a vontade do emissor e envolve o médium em profusão de raios que lhe alcançam o campo interior, primeiramente pelos poros, que são miríades de antenas. Essas expressões apóiam-se nos centros do corpo espiritual, que funcionam como condensadores e atingem o sistema nervoso.<br /><br />O cérebro onde se processam as ações e reações mentais, que determinam vibrações criativas, através do pensamento ou palavra. Tais estímulos se expressam ainda pelo mecanismo das mãos e dos pés, sentidos e órgãos que trabalham como condutores transformadores e analistas, sob o comando da mente ". (Livro Nos Domínios da Mediunidade)".<br /><br />Os pensamentos agem e reagem uns sobre os outros, através de incessante corrente de assimilação e o intercâmbio de alma para alma é constante e obrigatório.<br /><br />"Todos respiramos num oceano de ondas mentais, com o impositivo de ajusta-las em beneficio próprio. Vasto mar de vibrações permitidas. Emitimos forças e recebemo-las. O pensamento vige na base desse inevitável sistema de trocas".<br /><br />Querendo ou não, afetamos os outros e os outros nos afetam, pelo mecanismo das idéias criadas por nós mesmos. Daí o imperativo de compreensão, simpatia, aprovação e apoio que todos carecemos, para que a tranqüilidade nos sustente e equilíbrio a fim de que possamos viver proveitosamente."(Livro – Sinal Verde – Espírito André Luiz – Introdução)".<br /><br />Durante processo mediúnico, através da expansão perispiritual o médium ampliará suas capacidades receptivas e poderá perceber as emissões do hálito mental de um espírito comunicante. Essa percepção acontece no processo da sintonia e da interpenetração dos respectivos perispírito. Feito esse contato, o médium poderá analisar e fazer o reconhecimento da atmosfera fluídica da entidade, estabelecendo sua qualidade.<br /><br />Para atingir esse reconhecimento o médium procura sentir o que as emanações fluídicas contêm de pensamentos, sentimentos e sensações.<br /><br />Após analise e reconhecimento dos fluidos emitido pelo espírito comunicante, haverá o prosseguimento ou não do processo de comunicação mediúnica. "Há um fluxo de energia da entidade comunicante e do médium, associado valores de diferentes potenciais".<br /><br />Estabelece-se um fio condutor de um para o outro que representa o pensamento de aceitação ou adesão do médium, a corrente mental atinge o necessário equilíbrio entre ambos, anulando-se a diferença existente pela integração das forças conjuntas em clima de afinidade ". (Livro Mecanismo da Mediunidade – Espírito André Luiz cap. IV pg. 51,)".<br /><br />Para a continuidade de semelhante comunicação é imprescindível conservar o pensamento constante de aceitação ou adesão da personalidade mediúnica.<br /><br />"Afirmamos que existe capacidade de afinização entre um Espírito e outro, quando a ação de plasmagem e projeção da matéria mental na entidade comunicante for mais ou menos igual à ação de receptividade e expressão na personalidade mediúnica".<br /><br />Se o nosso padrão vibratório estiver na mesma freqüência do comunicante, reforçaremos as vibrações recebidas, estabelecendo a sintonia vibratória, possibilitada através da afinidade.<br /><br />Voluntariamente o médium procura se envolver pelos fluidos e vibrações do Espírito, procurando assimilar o conteúdo de seus pensamentos, emoções e sentimentos, a eles se associando e não oferecendo oposição. No processo de absorção fluídica o médium atrai para si a corrente fluídica ampliando sua receptividade.<br /><br /> Ä Rejeição dos Fluidos.<br /><br />Após a percepção dos fluidos e energias emanadas de entidade comunicante, o médium decidirá, de acordo com os propósitos da reunião, dar continuidade ao processo de comunicação mediúnica, ou poderá optar pela interrupção do mesmo.<br /><br />Se a decisão for favorável à interrupção, o médium deverá rejeitar e rechaçar esses fluidos e vibrações do espírito, colocando-se numa postura de impedimento a que eles se misturam aos seus. Para conseguir atingir o rechaçamento, utilizemos a nossa vontade e buscamos direcionar nossa concentração para outro objetivo que possa beneficiar os envolvidos na reunião. O Mentor Espiritual de Francisco Cândido Xavier, Emmanuel em seu livro Roteiro, adverte ao médium espírita: "É, no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão Espírito a Espírito".<br /><br />Daí procede à necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e fé ativa, se pretendemos conservar o contato com os Espíritos Superiores. Para atingir tão alto objetivo é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização mental, no infinito bem e segui-lo sem recuar "".<br /><br /> <br /><br />Ä Noções Sobre Fluidos – Exteriorização.<br /><br />Identificação dos Fluidos – Percepção e Analise.<br /><br /> Fluido Cósmico Universal – Na questão de número 27(vinte e sete) de "O Livro dos Espíritos", nos encontramos a afirmação dos Espíritos de que Deus, Espírito e matéria constituem o principio de tudo o que existe, formando a trindade universal. "Mas, ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre ela".<br /><br />O fluido universal é um elemento material se distinguindo por propriedades especiais. É fluido, estando colocado entre matéria e Espírito, e é suscetível de produzir inúmeras combinações sob a ação do Espírito. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar é o agente de que o Espírito se utiliza, é o principio sem o qual a matéria estaria em perpetuo estado de divisão.<br /><br />De acordo com a questão de número 79 (setenta e nove) da obra anteriormente citada (Livro dos Espíritos), existem dois elementos gerais no Universo: O elemento inteligente e o elemento material. Os Espíritos são a individualização do principio inteligente, e os corpos são a individualização do principio material.<br /><br />Nós somos, portanto, formados por um principio inteligente (Espírito); principio material (Corpo Físico), e por um principio fluídico (Perispírito). O corpo carnal tem seu principio de origem nesse mesmo fluido condensado e transformado em matéria tangível. No capitulo do livro "A Gênese" que trata dos fluidos, e esclarecido: "Como principio elementar do Universo, o Fluido Universal assume dois estados: o de eterização imponderabilidade e o de materialização ou ponderabilidade. O ponto intermédio é o da transformação deste em matéria tangível". A cada um desses estados ocorrem fenômenos especiais: fenômenos materiais (ciência propriamente dita) e os fenômenos espirituais ou psíquicos, porque se ligam à existência dos Espíritos. No contato incessante da vida espiritual e corporal os fenômenos das duas categorias se produzem simultaneamente.<br /><br />"No estado de eterização, o fluido cósmico não é uniforme, sem deixar de ser etéreo, sofre modificações mais numerosas talvez que no estado de matéria tangível".<br /><br />Essas modificações constituem fluidos distintas dotados de propriedades especiais e propiciam a ocorrência dos fenômenos do mundo invisível. Esses fluidos tem para os Espíritos, uma aparência tão material quanto os objetos tangíveis para os encarnados. Eles o elaboram e combinam para produzirem determinados efeitos. Entre os elementos fluídicos do mundo espiritual há os que estão mais intimamente ligados à vida corpórea e de certa forma, pertencem ao meio terrenos.<br /><br />O ponto de partida do fluido universal é o de pureza absoluta e o ponto oposto é sua transformação em matéria tangível. Entre esses dois extremos dão-se inúmeras transformações. Os menos puros e mais próximos da materialidade compõem a atmosfera espiritual da Terra, onde os Espíritos que aqui vivem haurem os elementos para sua existência.<br /><br /> Ä O Perispírito.<br /><br />O Espírito extrai seu perispírito dos fluidos ambientes, resultando elementos constitutivos variados conforme os mundos que habite.<br /><br />O envoltório perispiríticos de um Espírito se modifica com o progresso moral que este realiza em cada encarnação. É ele o intermediário de todas as sensações que o Espírito recebe, possibilitando a este interagir com a natureza. É o elo entre a alma e o corpo, continuando a envolver o Espírito após a desencarnação.<br /><br />Os fluidos perispirituais são oriundos da metabolização automática das energias e fluidos do local onde o Espírito se encontra. Devido à sua natureza semimaterial, ele interliga o plano material e o plano espiritual, ajustando-se a cada um deles.<br /><br />Os fluidos perispirituais interagem facilmente com o fluido Universal, podendo absorver e fundir-se com outras formas de energias e de matéria, através da ação do pensamento e da vontade. Quando encarnado, o perispírito conserva as mesmas propriedades do perispírito do desencarnado, apenas ficando limitado pela ligação com o corpo físico (menor freqüência vibratória). (A Gênese – Cap. XIV).<br /><br />De acordo com Djalma Motta Argollo em seu livro "Possibilidades Evolutivas – Cap. VI", O Perispírito é um complexo energético onde se encontram os mecanismos responsáveis por todas as funções orgânicas, desde a seleção dos princípios hereditários até à organização da célula ovo, e seu desenvolvimento num organismo complexo". Nele estão radicados os centros funcionais que dirigem e controlam as emissões do inconsciente profundo, geradoras das funções fisiopsíquicas dos seres vivos.<br /><br />A evolução biológica é resultante da interação entre perispírito e matéria, através dos milênios, que nele fixou reflexos condicionados responsáveis pela estrutura e gerenciamento do complexo orgânico. O perispírito é o veiculo onde são gravados os resultados do processo evolutivo do homem, isto é, o fruto das interações dos seres com o meio ambiente em sua globalidade.<br /><br />As atividades do perispírito abrangem, a dimensão psicológica, sendo responsável pelo automatismo fisiológico, registrando os fatos de ordem psíquica, como a memória, e os inconscientes passado e atual, em fim todos os processos mentais.<br /><br />O perispírito se coloca como mediador entre Espírito e matéria, facultando o tráfego entre as duas outras dimensões por um complexo energético diferenciado. O perispírito apresenta assim uma dualidade funcional: é quase material e quase imaterial simultaneamente. Experiências demonstraram que o corpo fluídico é formado por níveis energéticos diferenciados que se distribuem, em densidade crescente, do Espírito ao corpo. Esses diversos níveis energéticos mostram uma condensação progressiva, vinculada entre si. Quem vive numa dimensão, na verdade está encarnado nela, mas ao mesmo tempo vive em uma dimensão superior.<br /><br />Devido à expansibilidade do perispírito acontecem os fenômenos mediúnicos, graças a essa propriedade, amplia-se a sensibilidade do médium, seu campo de percepção, permitindo um registro mais apurado da presença e do pensamento do Espírito comunicante.<br /><br />As particularidades dessas manifestações guardam relação com a estrutura psíquica da cada médium, sua constituição orgânica e sua historia espiritual.<br /><br /> Ä Ação dos Espíritos sobre os Fluidos.<br /><br />Segundo Leon Denis em "O Problema do Ser, do Destino e da Dor" (Cap. XXIV – Pg. 355).<br /><br />"O pensamento é criador. Não atua sòmente em roda de nós, influencia nossos semelhantes para o bem ou para o mal; atua principalmente em nós, gera nossas palavras, nossas ações e com ele, construímos, dia a dia, o edifício grandioso ou miserável de nossa vida presente e futura".<br /><br />É através do pensamento e da vontade que os Espíritos atuam sobre os fluidos, aglomerando-os, combinando-os, dispersando-os, mudando suas propriedades. Essas modificações resultam de uma intenção ou expressam pensamentos inconscientes.<br /><br />De acordo com as nossas disposições mentais, nossas emanações serão mais ou menos intensas e amplas, sendo à vontade que determina as propriedades especiais. Essas radiações formam em torno de nós, camadas concêntricas que constituem uma espécie de atmosfera fluídica, chamada de psicosfera humana.<br /><br />É também através do pensamento que os Espíritos se fazem visíveis com a aparência que possibilite seu reconhecimento por parte dos encarnados. Ele cria ainda, fluidicamente, os objetos que habitualmente usara. O pensamento cria imagens fluídicas se refletindo como num espelho, no envoltório perispiríticos.<br /><br /> Ä Qualidade dos Fluidos.<br /><br />Com a natureza dos nossos pensamentos e sentimentos, nós qualificamos os fluidos. Os fluidos que envolvem os Espíritos maus são viciados e os que recebem as influencias dos bons Espíritos, são tão puros como o grau de perfeição moral que eles alcançaram. Essa variedade de bons e maus fluidos é tão grande, como a diversidade dos pensamentos. Os fluidos adquirem as qualidades no meio onde se elaboram, pois são o veiculo do pensamento que modifica suas propriedades. Sob o ponto de vista moral, os fluidos trazem características dos sentimentos de ódio, de inveja, de ciúme, de orgulho, de egoísmo, de violência, de bondade, de amor, de caridade, de doçura, etc...<br /><br />Sob o aspecto físico, são excitantes, calmantes, irritantes, tóxicos, narcóticos, dulcificantes, reparadores, etc...<br /><br />A qualificação dos fluidos é determinada por todas as paixões, virtudes e vícios da humanidade.<br /><br />Da mesma forma que os desencarnados, os encarnados saneiam ou viciam os fluidos ambientes conforme seus pensamentos sejam bons ou maus.<br /><br />O perispírito recebe de forma direta e contínua a impressão dos pensamentos do Espírito e só se modificara com a transformação deste.<br /><br />Segundo "A Gênese" (Cap. XIV – pg.285). O perispírito dos encarnados tem natureza idêntica à dos fluidos espirituais e por isso pode assimila-los com facilidade, especialmente por ocasião de sua expansão e irradiação.<br /><br />Os fluidos atuam sobre o perispírito e este sobre o organismo material a que se liga molécula a molécula. Se os eflúvios são de boa natureza, o corpo recebe uma impressão salutar, se são má, a impressão e penosa, podendo até ocasionar enfermidades.<br /><br />Nas reuniões públicas são produzidos os mesmos efeitos: pensamentos bons causam satisfação e bem estar, pensamentos maus causam ansiedade e mal-estar.<br /><br />Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, nosso ser impregna-se das luzes do nosso pensamento. Se nosso pensamento é inspirado por maus desejos, pela paixão, pelo ciúme, pelo ódio, pela inveja, as imagens acumulam-se em nosso perispírito, renovando-se somente quando modificarmos o modo de pensar e agir.<br /><br /> Ä Psicosfera ou "Hálito Mental".<br /><br />"Os nossos pensamentos criam o fenômeno psíquico do" hálito mental ", equivalente à natureza das forças que emitimos ou assimilamos. Temos, então, um" hálito mental "desagradável e nocivo, ou agradável e benéfico. Nosso ambiente psíquico será determinado pelas forças mentais que projetamos através do pensamento, da palavra, da atitude, do ideal que desposamos (nossas aspirações). (Livro Estudando a Mediunidade – Martins Peralva pg. 22)".<br /><br />O ambiente psíquico de uma pessoa de maus hábitos ou hábitos salutares será notado, sentido pelos Espíritos e pelos encarnados.<br /><br />Nosso campo mental é assim inteiramente devassável pelos Espíritos, sejam encarnados ou desencarnados.<br /><br />"Arrojamos de nós a energia atuante do próprio pensamento, estabelecendo, em torno de nossa individualidade, o ambiente psíquico que nos é particular. Cada alma se envolve no círculo de forças vivas que lhe transpiram do" hálito mental ", na esfera das criaturas a que se emana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou crescimento". (Livro Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz Cap. I).<br /><br />"O pensamento exterioriza-se e projeta-se, formando imagens e sugestões que arremessa sobre os objetivos que se propõe atingir. Quando benigno e edificante, ajusta-se às leis que nos regem criando harmonia e felicidade, todavia, quando desequilibrado e deprimente, estabelece aflição e ruína".(Idem obra citada acima).<br /><br />Somos livres para escolher nossos pensamentos.<br /><br />"Cada inteligência emite as idéias que lhe são particulares a se definirem por ondas de energia viva e plasticizante, mas, se arroja de si essas forças, igualmente as recebem, pelo que influencia e é influenciado. Toda criatura, ao exteriorizar-se, seja imaginando, falando, ou agindo, em movimentação positiva é um emissor atuante na vida, e sempre que se interioriza, meditando, observando ou obedecendo, de modo passivo, é um receptor em funcionamento". (Livro Encontro Marcado – Emmanuel Cap. 14).<br /><br /> Ä Percepção e Analise dos Fluidos.<br /><br />Refletimos as imagens que nos cercam e arremessamos na direção dos outros. O intercâmbio da alma para alma e obrigatório e constante e de forma imperceptível, permutamos idéias e forças uns dos outros.<br /><br />Os nossos pensamentos criam o fenômeno psíquico do "hálito mental" equivalente à natureza das forças que emitimos ou assimilamos e nossas criações mentais incessantes, determinarão o tipo e o caráter de nossas companhias espirituais, através da sintonia ou lei de afinidade.<br /><br />Roque Jacinto em seu livro "Desenvolvimento Mediúnico Pg. (14), define a afinidade como sendo uma lei de atração de energias que se assemelham ou que se relacionam e, na aplicação que damos nos estudos espíritas, tem a mesma significação de gostos ou preferências, de tendências e prazeres que se atraem mutuamente pela semelhança de suas vibrações mentais. O médium predisposto à comunicação espiritual, ao expandir seu perispírito vai ampliar sua percepção e poderá perceber os Espíritos que se encontram na mesma onda de pensamentos. Nossas ondas mentais determinam a espécie de recepção que obteremos. A aproximação espiritual ocorre de acordo com os princípios de afinização fluídica, pois o clima mental resultante de nossos pensamentos mais constantes é que determinam o entrelaçamento psíquico".<br /><br />A influenciação é a ação de um Espírito sobre a vontade ou organismo de um médium, causando sensações anormais, psíquica ou espiritual. Se essa sensação é deprimente, dolorosa, é chamada perturbação espiritual; se for sadia, elevada, será uma inspiração ou intuição dos bons Espíritos.<br /><br />Ocorrendo a exteriorização maior ou menor do perispírito do médium, este passará a ter uma condição vibratória que propicia a captar as emanações do ambiente.<br /><br />Estando com a percepção ampliada, o médium poderá receber a influenciação da psicosfera (hálito mental) das entidades espirituais, identificando a qualidade de seus fluidos e energias, através das sensações transmitidas, perispírito a perispírito.<br /><br />O médium poderá também perceber o ambiente fluídico local que é a combinação de todos os fluidos emanados dos presentes encarnados ou não.<br /><br />Os vários tipos de Espíritos diferenciam-se de acordo com suas emanações fluídicas próprias. Essas emanações nos causam sensações que possibilitam distinguir os bons e os maus Espíritos. Os bons Espíritos irradiam fluidos leves, agradáveis, suaves, calmos, harmônicos e o médium tem uma sensação de bem-estar geral e euforia espiritual. Os maus irradiam em torno de si fluidos pesados, desagradáveis, fortes, violentos, desarmônicos, e o médium tem uma sensação de mal estar geral, ansiedade, desassossego, nervosismo, cabeça pesada, pálpebras chumbadas, bocejos freqüentes e arrepios.<br /><br />Na pratica mediúnica, após expansão receptiva do perispírito, condicionada pela prece, concentração e relaxamento físico e psíquico, o médium procurará perceber o ambiente espiritual ou de alguma entidade próxima e poderá analisar as sensações decorrentes dessa aproximação ou influenciação.<br /><br />"Achando-se a mente na base de todas as manifestações mediúnicas, quaisquer que sejam as características em que se expressem, é imprescindível enriquecer o pensamento, incorporando-lhe os valores morais e culturais, os únicos que nos possibilitam fixar a luz que jorra para nós, das esferas mais altas, através dos gênios da sabedoria e do amor que supervisionam nossas experiências". (Livro Nos Domínios da Mediunidade – André Luiz).<br /><br /> Ä Bibliografia:<br /><br />A Gênese – Cap. XIV – Fonte Viva – Emmanuel pgs. 86 e 117. – O Consolador – pgs. 409/410 – Desenvolvimento Mediúnico – Roque Jacinto pgs. 14. – Seara dos Médiuns – Emmanuel pgs. 38/76. – Roteiro – Emmanuel pgs. 28 e o Livro Nos Domínios da Mediunidade. A Gênese – Cap. XIV – A Alma é Imortal – Gabriel Delanne Pg. 226-289 – Evolução em Dois Mundos – André Luiz Pg. 19 e 95 – Desenvolvimento Mediúnico – Roque Jacinto Pg. 51,52 153 e 207 – Livros dos Espíritos. Mecanismo da Mediunidade – André Luiz Pg. 35 e 158 – Obras Póstumas – Allan Kardec – Seara dos Médiuns Emmanuel Pg. 2205 Cap.38 – Nos Domínios da Mediunidade André Luiz Introdução.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-24779813168454052822009-01-22T15:50:00.000-08:002009-01-22T15:52:16.233-08:00O PASSE - RESULTADO DO PASSEIntrodução:<br /><br />Trabalhar pela difusão do magnetismo curador é ajudar a humanidade a desvencilhar-se dos grilhões do sofrimento.<br />Todos os campos culturais da Terra vão recebendo nova luz.<br />A química e a física evoluem para os prodígios da força nuclear.<br /><br />A fisiologia avança, na solução de preciosos enigmas da vida.<br />A astrologia contempla novas galáxias pelos olhos mágicos dos grandes telescópios, descobrindo novos domínios do Universo.<br /><br />A medicina adianta-se nos processos de curar.<br />A radiofonia elimina as fronteiras das nações.<br />A arte, embora torturada pelos impulsos de renovação, caminha e progride.<br /><br />As aflições mentais, contudo, são ainda os mesmo suplícios de todos os séculos. E só a educação pode apaga-las. Educação espiritual que restaure o coração e reajuste o cérebro para bem pensar.<br /><br />Sabemos hoje que o pensamento é energia criadora, com todas as qualidades positivas para materializar os nossos mais recônditos desejos e, atentos à realidade de que cada espírito transporta consigo o mundo que lhe é próprio, nascido dos ideais e das aspirações, dos propósitos e das atitudes que cultiva, é indispensável acordar em nós a força construtora do bem, exteriorizando-a, em todas as direções, porque somente nessa diretriz colocar-nos-emos em sintonias com a lei.<br /><br />Enquanto a incompreensão e a discórdia, o ciúme e a vaidade, filhos cruéis do ódio e do egoísmo, erguem cárceres de trevas para a mente humana, aprisionando-a em autênticas cristalizações de dor, espalhemos a boa vontade e a cooperação fraterna, a simplicidade e o serviço aos semelhantes, filhos abençoados do amor e da harmonia, que nos libertam o espírito, descortinando-nos gloriosos horizontes de vida eterna. O seu livro de estudos, em torno dos trabalhos magnéticos de socorro e de cura, é admirável empresa, em que a instrumentalidade do seu sentimento e da sua inteligência traduziu primorosas lições e salvadores apelos de abnegados Benfeitores da Espiritualidade Santificante, que lhe assistem as tarefas da mediunidade redentora.<br /><br />Tudo é magnetismo na Vida Universal.<br />Entre os mundos é gravitação.<br />Entre as almas é simpatia.<br /><br />E como sabemos que há correntes de simpatia para o mal que arrastam as criaturas para o mal que arrastam as criaturas para tenebrosos sorvedouros de flagelação, trabalhemos destemerosos, na extensão das correntes de simpatia para o bem, as únicas suscetíveis de soerguer-nos à imortalidade vitoriosa.<br /><br /> <br /><br /> Ä RESULTADOS DO PASSE: <br /><br />Partindo da definição do passe que é transfusão de forças ou energias psico-espirituais de uma para outra criatura, fica fácil entendermos quais os seus resultados.<br /><br />Temos um receptor, um doador e é preciso considerar o elemento intermediário que é o fluido. Os encarnados e desencarnados vivem mergulhados em um meio comum, a atmosfera fluídica derivada do Fluído Cósmico Universal, que preenche o espaço quer na sua forma primitiva, elementar, quer na forma modificada pela ação da mente, seja a Mente Divina (criação), a dos Espíritos superiores (ambiente espiritual que lhes é próprio) ou a dos Espíritos ligados a Terra, encarnados e desencarnados (formando a atmosfera espiritual em que vivemos).<br /><br />Tanto os encarnados como os desencarnados são possuidores de um organismo de natureza semimaterial, fluídico – de constituição eletromagnética -, cujo funcionamento se faz na dependência da mente do Espírito, utilizando, porem, os fluidos. Assim como no corpo físico o sangue circula por todo o organismo, levando-lhe a alimentação e veiculando as escórias, no perispírito o que circula são os fluidos comandados pela mente. Alguém que se perturbe se desequilibre passa a ter um "déficit" de fluidos saudáveis (porque saúde é equilíbrio das forças naturais que nos constituem), e passa a absorver e armazenar fluidos que sua própria mente, vibrando em padrões inferiores, se encarrega de tornar pesados, desagradáveis, doentios. Os fluidos de ordem inferior vão aos poucos se infiltrando do perispírito para as próprias células do corpo físico, levando a um mau funcionamento um órgão, um sistema ou um aparelho. Quebrada a resistência natural, fica o organismo entregue ao assalto das várias causas conhecidas ou desconhecidas responsáveis pelas doenças.<br /><br />No passe o que ocorre é que o agente (o que transmite) é dotado de recursos vitais e espirituais suficientes para transmiti-los ao paciente (o que recebe), modificando-lhe momentaneamente o seu estado vibratório, podendo causar uma melhora acentuada ou até mesmo a cura de uma doença nascida da imprevidência atual do seu portador.<br /><br />Os resultados podem ser de três ordens: benéficos, maléficos e nulos.<br /><br /> Ä BENÉFICOS:<br /><br />A) Dependem do passista que deve estar em condições de transmitir o passe:<br /><br /> 1º) Saúde física (o fluido vital depende do estado de saúde do passista).<br /><br /> 2º) Equilíbrio espiritual (o fluido espiritual depende da elevação espiritual do passista).<br /><br />B) Dependem do paciente, que deve estar:<br /><br /> 1º) Receptivo (favorável ao recebimento da ajuda, vibrando mentalmente para melhor absorver o recurso espiritual).<br /><br /> 2º) Disposto a se melhorar espiritualmente (a ajuda do passe é passageira e tais recursos fixar-se-ão e novos acrescentar-se-ão quando o indivíduo passar a ter vida cristã).<br /><br /> Ä MALÉFICOS:<br /><br />A) Dependem do passista quando está:<br /><br /> 1º) Em estado de saúde precária (fluido vital deficitário)<br /><br /> 2º) Com o organismo intoxicado (vícios, como o fumo, o álcool, as drogas, etc.).<br /><br /> 3º) Em estado de desequilíbrio espiritual (revolta, vaidade, orgulho, raiva, desespero, desconfiança, etc.).<br /><br />B) Dependem do paciente:<br /><br />Quando as suas defesas estão praticamente nulas e não pode neutralizar a torrente de fluidos grosseiros e inferiores que lhe são transmitidos por passista despreparado.<br /><br /> Ä NULOS:<br /><br />Dependem do paciente:<br /><br /> 1º) Embora a ajuda seja boa por parte do passista, o paciente se coloca em posição impermeável (descrença, leviandade, aversão).<br /><br /> 2º) Quando consegue neutralizar os fluidos grosseiros transmitidos pelo médium despreparado.<br /><br />BIBLIOGRAFIA: Emmanuel, psicografia de Francisco Cândido Xavier, Pão Nosso, Capítulo 44; Idem, Seara dos Médiuns, Capítulo 67.<br /><br /> Ä Bibliografia:<br /><br />KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Parte Segunda, Cap. XIX; Introdução, II – final.<br />KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Capítulos XIV, item 172, XVI, item 188 e XIX item 225.<br />DENIS, Leon. No Invisível. Segunda Parte, Cap. XIX.<br />XAVIER, Francisco Cândido. Missionários da Luz. Pelo Espírito Emmanuel. Cap. VII e XVI.<br />XAVIER, Francisco Cândido. Nos Domínios da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. Cap. V.<br />TEIXEIRA, José Raul. Desafios da Mediunidade. Pelo Espírito Camilo. Questões 14, 15, 16 e 28.<br />PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Capítulo IX – Incorporação.Curso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6122401650757437359.post-8115508089214637752009-01-22T15:49:00.001-08:002009-01-22T15:49:47.137-08:00O PASSE IIIntrodução:<br /><br />"Organizemos, assim, o socorro da oração, junto de todos os que padecem no corpo dilacerado, mas, se a cura demora, jamais nos aflijamos". Emmanuel (Extraído do Livro Mediunidade e Evolução de Martins Peralva, página 149).<br /><br />Conforme encontramos em "A Gênese", item 17, "Os fluidos não possuem qualidades sui generis (termo latino – "de seu próprio gênero"), mas as que adquirem no meio onde se elaboram; modificam-se pelos eflúvios (eflúvio - s. m. Fluido sutil que emana dos corpos organizados; efluência; exalação; emanação; (fig.) fragrância; perfume. (Do lat. effluviu.) desse meio, como o ar pelas exalações, a água pelos sais das camadas que atravessa. Conforme as circunstâncias, suas qualidades são, como as da água e do ar, temporárias ou permanentes, o que os torna muito especialmente apropriados à produção de tais ou tais efeitos..."<br /><br />O Espírito André Luiz, informando sobre o passe, do ponto de vista da medicina humana, declara, em "Evolução em Dois Mundos", capítulo 15:<br /><br />"Pelo passe magnético, no entanto, notadamente aquele que se baseia no divino manancial (1. adj. 2 gên. Que mana incessantemente. 2. s. m. Nascente de água; fonte; origem.) da prece, a vontade fortalecida no bem pode soerguer a vontade enfraquecida de outrem, para que essa vontade, novamente ajustada à confiança, magnetize naturalmente os milhões de agentes microscópicos a seu serviço, a fim de que o Estado Orgânico, nessa ou naquela contingência (s. f. Qualidade do que é contingente; eventualidade; possibilidade de um fato acontecer ou não; acaso. (Do lat. contingentia.), se recomponha para o equilíbrio indispensável".<br /><br />Pouco antes, dissera ele que:<br /><br />"Toda queda moral, nos seres responsáveis, opera certa lesão no hemisfério somático ou veiculo carnal, provocando determinada causa de sofrimento".<br /><br />Retomando ao tema, no livro "Mecanismo da Mediunidade", observa ainda, esse mesmo autor espiritual, que "o passe é sempre valioso no tratamento devido aos enfermos de toda classe, desde as crianças tenras aos pacientes em posição provecta (provecto - adj. Que tem progredido; adiantado; avançado em anos. (Do lat. provectu.) na experiência física, reconhecendo-se, no entanto, ser menos rico de resultados imediatos nos doentes adultos que se mostrem jungidos (jungir - v. tr. dir. Juntar, emparelhar; unir, ligar; tr. dir. e ind. ligar; prender; atar (a veículo); submeter. (Verbo defectivo [sem 1.ª pess. do sing. do ind. pres., e, portanto, sem subj. pres.]; conjuga-se por ungir.) à inconsciência temporária, por desajustes complicados do cérebro. Esclarecemos, porém, que, em toda situação e em qualquer tempo, cabe ao médium passista buscar na prece o fio de ligação com os planos mais elevados da vida, porquanto, através da oração, contará com a presença sutil dos instrutores que atendem aos misteres (mister – (lê-se mistér) s. m. Emprego; ocupação; trabalho; urgência; necessidade; aquilo que é forçoso. (Do lat. ministeriu.) da Providencia Divina, a lhe utilizarem os recursos para a extensão incessante do Eterno Bem."<br /><br />Observamos que os textos aqui reproduzidos referem-se especificamente ao passe curador, aplicado em seres encarnados. Como sabemos, porém, o passe é utilizado para magnetizar, provocando, nesse caso, o desdobramento do perispírito, e até o acesso à memória integral e conseqüente conhecimento de vidas anteriores, segundo experiências de Albert de Rochas (lê-se Rochá), reiteradas posteriormente por vários pesquisadores.<br /><br />A literatura sobre o passe magnético é vasta, mesmo fora do âmbito estritamente doutrinário do Espiritismo, de vez que o magnetismo foi amplamente cultivado na Europa, no século passado, principalmente na França. (texto extraído do Livro Diálogo com as Sombras de Hermínio C. Miranda, págs. 246 e 247).<br /><br />Ä Objetivos do Passe:<br /><br />1 – Conhecer, dominar e exercitar as técnicas adequadas de transmissão do passe, que devem basear-se na simplicidade, na discrição e na ética cristã.<br /><br />2 – Associar corretamente as bases do fenômeno do passe com as unidades anteriores (concentração, prece e irradiação), para melhor sentir essa transfusão de energias fluídicas vitais (psíquicas) e/ou espirituais, através da imposição de mãos que facilite o fluxo e a transmissão dessas energias.<br /><br />3 – Compreender as necessidades das condições de ambiente, local e recinto adequado e situações favoráveis ao exercício e aplicação do passe.<br /><br />4 – Observar com rigor as condições morais, físicas e espirituais e de conhecimento doutrinário que o passista deve possuir, para desempenhar a atividade do passe com eficiência e seriedade.<br /><br />5 – Verificar, com especial cuidado, a forma correta e simples da aplicação do passe, evitando o formalismo e as atitudes constrangedoras ou práticas esdrúxulas (1. adj. (gram.) Diz-se do vocábulo acentuado na antepenúltima sílaba; designativo do verso que termina em palavra esdrúxula; (pop.) extravagante; excêntrico; esquisito. (Do ital. sdrucciolo.) 2. s. m. Verso esdrúxulo; palavra esdrúxula.) que fogem à discrição doutrinária gerando condicionamentos e interpretações errôneas de sua aplicação.<br /><br />6 – Reconhecer e exercitar disciplinadamente a aplicação do passe, desapegado da mediunização ostensiva, evitando o aconselhamento ao paciente (que deve ser feito em trabalho especializado), ciente de que tal aplicação deve ser silenciosa, com unção (s. f. Ato ou efeito de ungir ou untar; (fig.) sentimento piedoso; caráter de doçura atrativa; modo insinuante de falar. (Do lat. unctione.) cristã, associando ao máximo possível as suas energias às do mundo espiritual, para maior eficiência no socorro prestado (vide Livro "Nos Domínios da Mediunidade", Cap. 17).<br /><br />7 – Reconhecer que é dispensável o contato físico na aplicação do passe, o qual pode gerar barreiras e constrangimento, atendendo à ética e à simplicidade doutrinarias, já que a energia que se transmite é de natureza fluídica e, portanto, se faz através das auras (passista-paciente) e não pelo contacto da epiderme, consoante se pode demonstrar atualmente por efeitos registrados em aparelhos (máquina Kirlian). Ocorre um fluxo de energias como uma ponte de ligação de forças passista-paciente.<br /><br />8 – Conscientizar-se de que na tarefa de auxilio pelo passe o médium não deve expor-se, baseado apenas na boa vontade, mas sim se precaver a beneficio da própria eficiência do atendimento, observando as condições necessárias à sua aplicação (ambiente, local, sustentação, etc), procurando desempenhar sua função em Centro Espírita, evitando instituir atendimento em casa, exceto no Culto do Evangelho quando perceber sua necessidade ou atender alguém enfermo em sua residência em situação de emergência, tomando as precauções necessárias. Excepcionalmente, atender os necessitados que por motivos de doenças, idade avançada, acidentes, etc, não podem locomover-se até o Centro Espírita, tomando para isso as medidas de precauções necessárias para fazê-lo em equipe ou reunindo companheiros seguros que possam auxiliar em tal tarefa.<br /><br />09 – Compreender e distinguir em que situações o resultado do passe pode ser benéfico, maléfico ou nulo, preparando-se convenientemente para torna-lo sempre benéfico. O Centro Espírita deve possuir serviço de passe em trabalho destinado ao publico com elucidação evangélico-doutrinária e orientação dos que buscam o passe quanto às atitudes que devem observar para melhor receberem os seus benefícios. A aplicação do passe deve ser feita em sala especial do Centro Espírita, atendendo as características de Câmara de Passe. (Extraído do Manual de Aplicação do COEM pgs. 99,100 e 101).<br /><br />Ä Passe – Forma de Aplicação<br /><br />Antes de quaisquer considerações a respeito das formas de aplicação do passe, convém lembrar que o passista deve, em primeiro lugar, preparar-se convenientemente, através da elevação espiritual, por meio de preces, meditação, leituras adequadas, etc. em segundo lugar, deve encarar a transmissão do passe como um ato eminentemente fraternal, doando o que de melhor tenha em sentimentos e vibrações.<br /><br />A transmissão do passe se faz pela vontade que dirige os fluídos para atingir os fins desejados. Daí, concluir-se que antes de quaisquer posições, movimentos ou aparatos (aparato - s. m. Apresentação pomposa; pompa; esplendor; magnificência; conjunto de instrumentos para fazer alguma coisa; reunião de notas e outros elementos elucidativos que acompanham uma obra. (Do lat. apparatu.) exteriores, a disposição mental de quem aplica e de quem recebe o passe, é mais importante.<br /><br />Deve-se, na transmissão do passe, evitar condicionamentos que se tornaram usuais, mas que unicamente desvirtuam a boa prática espírita.<br />Destacamos, a seguir, aquilo que o conhecimento de mecânica dos fluídos já nos fez concluir:<br /><br />1) Não há necessidade do toque, de forma alguma ou a qualquer pretexto, no paciente, para que a transmissão do fluído ocorra. A transmissão se dá de aura para aura. O encostar de mãos em quem recebe o passe causa reações contrarias à boa recepção dos fluidos e, mesmo, cria situações embaraçosas que convém prevenir.<br /><br />2) A imposição de mãos, como o fez Jesus, é o exemplo correto de transmitir o passe.<br /><br />3) Os movimentos que gradativamente foram sendo incorporados à forma de aplicação do passe criaram verdadeiro folclore quanto a esta prática espírita, desfigurando a verdadeira técnica. Os passistas passaram a se preocupar mais com os movimentos que deveriam realizar do que com o dirigir seus pensamentos para movimentar os fluidos.<br /><br />4) Não há posição convencionada para que o beneficiado deva postar-se para que haja a recepção dos fluídos (pernas descruzadas, mãos em concha voltadas para o alto, etc). O importante é a disposição mental para captar os fluidos que lhe são transmitidos e não a posição do corpo.<br /><br />5) O médium passista transmite o fluido, sem a necessidade de incorporação de um espírito para realizar a tarefa. Daí decorre que o passe de ser silencioso, discreto, sem o balbuciar de preces, a repetição de "chavões" ou orientações à guisa (s. f. (p. us.) Modo; maneira; jeito. (Do germ. wisa.) de palavras sacramentais.<br /><br />6) O passe deve ser realizado em câmara para isso destinada, evitando-se o inconveniente de aplicá-lo em público, porque, além de perder em grande parte seu potencial pela vã curiosidade dos presentes e pela falta de harmonização do ambiente, foge também à ética e à discrição cristãs. A câmara de passes fica constantemente saturada de elementos fluídico-espirituais, permitindo um melhor atendimento aos necessitados e eliminando fatores de dispersão de fluídos que geralmente ocorre no "passe em público".<br /><br />7) Devem-se evitar os condicionamentos desagradáveis, tais como: estalidos de dedos, palmas, esfregar as mãos, respiração ofegante, sopros, etc.<br /><br />8) Antigamente, quando se acreditava que o passe era simplesmente transmissão magnética, criaram-se certas crendices que o estudo da transmissão fluídica desfez, tais como: necessidade de darem-se as mãos para que a "corrente" se estabelecesse; alternância dos sexos para que o passe ocorresse; obrigação do passista de livrar-se de objetos metálicos para não "quebrar a corrente", etc.<br /><br />9) Estamos mergulhados num "mar imenso de fluidos" e o médium, à medida que dá o passe, carrega-se automaticamente de fluidos salutares. Portanto, nada mais é que simples condicionamento a necessidade que certos médiuns passistas apresentam de receberem passes de outros médiuns ao final do trabalho, afirmando-se desvitalizados. Poderá haver cansaço físico, mas nuca desgaste fluídico, se o trabalho for bem orientado.<br /><br />10) O passe deve ser dado em ambiente adequado, no Centro Espírita. Evitar o passe a domicílio para não favorecer o comodismo e o falso escrúpulo dos que não querem ser vistos numa casa espírita porque isso abalaria sua "posição social". Somente em casos de doença grave ou impossibilidade total de comparecimento ao Centro é que o passe deverá ser dado, "por uma pequena equipe", na residência do necessitado, enquanto perdurar o impedimento que o mantém sem condições de comparecer à Casa Espírita.<br /><br />11) A transmissão do fluído deve ser feita de pessoa a pessoa, devendo-se evitar práticas esdrúxulas de dar-se passes em roupas, toalhas e objetos pertencentes ao paciente, bem como não há necessidade alguma de levar-se a sua fotografia para que seja atendido à distância.<br /><br />12) Não existe um número padronizado de passes que o médium poderá dar, acima do qual ele estará prejudicando-se. A quantidade de passes transmitidos poderá levar o médium a um cansaço físico mas nunca à exaustão fluídica, se o trabalho for bem orientado, pois a reposição de fluidos se dá automaticamente à medida que médium vai atendendo os que penetram a câmara de passes.<br /><br />Bibliografia:<br /><br />KARDEC, Allan. A Gênese. Item 17, p. 284 FEB, 1982.<br />XAVIER, Francisco Cândido. Pão Nosso. Pelo Espírito Emmanuel, 110.<br />XAVIER, Francisco Cândido. Nos domínios da Mediunidade. Capítulo 17, página 170.<br />XAVIER, Francisco Cândido. Evolução em dois Mundos. Pelo Espírito André Luiz. Capítulo 15.<br />PERALVA, Martins. Estudando a Mediunidade. Capítulo XXVII – Na hora do passe.<br />PERALVA, Martins. Mediunidade e Evolução. Página 149.<br />JACINTO, Roque. Desenvolvimento Mediúnico. Item 8.<br />MIRANDA, Hermínio Corrêa. Diálogo com as Sombras. Páginas 246 e 247.<br />Apostila do COEM – Centro de Orientação e Educação Mediúnica – do Centro Espírita Luz Eterna de Curitiba. 11.ª sessão de exercício prático – Passes.<br />Manual de Aplicação do COEM. Páginas 99, 100 e 101.<br />Dicionário BrasileiroCurso de Introdução ao Espiritismohttp://www.blogger.com/profile/10014102697232569472noreply@blogger.com0